Paradoxo da Ressurreição

“A convicção de que um homem morto retornou à vida é, com certeza, um paradoxo. Mas o paradoxo pode conter o segredo do seu poderoso apelo, pois, ao contradizer nossa própria experiência histórica, exprime a linguagem das emoções humanas. Lida com nosso maior medo e expressa nossa ânsia em suplantar a morte.

Irineu e Tertuliano enfatizam que a antecipação da ressurreição do corpo exige que fiéis levem a sério as implicações éticas de suas próprias ações.

…Contudo, a serpente era mais sábia que todos os animais do Paraíso e persuadiu Eva, dizendo: “No dia em que comer da árvore que está no meio do Paraíso, os olhos de sua mente se abrirão.”  * (Testemunho da Verdade 45.24-46.11, em NHL 411.)

*Serpente: um símbolo da sabedoria divina.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 28-29.

Capítulo: 1- A Controvérsia Sobre a Ressurreição de Cristo: Acontecimento Histórico ou Símbolo?

O Gênesis é Profundamente Simbólico

“O Gênesis é profundamente simbólico e não pode ser assimilado por meio de uma interpretação literal” – explicou ele. “A árvore da vida’ é o corpo humano; a coluna vertebral assemelha-se a uma árvore invertida, tendo como raízes os cabelos do homem, e como galhos, os nervos aferentes e eferentes. A árvore do sistema nervoso produz muitos frutos apetitosos: as sensações da visão, da audição, do olfato, do paladar e do tato. A estes o homem tem permissão de desfrutar; mas lhe foi proibida a experiência do sexo, a ‘maçã’ no centro do corpo (‘no meio do jardim’).

“A ‘serpente” representa a energia enrolada na base da espinha dorsal, que estimula os nervos sexuais. ‘Adão’ é a razão, ‘Eva’ é o sentimento. Quando o impulso sexual suplanta a emoção ou a ‘consciência de Eva’ em qualquer ser humano, sua razão ou Adão também sucumbe.

“Deus criou a espécie humana materializando o corpo do homem e da mulher pela força de Sua vontade; Ele dotou a nova espécie com o poder de criar filhos de idêntica maneira divina ou “imaculada”.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 159-160.

Capítulo 7: O papel de Sată na criação de Deus.

O Sapo

“O repugnante e rejeitado sapo ou dragão do conto de fadas traz a bola do sol na boca; pois o sapo, a serpente, o rejeitado, é o representante daquela profunda camada inconsciente (“tão profunda que não é possível ver-lhe o fundo”) em que são guardados todos os fatores, leis e elementos da existência rejeitados, não admitidos, não reconhecidos, desconhecidos ou subdesenvolvidos“.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 61.