A experiência da treva e do vazio

“A partir da experiência da treva e do vazio, pode acontecer o encontro com um companheiro interior.

Jung fala de uma experiência desse tipo:

“O estado de transformação imperfeita, em que apenas depositamos esperança e pelo qual apenas esperamos, não parece ser somente de tormento, mas de felicidade, se bem que oculta. É o estado de alguém que, em seus percursos por entre os labirintos de sua transformação psíquica, alcança uma felicidade secreta que o reconcilia com sua aparente solidão. Ao comungar consigo mesma, a pessoa encontra, não uma melancolia e um tédio mortais, mas um parceiro interior; e, mais do que isso, uma relação que se assemelha à felicidade de um amor secreto, ou de uma primavera oculta, quando a semente verde brota da terra infecunda, trazendo consigo a promessa de futuras colheitas. Trata-se da benedicta viriditas, a bendita verdura, que significa, de um lado, a “lepra dos metais” (verdigris), mas, de outro, a secreta imanência do divino espírito da vida em todas as coisas.”

EDINGER, Edward F. Anatomia da Psique. O Simbolismo Alquímico na Psicoterapia, Ed. Cultrix 2006, Pág.192.

Capítulo 6 Mortificatio Putrefactio

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