Desalojar Demônios Imputros

“Um corpo humano comumente não pode alojar um outro ser junto com o seu (exceto no caso de uma gestante); mas pessoas espiritualmente habilitadas são capazes de discernir casos autênticos de possessão espiritual, porque dentro do indivíduo possuído podem contemplar, por meio de seus poderes psíquicos, o corpo astral do visitante invisível lado a lado com o corpo astral do hospedeiro. O único modo pelo qual um leigo pode identificar um caso de possessão por espíritos é pela análise dos diferentes estados de paroxismo e de comportamento violento a que está sujeito o possesso. Quem está possuído por maus espíritos demonstra usualmente uma força física incomum, olhos avermelhados, uma expressão inexplicavelmente estranha e ausência de conduta normal.

(…)

Se a possessão por demônios impuros ou espíritos desencarnados prossegue por muito tempo, grande dano ocorre no cérebro, na mente e nos órgãos sensoriais do indivíduo possuído, trazendo a ameaça de uma insanidade permanente.

(…)

É necessário ter uma forte concentração e divino poder de vontade para desalojar um mau espírito. Quem tem força espiritual dinâ mica pode expulsar a entidade olhando-a de maneira constante nos olhos do indivíduo acometido, utilizando um firme e silencioso poder de vontade de forma contínua, enquanto ordena internamente ao mau espírito que se vá.

Ao sussurrar “Om” repetidas vezes no ouvido direito de um indivíduo possesso, o espírito maligno terá que partir. As almas perdidas, vindas das obscuras regiões astrais inferiores, não podem suportar a vibração elevada da consciência e pensamentos espirituais. A pronúncia de nomes e palavras sagradas, especialmente Om, Om, Om, no ouvido de indivíduos possessos geralmente traz uma resposta rápida e amedrontada (…)”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 444-445.

Capítulo 24: A expulsão de demônios.

Almas Perdidas

“Os habitantes do mundo astral vestem corpos feitos de energia e luz e estão confinados a esferas astrais superiores ou inferiores, de acordo com seu karma. Existem, entretanto, alguns seres astrais co nhecidos como “almas perdidas”. Essas almas estão presas à Terra por causa de fortes impulsos e apegos materiais, e vagueiam no éter, desejosas de entrar novamente numa forma física para satisfazer sua necessidade de gratificação sensorial.(…)  há ocasiões em que as almas perdidas tomam posse do corpo e da mente de alguém, mas apenas de pessoas vulneráveis, mentalmente instáveis ou que enfraqueceram a mente mantendo-a com frequência em branco ou sem pensamentos. Devido a esse vazio mental e à atração cármica, elas involuntariamente convidam espíritos errantes a entrar em seu corpo.

Demônios imundos, citados nos casos de possessão que Jesus exorcizou, são os entes astrais, entre as almas perdidas, que na Terra foram assassinos, ladrões ou outros criminosos, beberrões, devassos, e especialmente as pessoas corruptas e traiçoeiras que não se purifica ram de suas más propensões antes da morte. (…) Elas vagueiam por esferas astrais inferiores, aprisionadas em seus corpos astral e causal, sem encontrar descanso, abominando a ideia de renascer na Terra ou lamentando a perda de sua encarnação física. Essas almas desoladas têm de vagar pelo éter até que, pela operação da lei divina, se esgotem alguns dos efeitos cármicos de suas más ações. Os espíritos demoníacos que estão entre essas almas são muito inescrupulosos, assim como eram na vida terrena.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 440.

Capítulo 24: A expulsão de demônios.

Obsessão Mental

“(…) os psiquiatras podem descrever muitos casos de obsessão mental causada por ideias fixas sem suspeitar que alguns pacientes estejam efetivamente padecendo de uma verdadeira possessão por espíritos impuros. (…) Casos autênticos de possessão por espíritos, embora verdadeiros, são relativamente raros; mais comum é a obsessão mental causada pelas forças maléficas da ilusão.”*

*Nota:  Um dos pais da psicologia moderna, Professor William James, de Harvard, escre veu: “A recusa do moderno ‘iluminismo’ em tratar a ‘possessão’ pelo menos como uma hipótese possível, apesar da abundante tradição humana baseada em concreta evidência a seu favor, sempre me pareceu um curioso exemplo do poder do modismo em assuntos científicos. Que a teoria dos demônios voltará a ter sua vez é algo que me parece absolutamente certo. Um indivíduo tem de ser de fato ‘científico’ para ser cego e ignorante o suficiente a ponto de não suspeitar que exista tal possibilidade.”

O padre Bede Griffiths do Ashram Shantivanam (localizado no sul da India), respeitável monge beneditino e escritor, comparou os asuras mencionados nas escrituras hindus com os demônios e maus espíritos citados na Bíblia cristã. Ele escreveu em The Marriage of East and West (Londres: Collins, 1982) [Hinduismo e Cristianismo

(…)

“(…) a cura física, mental e espiritual é possível quando alguém, assim como Jesus, é capaz de utilizar o poder divino para expulsar da tríplice natureza do homem os demônios e as forças do mal.”

