“Para o alquimista, o superior e o inferior, bem como o interior e o exterior, estavam ligados por vínculos e identidades ocultos. Aquilo que acontece no céu é duplicado por aquilo que ocorre na Terra, tal como o indicam os seguintes versos alquímicos: (PRINCÍPIO DE CORRESPONDÊNCIA)*
Heaven above
Heaven below
Stars above
Stars below
All that is above
Also is below
Grasp this
And rejoice
(Céu em cima / Céu embaixo / Estrelas em cima / Estrelas embaixo / Tudo o que está em cima / Também está embaixo / Percebe-o / E rejubila-te.)
De igual maneira, uma passagem da Tábua da Esmeralda diz: “Aquilo” que está embaixo é igual ao que está em cima e aquilo que está em cima é igual ao que está embaixo, para realizar os milagres de uma só coisa.” Os planetas no céu correspondem aos metais na Terra: Sol= ouro; Lua=prata, Mercúrio= mercúrio; Vênus =cobre; Marte =ferro; Júpiter =estanho; e Saturno =chumbo.
Os tijolos empregados na construção do ego são qualidades divinas furtadas aos deuses ou produtos do desmembramento de uma divindade representantes terrenos de princípios transpessoais.
Assim, representariam imagens arquetípicas da psique objetiva. Sua descida em busca dos metais correspondentes indica que cada espírito-metal procura sua própria encarnação terrena. Desejam ser concretamente atualizados na experiência consciente de um ego individual. Trata-se de um sonho arquetípico, que exibe claramente um significado coletivo e pessoal. Os deuses que perdemos descem até nós, pedindo a restauração do vínculo. Tal como Baucis e Filemon, indivíduos modernos estão sendo visitados por fatores transpessoais – que os instam a lhes dar hospitalidade – com os quais perderam contato.
O macrocosmo e o microcosmo interligados. (The Hermetic Museum, trad. de A. E. Waite.)
EDINGER, Edward F. Anatomia da Psique. O Simbolismo Alquímico na Psicoterapia, Ed. Cultrix 2006, Pág.23-24.
Capítulo 1 Introdução