Memorização Rigorosa

Mas a memorização rigorosa foi o que garantiu minha segurança durante o ataque de nervos inicial.

(…)
Sou uma improvisadora de mão cheia, mas palestra não é lugar de improviso, ainda mais num palco como o do TED, em que o tempo é rigorosamente controlado.

(…)disse que a razão para roteirizar uma palestra é que, com isso, você pode ter certeza de que cada frase vale a pena.

Salman Khan tem uma posição diferente:

“Quando o público acredita que você está falando em tempo real, o impacto é muito maior do que se ele ouvisse as palavras exatas. Sou mais propenso a fazer uma lista de tópicos sobre os quais quero falar e tentar comunicar essas ideias em linguagem espontânea, como se estivesse conversando com amigos à mesa de jantar. O segredo é manter o foco nas ideias e deixar que as palavras fluam.”

Sir Ken Robinson:

As pessoas devem fazer o que as deixa à vontade no palco e as ajuda a relaxar. Se a memorização funciona, devem memorizar. (…) prioridades ao dar uma palestra é estabelecer uma relação pessoal com a plateia, e para isso preciso de espaço para improvisar. (…) sinto que o essencial é falar com as pessoas, e não para as pessoas. No entanto, planejo minhas palestras com o maior cuidado.

(…)

Uma grande palestra é, ao mesmo tempo, roteirizada e improvisada.

(…)

Churchill quem disse: “Ensaie suas observações improvisadas”.

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 136-138.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Roteirização.

 

O segredo é Relaxar.

Quando já foi vista no slide, a palavra falada tem impacto zero. Deixa de ser novidade.

(…) E isto nos leva ao futuro das grandes cidades [clique] é muito mais eficaz que Ah, sim, agora quero falar sobre o futuro das grandes cidades.

Para dizer a verdade, o velho método das fichas com breves anotações escritas à mão ainda é uma forma aceitável de manter o fio da meada. Use palavras que evoquem frases fundamentais, ou falas que façam avançar para o próximo passo da palestra.”

O segredo é relaxar.

“Quando o astro dos DJs Mark Ronson parti- cipou do TED2014, foi exemplar a esse respeito. Em dado momento ele se perdeu, mas simplesmente sorriu, foi até uma garrafa de água, bebeu um gole, disse ao público que aquela era sua muleta mental, examinou suas anotações e bebeu outro gole. Quando recomeçou, todos estavam gostando dele mais do que antes.

Aliás, os oradores do TED têm opiniões muito diversas sobre a escolha entre o roteiro decorado e uma palestra preparada espontânea.”

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 135.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Roteirização.

 

Palestras Não Roteirizadas

O que todas elas têm em comum é que, na hora de falar, o orador não tenta recorrer a uma frase escrita específica, mas pensa sobre o assunto e procura as melhores palavras para transmitir a essência da questão. No máximo, usa lgumas anotações para ajudar a abordar os principais elementos da palestra.

Mas é fundamental distinguir não roteirizada de não preparada. Numa palestra importante, a segunda possibilidade é inadmissível.

Armadilhas mais comuns dessa abordagem:

1. De repente não conseguir encontrar palavras para explicar um conceito essencial. Antídoto: praticar em voz alta diversas versões dos passos da viagem até ficar confiante de que tem absoluta clareza mental sobre cada um deles.

2. Deixar de fora algo essencial. Vale a pena trabalhar na transição de cada passo, o que faz com que a sequência surja naturalmente. Talvez seja bom dedicar-se a lembrar as frases de transição ou acrescentá-las às anotações.

3. Estourar o tempo. Isso é preocupante para os ciclo de palestras e para todos os oradores seguintes. Também organizadores do pode cansar a plateia. Evite. Os únicos antidotos são: A. Ensaiar a palestra diversas vezes para ter certeza de que ela cabe no tempo estipulado. Se não couber, corte material. B. Consultar disciplinadamente o relógio e saber em que ponto é preciso estar na metade do tempo. C. Preparar uma apresentação que não ocupe mais de 90% do tempo reservado.

