Onde Situavam-se os Santuários Essênios

“Não eram, propriamente, edifícios construídos nas cristas dos montes; tais santuários eram escavados, com certo capricho, no interior das minas abandonadas, das grutas e distantes das cidades principais. Ali os servidores instalavam essas comunidades primando sempre pela higiene e estética, muito ao gosto dos Essênios que até no vestir preferiam a cor branca; só em casos excepcionais usavam um manto de lã azul escuro sobre os ombros, também adotado por Jesus. Eram anacoretas de vida cenobítica, mas criaturas sensatas, afeitas ao banho diário nos rios e cascatas, ao cuidado do cabelo e da barba, apreciadoras dos óleos aromáticos, gosto bastante generalizado. Eram cultores do conhecimento esotérico, mas sumamente equilibrados em suas atividades messiânicas; limpos, sadios e joviais, distantes dos tradicionais profetas relaxados em matéria de limpeza e higiene e sempre excomungando os homens e o mundo.

Seus santuários eram limpos, claros e agradáveis, com tapetes trançados de cordas e feitos pelos próprios Essênios. Existia um salutar sistema de ventilação responsável pela fluência do ar puro dos campos, do odor delicioso dos frutos de outono, ou do perfume agreste das flores da primavera. Não eram criaturas epicurísticas usufruindo dos bens do mundo, porém, espíritos sábios que se cercavam do conforto natural e apreciavam os ensejos agradáveis da boa música e da arte, certos de que Deus jamais pedia a fuga do homem das atividades do mundo educativo em que Ele próprio sempre estava presente.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 302.

 

Influência de João Batista

“Ele aceitou a morte para não violentar a vida e preservar sua doutrina de Amor e de Paz. Justo e inocente, não condenou os pecadores, virtuoso e bom perdoou incondicionalmente, vivendo só em função da eterna máxima de que “Só o Amor salva o homem!”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 300.

 

Influência Entre os Essênios

“A seara cristã já estava com a terra pronta para a semeadura e garantida a germinação através do “adubo” essênio. Ali pregava-se a ideia superior do amor a Deus e ao próximo; pesquisava-se a imortalidade da alma e estudava-se a reencarnação; censurava-se a guerra, o furto, a exploração, a avareza, o ódio e a vingança. Cultuava-se a bondade, o perdão, a renúncia e o sacrifício da própria vida; faziam-se votos de retidão e de serviço ao próximo, protegiam-se as crianças, amparavam-se os velhos e os enfermos, ensinava-se o respeito alheio e o culto exclusivo dos bens do Espirito Superior.

Torna-se, portanto, evidente, que esse grupo de homens, cultuando isoladamente todas as virtudes superiores do Espírito, era uma espécie de “embaixada” espiritual que descera à Terra para receber o Messias, o qual, então, daria forma objetiva e didática aos mesmos princípios que os Essênios cultuavam e os cimentaria com a substância do seu próprio sangue.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 297-298.

 

Diferença Entre os Essênios

“A Confraria dos Essênios teve o seu inicio no ano 150 a. C., no tempo dos Macabeus. Era uma espécie de associação moral e religiosa, lembrando algo das cooperativas agrícolas modernas, que além dos cuidados da indústria, do comércio ou da lavoura, devota-se à assistência social e à educação de seus componentes. Assim nasceram pequenas sociedades ou agremiações nas povoações da Judéia, que mais tarde estenderam seus ramos até a Fenícia, Índia e ao Egito.

(…)

(…) depois que os Essênios se consolidaram nessa forma associativa benfeitora, de segurança econômica e aprimoramento moral, naturalmente nasceu-lhes a ideia de uma instituição esotérica, a fim de se cultuar os valores do espírito imortal. (…) a dignidade, os objetivos superiores e o desinteresse dos Essênios, visando exclusivamente ao Bem, atraíram a atenção do Alto e em breve eram alvo da presença de entidades de boa estirpe espiritual, que passaram a orientá-los para seu maior progresso espiritual. Como a Confraria dos Essênios era uma verdadeira ressurreição da velha “Fraternidade dos Profetas”, fundada por Samuel, o Alto permitiu encarnações de alguns profetas tão tradicionais do Velho Testamento, em sua comunidade. Em breve, o padrão espiritual dos Essênios elevou-se ante a presença de espíritos de excelente estirpe sideral.

(…)

Aliás, o capítulo 7 de Mateus, em seus 29 versículos, é quase um resumo dos estatutos dos Essênios, elaborado para graduar as diversas fases da iniciação dos neófitos nos santuários maiores.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 289-293.

 

Jesus e os Essênios

“Algumas obras esotéricas, principalmente da “Fraternidade Rosa-Cruz”, afirmam que o Mestre Jesus viveu entre os Essênios, os quais influíram bastante na sua obra cristã. No entanto, outras obras inclusive mediúnicas, asseguram que isso não aconteceu. Que dizeis a respeito?