(…)

Nota: Casamento do Oriente com o Ocidente (Ed. Paullus)]: “Nunca será demais enfatizar da consciência, levando o homem à sujeição aos poderes da natureza. O fato de que que esses são poderes reais que atuam no inconsciente (…), isto é, nos planos inferiores o homem moderno não os reconheça é um dos muitos sinais de que ele se encontra sob o jugo de tais poderes; somente quando são reconhecidos é que eles podem ser vencidos.” (Nota da Editora)

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 438-439.

Capítulo 24: A expulsão de demônios.

A Arte de Expulsar Demônios

“A arte de expulsar demônios e de curar aqueles que estão espiritualmente enfermos com obsessões malignas foi em grande parte esquecida porque todas as religiões carecem de apóstolos sintonizados com Deus que conheçam as operações sutis das forças do bem e do mal no mundo.

(…)

Com sua perfeita integridade e conhecimento divino, Jesus não teria se referido a esses casos como possessão por maus espíritos se fossem, ao contrário, distúrbios psicológicos tais como a histeria ou a demência.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição de Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 437-438.

Capítulo 24: A expulsão de demônios.

Possessão – Aperfeiçoamento de Individualidades

“Se não vai melhorar de vez, pra que buscar o tratamento espiritual?

“Aqui recolherá forças para refazer-se, assim como uma planta raquítica encontra estímulo para sua restauração no adubo que lhe oferece. Dia a dia, ao contato de amigos orientados pelo Evangelho, ele e o desafeto incorporarão abençoados valores em matéria de compreensão e serviço, modificando gradativamente o campo de elaboração das forças mentais.

“Sobrevirá, então, um aperfeiçoamento de individualidades, afim de que a fonte mediúnica surja, mais tarde, tão cristalina quanto desejamos. Salutares e renovadores pensamentos assimilados pela dupla de sofredores em foco expressam melhoria e recuperação para ambos, por que, na imantação recíproca em que se vêm, as ideias de um reagem sobre o outro, determinando alterações radicais.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 74-83.

 

Possessão – Corpo Perispirítico Lesado

Presentemente, melhorou. Qual ocorre muitos processos semelhantes, os encontros de ambos são agora mais espaçados, dando azo ao fenômeno que observamos, em razão de o rapaz ainda trazer o corpo perispirítico provisoriamente lesado em centros importantes.”

“As frases da venerável amiga libertavam jatos de força luminescentes a lhe saltarem das mãos e a envolverem sensações de alívio os participantes do conflito.

Vimos que o perseguidor, qual se houvesse aspirado alguma substância anestesiante, se desprendeu automaticamente da vítima, que repousou enfim, num sono profundo e reparador.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 74-83.

Possessão Completa ou a Epilepsia Essencial

“Considerado como enfermo terrestre, está no momento sem recursos de ligação com o cérebro carnal. Todas as células do córtex sofrem o bombardeio de emissões magnéticas de natureza tóxica. Os centros motores estão desorganizados. Todo o cerebelo está empastado de fluídos deletérios.”

“Presenciamos um ataque epilético, segundo a definição da medicina terrestre; entretanto, somos constrangidos a identificá-lo como um transe mediúnico de baixo teor, porquanto verificamos aqui a associação de duas mentes desequilibradas, que se prendem as teias do ódio recíproco.”

” E, fixando o par de infelizes em contorções, acrescentou: 

Nessa aflitiva situação achava-se Pedro nas regiões inferiores, antes da presente reencarnação que ele constitui uma benção. Por muitos anos, ele e o adversário rolaram nas zonas purgatoriais, em franco duelo.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 74-83.

 

Possessão

“Atendendo às recomendações do supervisor, os guardas admitiram a passagem de uma entidade evidentemente aloucada, que atravessou, de chofre, as linhas vibratórias de contenção, vociferando frenética”

“Parecia ter a visão centralizada no doente, porque nada mais fixava além dele. Alcançando nosso irmão encarnado, este, de súbito, desfecha um grito agudo e cai desamparado”

“Fitando companheiro encarnado mais detidamente, concluí que o ataque epilético, com toda a sua sintomatologia clássica, surgia claramente reconhecível.”

“(…) O córtex cerebral apresentava-se envolvido de escura massa fluídica. Reconhecíamos no moço incapacidade de qualquer domínio sobre si mesmo.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 74-83.

Sonambulismo, Com Psicofonia Inconsciente

“Celina: “É sonâmbula perfeita. A psicofonia, em seu caso, se processa sem necessidade de ligação da corrente nervosa do cérebro mediúnico à mente do hóspede que ocupa.”

“Na psicofonia consciente, dona Eugênia exercia um controle mais direto sobre o hóspede que lhe utilizava os recursos, ao passo que dona Celina, embora vigie o companheiro que se comunica, o deixa mais à vontade, mais livre…

“O sonambulismo puro, quando em mãos desviadas, pode produzir belos fenômenos, mas é menos útil na construção espiritual do bem. A psicofonia inconsciente, naqueles que não possuem méritos morais suficientes a própria defesa, pode levar à possessão, sempre nociva, e que, por isso, apenas se evidencia integral dos obsessos que se renderam às forças vampirizantes.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 59-74.