A Exigência Distorce os Sentimentos

Quando as pessoas ouvem uma exigência, parece-lhes que nosso amor, respeito e cuidado são condicionais. Isto é, parece que só gostamos deles enquanto pessoas quando fazem o que queremos.

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 32.

Solução Para Atender as Necessidades de Todos

“De fato, ao me comunicar com meus filhos prefiro demorar e falar a partir da energia de minha escolha, ao invés de responder por hábito do modo que fui condicionado a fazer se algo não estiver em harmonia com meus valores. Infelizmente, recebemos do nosso entorno muito mais reforço positivo para agir de forma punitiva e julgadora do que de maneira respeitosa com nossos filhos.

(…) tentava compreender as necessidades dele e procurava entender minhas próprias necessidades para expressá-las de modo respeitoso.

(…) As pessoas muitas vezes confundem a comunicação da qual estou falando com permissividade. (…) A direção que defendo nasce de duas pessoas que confiam uma na outra, e não de uma pessoa que impõe sua autoridade à outra.

(…)Assim que uma pessoa ouve uma exigência, fica muito mais difícil chegar a uma solução que atenda às necessidades de todos.”

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 26-27.

Não Confunda Natural com Habitual

“Para muitos pais, esse modo de comunicação é tão diferente que pensam: “Não me parece natural falar dessa maneira”. Por uma incrível coincidência, um escrito de Gandhi me caiu nas mãos na hora exata: “Não confunda o que é natural com o que é habitual”.

(…)

Aprendi que é muito mais natural as pessoas se conectarem de modo amoroso, respeitoso, e fazerem as coisas pela alegria de estar com o outro, ao invés de usar punições e recompensas, ou culpa e acusações, como instrumentos de coerção. Mas uma transformação dessa natureza exige muita e esforço.

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 24.

Poder Baseado em Confiança Mútua

” (…)Na modalidade de poder com as pessoas, não procuramos influenciar através de nossa capacidade de fazer as pessoas sofrerem se não fizerem o que queremos, ou de recompensá-las caso obedeçam. O “poder com” é um tipo de poder baseado em confiança mútua e respeito, que leva as pessoas a se abrirem para ouvir o outro e aprender mutuamente; doarem se uns aos outros de boa vontade pelo desejo de contribuir com o bem-estar do outro, ao invés de motivados por medo de punições ou esperança de recompensas.

É possível obter esse tipo de poder, o poder com as pessoas, quando conseguimos comunicar de modo aberto nossos sentimentos e necessidades sem fazer crítica alguma à outra pessoa. Isso acontece quando dizemos ao outro aquilo que queremos, de tal modo que ele não o ouça como uma exigência ou ameaça. Como mencionei, é preciso também escutar o que os outros estão de fato tentando comunicar, e mostrar que entendemos com exatidão – em vez de imediatamente começar a dar conselhos e querer consertar a situação.”

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 23.

Atendimento às Necessidades e Respeito Mútuo

“Entendi por experiência que (estejamos nos comunicando com crianças ou com adultos) quando percebemos a diferença entre esses dois objetivos e conscientemente nos abstemos de tentar conseguir que o outro faça o que queremos – ao mesmo tempo procurando criar uma qualidade de cuidado mútuo, respeito mútuo, um bom vínculo que permite aos dois sentirem que suas necessidades estão sendo levadas a sério, e a consciência de que as necessidades e o bem-estar da outra pessoa são independentes – é impressionante como os conflitos, que de outro modo pareceriam insolúveis, se resolvem com facilidade.”

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 19.

O Perigo da Palavra Filho

“Primeiramente, é aconselhável chamar a atenção para o perigo da palavra “filho” – se for usada para sugerir um tipo diferente de respeito, diferente daquele que teríamos por alguém não rotulado como filho ou criança. Explicarei melhor o que quero dizer com isso.”

ROSENBERG, Marshall. Criar Filhos Compassivamente: Maternagem e Paternagem na Perspectiva da Comunicação Não Violenta. São Paulo: Palas Athenas, 2020, pág. 09.

Acolhimento

“Uma vez, durante um retiro difícil no qual muitos pensamentos e emoções turbulentas seguiam surgindo em minha prática, meu professor, Dzigar Kongtrul Rinpoche, me explicou que as perturbações que encontrei vinham de uma resistência sutil que eu tinha em relação à minha experiência. Rinpoche me fez recordar que a atitude a ser adotada na prática é a de oferecer respeito e gratidão à mente e à experiência. Quando respondemos a qualquer coisa que surge com julgamento ou agressão, experimentamos a dor disso. Na vez seguinte em que eu sentei para praticar, parei de rejeitar minha experiência, de evitá-la. Surpreendi-me ao ver quanta diferença fazia. Era apenas um pequeno ajuste, mas ainda assim senti como se uma carga enorme houvesse sido liberada.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 66.

Corrente do Bem

“Cada consciência bafejada pelo sol da razão será interpretada, assim, à conta de raio na esfera da vida, evolvendo da superfície para o centro, competindo-lhe a obrigação de respeitar e promover, facilitar e nutrir o bem comum, atitude espontânea que lhe valerá o auxilio natural de todos os que lhe recolhem a simpatia e a cooperação. Com semelhante atitude, cada Espírito plasma os reflexos de si de mesmo, por onde passa, abrindo-se aos reflexos das mentes mais elevadas que o impulsionam à contemplação de mais vastos horizontes do progresso e à adequada assimilação de mais altos valores da vida.

Desse modo, pela execução do dever – região moral de serviço em que somos constantemente alertados pela consciência – exteriorizamos a nossa melhor parte, recolhendo a melhor parte dos outros.”

Xavier, Francisco Cândido/ Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 87-88.

Fé e Respeito no Alcance da Cura

“(…) começamos a reparar que alguns enfermos não alcançavam a mais leve melhoria.

As irradiações magnéticas não lhes penetravam o veículo orgânico.

(…)

– Falta-lhes o estado de confiança – esclareceu o orientador.

(…)

No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa “tensão favorável”. Essa tensão decorre da fé. Certo, não nos reportamos ao fanatismo religioso ou à cegueira da ignorância, mas sim à atitude de segurança íntima, com reverência e submissão, diante das Leis Divinas, em cuja sabedoria e amor procuramos arrimo. Sem recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárnio e a dureza de coração podem ser comparados a espessas camadas do gelo sobre o templo da alma.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 17.

Doutrina Máxima

“A doutrina máxima da Bruxaria, a Rede Wiccana, é: “Faça o que quiser, mas não prejudique ninguém.

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 47.