“(…) eram presas e brutalmente torturadas na prisão enquanto aguardavam o dia 1º de agosto, data marcada para sua execução. Esse dia era um feriado para celebrar a grandeza de Roma e de seu imperador. Nessas ocasiões, o governador deveria demonstrar seu patriotismo oferecendo diversos entretenimentos públicos para toda a população da cidade. Essas obrigações sobrecarregavam os funcionários provinciais com enormes despesas para contratar gladiadores, boxeadores, contorcionistas e espadachins.Mas, no ano anterior, o imperador e o Senado promulgaram uma nova lei para contrabalançar o custo dos espetáculos de gladiadores. Agora, o governador podia legalmente substituir as exibições atléticas pelo espetáculo da tortura e execução de criminosos condenados que não eram cidadãos – com um custo de 6 aurei por pessoa, um décimo do custo de contratar um gladiador de quinta classe, com economias proporcionais para os mais graduados. Esse fato, sem dúvida, exacerbou a aversão oficial contra os cristãos, que poderiam oferecer, como fizeram em Lyon, uma diversão sem despesas elevadas.”
PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 96-97.
Capítulo: 4- A Paixão de Cristo e a Perseguição aos Cristãos.