“(…) clarividência. A impressão de um pensamento fluídico ou a imagem evocada de algo existente se reflete de imediato sobre o centro sensorial inteligente do sujeito, que se comunica não com os sentidos de seu corpo físico, mas com a mente (força do pensamento) daquele que o magnetiza, refletindo as sensações ou imagens a ele fornecidas.
Todo isolamento consciente ou inconsciente da força sensorial central abre caminho para a manifestação da potencialidade de reflexo das imagens que nos cercam e que vêm de outras pessoas ou coisas. O poder psíquico de uma pessoa aumenta quando exercitado, assim como o exercício físico desenvolve os músculos.
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Quando o padre no altar diz Verbum caro factum est [E o verbo se fez carne] ele não sabe ou não entende que se trata do cumprimento de uma obra de magia; a palavra se tornou ação e realização por meio da manifestação de Cristo.
Esse Espírito Santo dos cristãos é o velho telema, o elo entre o invisível e o perceptível.
A liberdade do poder intelectual central é alcançada relaxando a sensibilidade física na pessoa.
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A música, harmônica ou melódica, tem o poder de agir por reflexo sobre a psique do ouvinte; o aparelho auditivo comum, tomado pelo vórtice da progressão das notas ou atordoado pelas vibrações dos instrumentos metálicos, certamente pode produzir um estado de hipnose cataléptica em algumas pessoas sensíveis.
(…) os meios práticos para a obtenção o da intuição da verdade ultra-humana se resumem a apenas um: dormentes os sentidos animais para dar completa liberdade a outro, àquele sentido que é o meio condutor entre o ultra-humano e o humano.”
KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág. 117-118.
Segunda Parte
Inteligência, Força e Criação
