“Conheci um fisico cujos sonhos apontavam para uma nova descoberta, ainda não realizada e que ele próprio não fizera, mas que, por assim dizer, andava no ar. Pelos sonhos, concluímos que sua crença numa relação simétrica entre fenômenos materiais deveria ser abandonada. O fisico respondeu-me que semelhante ideia o enlouqueceria! No entanto, cerca de três meses depois foram publicados resultados experimentais rigorosamente exatos, provando que o que esse cientista sonhara estava certo, e que ele teria de renunciar as suas ideias anteriores a respeito da ordem cósmica.
Assim, o arquétipo é o promotor de ideias e é também o responsável pelas restrições emocionais que impedem a renúncia a teorias anteriores. Isso é apenas um detalhe, realmente, ou um aspecto específico do que acontecer por toda parte na vida, pois seríamos incapazes de reconhecer qualquer coisa sem projeção; mas isso é também o principal obstáculo para se chegar à verdade.”
VON FRANZ, Marie-Louise. Alquimia, Uma introdução ao simbolismo e seu significado na psicologia de Carl G. Jung, Ed. Cultrix 2022, Pág 56-57.
1a Palestra | Introdução