Modificações Após a Morte

Abelardo e Celina

“A travessia pelo túmulo impõe efetivamente ao Espírito singulares modificações… Cada viajor em sua estrada, cada coração com seu problema…”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 125-133.

Resumo do Processo Iniciático

“Primeiro, vem a separação.(…) A purificação, interna e externa, (…) A morte simbólica (…) Depois de receber o novo conhecimento, o iniciado renasce.”

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, pp. 121-124.

Ritos de Passagem Para Bruxaria

“Um “rito de passagem” é uma transição de um estado de vida para o outro. (…) A iniciação é um conjunto de rituais ensinamentos orais criados para causar uma mudança definitiva no status religioso e social da pessoa que passa pelo ritual. Ocorre uma catarse, uma purificação espiritual. Ela se torna, de fato, outra pessoa. O tema central da iniciação (qualquer iniciação, quer seja na bruxaria, numa tribo primitiva ou mesmo no cristianismo) é o que se chama de palingênese: um renascimento. Você está colocando um ponto final na vida como a conheceu até este ponto e “renascendo”…com um novo conhecimento.

Buckland, Raymond. Livro completo de bruxaria de Raymond Buckland: tradição, rituais, crenças, história e prática. Editora Pensamento Cultrix, São Paulo, 2019, p. 121.

Limiar e imortalidade

“(…) a passagem do limiar constitui uma forma de auto aniquilação. (…) O desaparecimento  corresponde à entrada do fiel  no templo – onde ele será revivificado pela lembrança de quem e do que é, isto é, pó e cinzas, exceto se for imortal. O interior do templo, ou ventre da baleia, e a terra celeste, que se encontra além, acima e abaixo dos limites do mundo, são uma só e a mesma coisa”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 92.

Separação, Iniciação e Retorno

“O percurso padrão da aventura mitológica do herói é uma magnificação da fórmula representada nos rituais de passagem: separação-iniciação-retorno – que podem ser considerados a unidade nuclear do monomito.

Um  herói vindo do mundo cotidiano se aventura numa região de prodígios sobrenaturais; ali encontra fabulosas forças e obtém uma vitória decisiva; o herói retorna de sua misteriosa aventura com o poder de trazer benefícios aos seus semelhantes”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 36.

Rituais de Passagem ou Iniciação

“Os chamados ritos [ou rituais] de passagem, que ocupam um lugar proeminente na vida de uma sociedade primitiva (cerimônias de nascimento, de atribuição de nome, de puberdade, casamento, morte, etc.), têm como característica a prática de exercícios formais de rompimento normalmente bastante rigorosos, por meio dos quais a mente é afastada de maneira radical das atitudes, vínculos e padrões de vida típicos do estágio que ficou para trás. Segue-se a esses exercícios, um intervalo de isolamento mais ou menos prolongado, durante o qual são realizados rituais destinados a apresentar, ao aventureiro da vida, as formas e sentimentos apropriados à sua nova condição, de maneira que, quando finalmente tiver chegado o momento do seu retorno ao mundo normal, o iniciado esteja tão bem como se tivesse renascido”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 20-21.