*Dores do Improviso.

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 134-135.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Roteirização.

 

Viver a Palestra

“O que eu digo às pessoas é: a prática não leva à perfeição. A prática torna a imperfeição tolerável. Isso porque, quando você sabe algo de trás para frente, pode JOGAR com os imprevistos, em vez de suprimi-los.”

(…) Não pretenda recitar a palestra. Você deve vivê-la. (…) Você deve dar a impressão de que está expondo essas ideias pela primeira vez.

Isso é possível. Nem toda ocasião em que você vá falar justifica esse investimento de tempo. Mas, quando justifica, vale a pena.

(…)

Andrew Solomon no TED2014:

Não procuramos as experiências dolorosas que talham nossa identidade, mas procuramos nossa identidade na esteira de experiências dolorosas. Não somos capazes de suportar um tormento que não tenha razão de ser, mas podemos resistir a uma grande dor se acreditarmos que há nela um propósito. A tranquilidade nos marca menos do que a dificuldade. Poderíamos ser nós mesmos sem nossos prazeres, mas não sem as desventuras que conduzem nossa busca por sentido.

(…)

Erga os olhos sempre que puder e faça contato visual.”

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 132-133.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Roteirização.

 

 

Palestras Roteirizadas

Uma coisa é ouvir a leitura, outra é ouvir a falar.”

*Roteiro:

1. Tenha o texto na ponta da língua, de modo que em momento algum ele pareça roteirizado. (Em breve falaremos mais sobre esse ponto.)

2. Recorra ao roteiro (esteja ele num púlpito – preferencialmente de um tipo que não esconda seu corpo todo – ou talvez numa tela ou monitor), mas compense isso olhando para o público a cada frase, para fazer contato visual com ele, Observe que eu não disse “leia o roteiro”. Você pode ter o discurso todo diante de si, mas é importante que se encontre no modo fala, e não no modo leitura. A plateia percebe a diferença. Tudo depende da expressividade das palavras, conforme você as pronuncia com toda a naturalidade e o entusiasmo possíveis. Trata-se de fazer contato visual com a plateia, sorrir e assumir outras expressões faciais. Trata-se de ter tal intimidade com o roteiro que você só precise dar uma olhada nele a cada uma ou duas frases. Claro que isso dá trabalho, mas vale a pena, e é bem menos assustador do que a memorização total.

3. Concentre o roteiro em tópicos e planeje-se para expressar cada um em palavras espontâneas. Essa técnica tem suas dificuldades, que serão tratadas adiante em “Palestras não roteirizadas”.

(…)

Para a maioria das pessoas, decorar uma palestra de dezoito minutos pode levar cinco ou seis horas. Uma hora por dia, durante uma semana.

(…)

Você só decora plenamente sua fala quando é capaz de realizar outra atividade que exija energia mental enquanto dá a palestra.”

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 128-131.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Roteirização.

 

O Que Pode dar Errado?

“Seu tom de voz dar sono na plateia.

*Você falar como se estivesse recitando.

*Seu tempo acabar antes de você dizer metade do que pretendia.

*Você se embaralhar tentando casar os slides com as frases que preparou.

*Você não conseguir passar os vídeos ou o controle remoto não funcionar direito.

*Você não conseguir fazer contato visual com um só membro da plateia.

*Você se sentir desconfortável no palco, sem saber se deve caminhar um pouco ou ficar no mesmo lugar. Entre uma coisa e outra, acaba balançando o corpo ou andando esquisito.

*A plateia não rir quando você esperava que risse.

*A plateia rir quando você não esperava em absoluto que risse.

*A ovação com que você sonhava dar lugar a umas palminhas chochas so por educação.

*E aquilo que todos nós mais tememos: você esquecer o que ia dizer, dir um branco e paralisar.

*Doses

*Dois Caminhos:

A. escrever toda a palestra, como um roteiro completo (para ler, decorar o combinar as duas coisas), ou

B. ter uma estrutura claramente desenvolvida e falar na hora sobre os pontos a tratar.

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 126-128.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Roteirização.