Slide, Vídeo ou Objeto Cativante

“Uma imagem magnífica capta a atenção. Mas, com frequência, o impacto pleno ocorre com a revelação de algo surpreendente sobre ela.

Provoque, mas não entregue demais

Então, em vez de entregar tudo de bandeja logo de cara, imagine uma linguagem capaz de seduzir a plateia e fazê-la desejar seguir viagem com você.”

É correto poupar as grandes revelações para o meio ou para o fim da apresentação. (…) Como lembrou J. J. Abrams em sua palestra sobre a força do mistério, muito do impacto de Tubarão se deve a uma escolha do diretor Steven Spielberg, que manteve o monstro oculto durante toda a primeira metade do filme. É claro que você sabia que ia vê-lo, mas a invisibilidade mantinha a tensão.

(…)

Pode-se pensar na abertura de uma palestra da mesma forma, só que com tempos diferentes. Em primeiro lugar vem a guerra dos dez segundos: você é capaz de fazer algo para garantir a atenção do público enquanto expõe o tema da palestra? Em segundo lugar vem a guerra do um minuto: você consegue usar o primeiro minuto para garantir que a plateia se empenhe a empreender com você a jornada completa?”

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 154-156.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Abertura e Encerramento.

 

O segredo é Relaxar.

Quando já foi vista no slide, a palavra falada tem impacto zero. Deixa de ser novidade.

(…) E isto nos leva ao futuro das grandes cidades [clique] é muito mais eficaz que Ah, sim, agora quero falar sobre o futuro das grandes cidades.

Para dizer a verdade, o velho método das fichas com breves anotações escritas à mão ainda é uma forma aceitável de manter o fio da meada. Use palavras que evoquem frases fundamentais, ou falas que façam avançar para o próximo passo da palestra.”

O segredo é relaxar.

“Quando o astro dos DJs Mark Ronson parti- cipou do TED2014, foi exemplar a esse respeito. Em dado momento ele se perdeu, mas simplesmente sorriu, foi até uma garrafa de água, bebeu um gole, disse ao público que aquela era sua muleta mental, examinou suas anotações e bebeu outro gole. Quando recomeçou, todos estavam gostando dele mais do que antes.

Aliás, os oradores do TED têm opiniões muito diversas sobre a escolha entre o roteiro decorado e uma palestra preparada espontânea.”

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 135.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Roteirização.

 

A Finalidade dos Recursos Visuais

David McCandless:

“QUE PAÍS TEM O MAIOR ORÇAMENTO MILITAR?”

“(…) um título seguido de várias frases longas que resumem os tópicos abordados, são a maneira mais segura de desviar a atenção da plateia. Isso porque ela lê muito mais depressa do que o palestrante, e, quando o tópico do slide é explicado, a plateia já o considera coisa sabida.

Se você vai expor um tópico durante alguns minutos, talvez valha a pena deixar na tela uma palavra ou frase para lembrar o público o que está sendo explicado.

Em vez de um slide que diga Um buraco negro é um objeto tão massivo que nem a luz escapa dele, você deveria trocá-lo por um slide com o seguinte título: Até que ponto um buraco negro é negro? Em seguida, dê a informação oralmente, com as palavras do slide original. Assim, o slide desperta a curiosidade e torna suas palavras mais interessantes, e não menos.

A finalidade principal dos recursos visuais não deve ser comunicar palavras. A boca do palestrante já faz isso muito bem. A finalidade dos recursos visuais é mostrar aquilo que a boca não mostra tão bem: fotografias, vídeos, animações e dados importantes.”

(…) Hans Rosling mostra as melhores estatísticas que você já viu”!

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 112-113.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Recursos Visuais.