Parrhesia

“Sócrates critica, ali, o conformismo que impera na polis:

Pois, como sabeis, atenienses, se há muito tempo eu me tivesse ocupado com os negócios públicos (politiká prágmata), há muito, também, já teria deixado de existir, sem ter sido de nenhuma utilidade nem para vós nem para mim. Não vos zangueis por vos dizer a verdade; mas é fato que não escapará de morrer quem quer que se vos oponha sem temor ou a qualquer outra assembleia popular, para impedir que na cidade se pratiquem injustiças ou iniquidades.

Falar livremente e dizer a verdade (parrhesia) é perigoso na polis. Quem, por motivos nobres, expressa a verdade e se opõe, assim, à vontade da multidão, corre o risco de ser morto.”

HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa, ou sobre a inatividade. Ed. Vozes, 2023, Local 1152.

O Pathos da ação

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