Correntes Mentais Harmônicas

“Lembre-se da radiofonia e da televisão, hoje realizações amplamente conhecidas no mundo. Um homem, de cidade a cidade, pode ouvir a mensagem de um companheiro e vê-lo ao mesmo tempo, desde que ambos estejam em perfeita sintonia, através do mesmo comprimento de onda. Celina conhece a sublimidade das forças que a envolvem e entrega-se, confiante, assimilando a corrente mental que a solicita. Irradiará o comunicado-lição, automaticamente, qual acontece na psicofonia sonambúlica, porque o amigo espiritual lhe encontra as células cerebrais e as energias nervosas quais teclas bem ajustadas de um piano harmonioso e dócil.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 115-123.

Sonambulismo, Com Psicofonia Inconsciente

“Celina: “É sonâmbula perfeita. A psicofonia, em seu caso, se processa sem necessidade de ligação da corrente nervosa do cérebro mediúnico à mente do hóspede que ocupa.”

“Na psicofonia consciente, dona Eugênia exercia um controle mais direto sobre o hóspede que lhe utilizava os recursos, ao passo que dona Celina, embora vigie o companheiro que se comunica, o deixa mais à vontade, mais livre…

“O sonambulismo puro, quando em mãos desviadas, pode produzir belos fenômenos, mas é menos útil na construção espiritual do bem. A psicofonia inconsciente, naqueles que não possuem méritos morais suficientes a própria defesa, pode levar à possessão, sempre nociva, e que, por isso, apenas se evidencia integral dos obsessos que se renderam às forças vampirizantes.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 59-74.

 

Psicofonia Sonambúlica

“Lembrava um fidalgo antigo repentinamente arrancado ao subsolo, porque os fluídos que o revestiam eram verdadeira massa escura e viscosa, cobrindo-lhe a roupagem e despedindo nauseabundas emanações.”

“(…) naquele rosto patibular, parecendo emergir dum lençol de lama, alinhavam-se a frieza e a malignidade, astúcia e o endurecimento.

“Foi um fazendeiro desumano – esclareceu nosso orientador amigo. – Desencarnou nos últimos dias do século XVIII, mas ainda conserva a mente estagnada na concha do próprio egoísmo. Nada percebe, por enquanto, senão os quadros interiores, criados por ele mesmo…”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 59-74.