A experiência de vivenciar o Self

“Como vocês todos sabem, a experiência de vivenciar o Self na fase inicial da análise é, em geral, um momento de rara e feliz exultação. Num certo dia, depois de se ter lutado com as próprias misérias, acontece de se experimentar profunda paz interior, de se sentir que se fez contato com o próprio centro íntimo. Em linguagem chinesa, a pessoa está em Tao e está feliz; a pessoa sente que “agora compreendo o que tudo isso quer dizer e agora eu o possuo” – mas dois minutos depois o diabo vence de novo, e tudo está perdido mais uma vez. Entretanto, a criança estaria representando o fato de que essa experiência interior tornou-se agora uma presença constante dentro da pessoa, apesar de o dragão fugir novamente; ou seja, o homem comum continua seguindo adiante com seus pensamentos e suas ações incoerentes, mas, a despeito disso, há intimamente uma outra entidade no fundo da alma, por assim dizer, que é uma personificação e uma compreensão constante do Self.

A criança nasceu no fogo, da concentração de libido no mundo interior e, como uma salamandra, nutriu-se do fogo e quando cresceu ficou vermelha e da cor do sangue.”

VON FRANZ, Marie-Louise. Alquimia e a Imaginação ativa: estudos integrativos sobre imagens do inconsciente, sua personificação e cura.  Ed. São Paulo: Cultrix, 2022. Pág.83.

1. Palestra

Origens da Alquimia: Tradições extrovertidas e introvertidas.

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