(…) uma advertência para dissuadir criminosos potenciais, fazendo com que o castigo fosse equivalente ao crime.
As leis espirituais são eternamente verdadeiras, mas sua aplicação – registrada nos critérios que governam uma sociedade – pode requerer, em diferentes regiões e épocas, adaptações maiores ou menores de acordo com a natureza do ambiente em que são decretadas.
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(…) não resistir ao mal com os métodos do mal. Jesus aconselha o homem a vencer o mal com a virtude infinitamente poderosa do perdão e do amor.
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O ódio aumenta com o ódio, assim como o fogo aumenta com o fogo; mas, tal como o fogo é extinto pela água, também a ira é subjugada pela benevolência.
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O ideal de não fazer retaliações não justifica submeter-se passiva mente ao erro nem à aprovação tácita do mal. Oferecer a outra face não visa fazer com que a pessoa se torne mental ou moralmente fraca, nem sugere suportar um relacionamento pessoal abusivo ou violento, mas sim instilar a força do autocontrole alcançada pela superação do impulso de agir sob a influência de um sentimento de vingança. Retaliar é um reflexo fácil, mas é preciso ter grande força mental para não revidar o golpe. Somente uma pessoa com forte caráter espiritual e elevados princípios pode resistir ao mal com a virtude.
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A pessoa que se aperfeiçoou na prática da não-violência não permite a ninguém roubar-lhe a paz interior.”
YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 523-524.
Capítulo 27: Cumprir da Lei. O Sermão da Montanha, Parte II.