“Pode-se observar, por exemplo, que os jovens frequentemente se identificam interiormente com um “príncipe” ou com uma criatura sobrenatural. Muitos outros querem ser comuns, antes de mais nada, e ser como todo mundo é. Cada nível deseja secretamente o outro e as duas formas na verdade são dois lados do Antropos, do Homem. O inconsciente insiste em ambos os lados, pois, paradoxalmente, individuação significa tornar-se mais individual e, ao mesmo tempo, mais humano.
O herói aparece, quase sempre, no papel de um desertor. Ele deixa a ordem coletiva e se envereda num destino especial.”
FRANZ, Marie-Louise von. A interpretação dos contos de fadas. São Paulo: Paulus, 2022, pág.172-173.
7. Sombra, anima e animus nos contos de fada