Patrono da filosofia

“Por que Sócrates é considerado o patrono da filosofia? Porque jamais se contentou com as opiniões estabelecidas, com os preconceitos de sua sociedade, com as crenças inquestionadas de seus conterrâneos. Ele costumava dizer que era impelido por um espírito interior” (como Morfeu instigando Neo) que o levava a desconfiar das aparências e procurar a realidade verdadeira de todas as coisas.”

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 13.

Introdução: Para que filosofia?

Neo e Sócrates

Aula Magna

Gênio da inatividade

“(…)como já me ouvistes muitas vezes declarar por toda a parte, a encontrareis em algo divino e demoníaco que se dá comigo […]. Isso começou desde o meu tempo de menino, uma espécie de voz que só se manifesta para dissuadir-me do que eu esteja com intenção de praticar, nunca para levar-me a fazer alguma coisa. Isso é que se opõe a que me ocupe com política.”

A voz misteriosa do daimon diz: Pare! Ela impede Sócrates de agir. Ela é, claramente, um gênio da inatividade.

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 1353.

O Pathos da ação

Parrhesia

“Sócrates critica, ali, o conformismo que impera na polis:

Pois, como sabeis, atenienses, se há muito tempo eu me tivesse ocupado com os negócios públicos (politiká prágmata), há muito, também, já teria deixado de existir, sem ter sido de nenhuma utilidade nem para vós nem para mim. Não vos zangueis por vos dizer a verdade; mas é fato que não escapará de morrer quem quer que se vos oponha sem temor ou a qualquer outra assembleia popular, para impedir que na cidade se pratiquem injustiças ou iniquidades.

Falar livremente e dizer a verdade (parrhesia) é perigoso na polis. Quem, por motivos nobres, expressa a verdade e se opõe, assim, à vontade da multidão, corre o risco de ser morto.”

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 1152.

O Pathos da ação

A Natureza da Mente

“Na época em que este texto foi escrito, entre os séculos II e III d.C. Sócrates, Platão e Aristóteles já haviam dissertado textos sobre a natureza da mente, da alma, do corpo e do espírito, mas no início, o cristianismo foi formado por homens simples, muitas vezes iletrados, tinham coragem, fé, tinham o Espírito, mas possuíam pouco conhecimento, mesmo assim, da forma como eles compreendiam eles dissertaram suas convicções.”

Nascimento, Peterson do. O Tratado Sobre a Ressureição (Coleção Apócrifos do
Cristianismo Livro XVII) – Versão Kindle, Posição 319.

Experiência no Campo Social

“Assim como a organização do homem físico exigira as mais amplas experiências da natureza, antes de se fixarem os seus caracteres biológicos definitivos, a lição de Jesus, que representa o roteiro seguro para a edificação do homem espiritual, deveria ser precedida pelas experiências mais vastas no campo social.”

“É por essa razão que observamos, nos cinco séculos anteriores à vinda do Cordeiro, uma aglomeração de númeras escolas políticas, religiosas e filosóficas dos mais diversos matizes, em todos os ambientes do mundo.”

“(…) o grande filósofo está aureolado pelas mais divinas claridades espirituais, no curso de todos os séculos planetários.”

Nota Pessoal: Emmanuel sobre Sócrates”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 82-85.