Grande exemplo

“Uma vez, estando doente, comeu um bocado de carne de galinha. Logo que recuperou as forças foi até Assis. Chegando à porta da cidade, mandou ao frade que o acompanhava que lhe amarrasse uma corda no pescoço e o conduzisse assim, feito um ladrão, por toda a cidade, clamando como um pregoeiro: “Vejam o comilão que engordou com carne de galinha, que comeu sem vocês saberem”. Muita gente correu para ver o estranho espetáculo e se pôs a chorar e a gemer dizendo: “Pobres de nós, que passamos nossa vida cometendo crimes e que saciamos o coração e o corpo com luxúrias e bebedeiras!” E assim, de coração compungido, foram chamados a uma vida melhor por tão grande exemplo.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 797.

PRIMEIRO LIVRO

Capítulo 19- Cuidado pelos irmãos. Desprezo de si mesmo e verdadeira humildade.

Pobreza em olhar e voz

“O mundo de hoje é muito pobre em olhar e voz. Não somos olhados nem interpelados por ele. Ele perde sua alteridade. A tela digital que determina nossa experiência do mundo nos protege da realidade. O mundo é desrealizado, descoisificado e descorporificado. O fortalecimento do ego não é mais tocado pelo outro. Ele se reflete na parte de trás das coisas.

O desaparecimento do outro é na verdade um evento dramático. Mas isso acontece de forma tão imperceptível que nem mesmo estamos propriamente cientes disso. O outro como mistério, o outro como olhar, o outro como voz desaparece. O outro, roubado de sua alteridade, naufraga em um objeto disponível e consumível. O desaparecimento do outro também afeta o mundo das coisas. As coisas perdem seu peso próprio, sua vida própria e sua vontade própria.

Se o mundo consiste apenas em objetos disponíveis e consumíveis, não podemos entrar em uma relação com ele. Também não é possível entrar em uma relação com a informação.”

HAN, Byung-Chul. Não coisas: Reviravoltas do mundo da vida. Ed. Vozes, 2021, Local 865-872.

A parte de trás das coisas

A minha maior arma é a pobreza

“A minha maior arma é a pobreza. Eu deliberadamente desencorajo as pessoas a acumular riqueza material porque a pobreza, em si mesma, tira a habilidade dos homens de pensar e os faz uma presa fácil para mim. Outro grande aliado meu é a doença. Um corpo doente desencoraja o pensamento, aí então, tenho milhares de trabalhadores na Terra que me ajudam a ganhar o controle das mentes humanas.”

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.53.

A pobreza é aliada ao Diabo

“P – É verdade que você usa homens que possuem grandes riquezas? R – Conforme já lhe falei, a pobreza é sempre minha aliada porque ela desencoraja a livre expressão de pensamentos e encoraja o medo nas mentes dos homens. Alguns homens ricos servem à minha causa, enquanto outros me atrapalham muito, dependendo da forma como essa riqueza é utilizada.

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.54.

Minimalismo

“As pessoas que são materialmente ricas podem ser pobres em desenvolvimento espiritual interior se a riqueza lhes serve para saciar os sentidos vorazes; por outro lado, aqueles que são materialmente “pobres” por opção que simplificaram as condições externas de sua vida a fim de ter tempo para Deus-, estes acumularão riquezas espirituais e realizações que ouro algum poderia jamais comprar.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 481.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Oferendas Sinceras

Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento” (Marcos 12:38-44).

Jesus não apenas observava as pessoas e o montante de suas oferendas mas também analisava, com sua percepção intuitiva, o espírito que as motivava.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 191.

Capítulo 65 : Jesus ensina pela última vez no templo de Jerusalém.