“Tácito acrescenta em suas observações acerca do incêndio em Roma:
…Primeiro, os seguidores da seita que foram presos confessaram; em seguida, em virtude de suas confissões, um grande número foi sentenciado nem tanto devido ao incêndio, mas pelo ódio da raça humana. E o escárnio acompanhou o fim deles: foram cobertos por peles de animais selvagens e mordidos até a morte por cães; ou foram amarrados a cruzes, e quando a luz do dia se extinguiu os queimaram para servir de tochas à noite. Nero ofereceu seus jardins para exibir o espetáculo… *(Tácito, Anais 15.44-2-8.)
(…) desde a época do império de Augusto (27 a.C.-14 d.C.), o imperador e o Senado reprimiram todos os dissidentes sociais que poderiam causar problemas, como astrólogos, mágicos, seguidores de cultos religiosos estrangeiros e filósofos. “O grupo cristão possuía todas as características da conspiração. Primeiro. diziam-se seguidores de um homem acusado de magia, que fora executado por essa razão e por traição: segundo, eram “ateus que denunciavam como “demônios” os deuses que protegiam a prosperidade do Estado romano – até mesmo a personificação (espirito divino) do imperador; terceiro, pertenciam a uma sociedade ilegal. ”
PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 86.
Capítulo: 4- A Paixão de Cristo e a Perseguição aos Cristãos.