O Fundamento da Ansiedade Humana

“(…) Tudo isso ampliado no longo evoluir da sociedade, acumularam-se essas contradições, deteriorando se certos símbolos reverenciados nos preconceitos que se enquistam, limitando demasiado a liberdade humana, ao mesmo tempo que se implantam o receio, o terror de uma liberação maior conducente ao caos, à própria negação do Bem da Comunidade Social. Eis o fundamento da ansiedade humana, numa sociedade nada realizada no amor e na fraternidade. Assim vemos o problema de vocês. Assim, enfrentando esse problema em suas bases, na sua verdadeira raiz, estamos seguros de que todos nós não estamos trabalhando em vão… Saberemos colher o fruto da semeadura plantada muito antes de nós, com o possível mérito de estarmos ajudando a dela cuidar com acendrado amor, viva esperança e cósmica energia!…”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 130.

Estado de Ignorância

Sabemos das dificuldades para nos fazermos acreditados, da natural ênfase com que pessoas esclarecidas, notadamente psicólogos, investigadores científicos, físicos, químicos, biologistas, filósofos de natureza vária e teólogos dogmáticos subestimarão experiências dessa natureza, reduzindo-as, como aliás será natural, à medida de seus conhecimentos especializados, convicções e preconceitos. Sabemos que nos arriscamos à zombaria da cósmica ignorância em que a maioria das pessoas alfabetizadas, apesar de lerem, ainda tristemente se encontram nesse campo, que é tão novo, apesar de ser tão velho, intrinsecamente afim, se não idêntico, ao da parapsicologia já investigada e proclamada em respeitáveis ambientes universitários.”

UCHÔA, Alfredo Moacyr. Mergulho no Hiperespaço. Dimensões Esotéricas na Pesquisa dos Discos Voadores. Brasília, 1976, pág. 68.

Outros Olhos

“(…) Na verdade, foi apenas em 1921, quando a Dra. Margaret Alice Murray escreveu Witch Cult in Western Europe, que a Bruxaria foi examinada de um ponto de vista não preconceituoso.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 42.

A Mensagem do Redentor “do Mundo”

“O mundo se acha repleto de grupos inimigos em função dessa atitude: adoradores de totens, bandeiras e partidos. Mesmo as chamadas nações cristãs – que, segundo se supõe, seguem um Redentor “do Mundo” – são mais bem conhecidas, na história, pela sua barbaridade colonial, e pelas lutas internas, do que por alguma demonstração prática de amor incondicional, sinônimo da conquista efetiva do ego, do mundo do ego e do deus tribal do ego, que foi ensinada pelo seu professado Senhor supremo:

“Digo, a vós que ouvis: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam. Bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam. (…) E, se amardes aos que vos ama, que recompensa obtereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa obtereis? (…) Sede pois misericordiosos como também o vosso Pai é misericordioso.”

Uma vez que nos libertemos dos preconceitos da nossa própria versão provincianamente limitada, de caráter eclesiástico, tribal ou nacional, dos arquétipos do mundo, torna-se possível compreender que a suprema iniciação não é dos pais maternais locais, que projetam a agressão nos vizinhos para garantir sua própria defesa.  A boa nova, que o Redentor do Mundo traz e que tantos se rejubilaram, por ouvir, pela qual se empenharam em orar, mas que relutaram, aparentemente, em demonstrar, afirma que Deus é amor, que Ele é, e deve ser, amado, e que todos, sem exceção, são filhos seus“.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 151-152