RAMATIS: – Jesus, realmente, esteve em contato com os Essênios durante algum tempo e conheceu-lhes os costumes, as austeras virtudes, assim como teve oportunidade de apreciar-lhes as cerimônias singelas dos santuários menores, externos, e os ritos mais sugestivos do “Circulo Interno”. Muitos dos seus  gestos, práticas e atos do mundo profano deixavam perceber as características essênias de elevado teor espiritual, pois eles guardavam muita semelhança com os primeiros cristãos.

(…) jamais deixaria de procurar os Essênios e conhecer-lhes as ideias, pois os mesmos já ensinavam o amor a Deus e ao próximo, criam na imortalidade da alma e na reencarnação.

(…)

(…) Jesus jamais propalou a sua condição de membro honorário da Confraria dos Essênios, onde o sigilo era um voto de severa responsabilidade moral. Em consequência, salvo João Evangelista, que conhecia tal disposição do Mestre Jesus e dos seus contatos com os Essênios, ninguém mais pode identificá-lo a esse respeito.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 288-289.

 

Cooperação dos Discípulos e Apóstulos

“Alguns séculos antes de Jesus descer à Terra, o Governador Oculto do Planeta Terra já havia deliberado quanto aos tipos espirituais que deveriam cooperar no advento do Cristianismo junto ao Mestre Jesus.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 285.

 

Determinismo e Plano do Alto

“Todos os espíritos ligados ao Mestre Nazareno e participantes do advento do Cristianismo eram peças escolhidas com a devida antecedência visando a mais proveitosa movimentação no plano redentor da humanidade.

(…)

Jesus ainda ignorava que a poderosa “Voz Oculta” que o impelia estoicamente para a renúncia de sua própria vida em favor do gênero humano, provinha do próprio Cristo Planetário, que a partir da cena do batismo, no rio Jordão, atuava-lhe cada vez mais intimamente, fortalecendo-lhe a alma para qualquer desiderato trágico no desempenho de sua Missão *. Dali por diante o Mestre Nazareno firmou-se na caminhada pelo mundo e se deixou conduzir confiante e jubiloso na consecução da obra cristã, em perfeita sintonia com a sua vocação espiritual. (…) Muitas vezes ele sentiu-se desligado da própria carne, embriagando-se na efusão espiritual venturosa, que lhe envolvia a alma heroica, assim como lhe acontecera durante o “Sermão da Montanha” e na “Transfiguração” do Monte Tabor.”

*Lucas, 3:21-23.

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 276-279.

 

Boa Nova do Reino de Deus

“O Universo é regido por leis perfeitas e imutáveis tanto na dinâmica das suas leis físicas como na regência das suas leis morais. Tudo se move num nitro harmonioso e seguro. Assim, quanto aos Espíritos, longa caminhada da sua evolução, proporciona-lhes sempre múltiplas oportunidades ou ensejos de desenvolverem e consolidarem a sua consciência individual, pois esta matriz que lhes estrutura o caráter.

Em tais condições, todos os acontecimentos de grande projeção moral e social, que se processam na face dos planetas, estão subordinados a um esquema de absoluta segurança previsto pelo Governo Oculto de cada orbe. A conturbação proveniente de surpresas ou imprevistos no existe nas manifestações panorâmicas da Criação cósmica.

Consequentemente, Jesus só desceu à Terra depois do Alto programar e aprovar o fato. Porém, quanto aos aspectos intermediários de suas atitudes, tratando-se de um missionário de elevada hierarquia espiritual, torna-se evidente que ele não seria um autômato acionado por “cordões” manejados do mundo invisível. Era um elevado mensageiro eleito pela Administração Sideral para entregar à Humanidade terrena o Código de sua própria redenção espiritual.

(…)

Num dos momentos mais expressivos de sua vida, quando lhe solicitaram para demonstrar suas credenciais superiores de Mestre, eis que ele curvou-se humilde e lavou os pés dos seus apóstolos.

(…)

Todos os espíritos ligados ao Mestre Nazareno e participantes do advento do Cristianismo eram peças escolhidas com a devida antecedência visando a mais proveitosa movimentação no plano redentor da humanidade.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 274-276.

 

Contradições dos Relatos Evangelistas

PERGUNTA: Quais são as principais contradições nos relatos dos evangelistas?

RAMATÍS: De modo geral, notam-se diversas contradições entre os quatro evangelistas: aqui, Mateus desconhece a história dos pastores e Lucas não sabe da visita dos reis magos a Jesus. Ali, Mateus afirma que o pai de José é Jacó, com 28 gerações da linhagem de Davi, mas Lucas o apontando Heli, com 40 gerações, como ancestral de Jesus. Os dois apóstolos ainda se contradizem quando Mateus afirma que José habitava Belém e apenas visitara Nazaré, enquanto Lucas afirma que José residia verdadeiramente em Nazaré. Marcos (5:2) e Lucas (8:27) dizem que se apresentou um endemoninhado a Jesus, enquanto Mateus (8:28) afirma que foram dois Marcos (16:7) faz Jesus aparecer na Galileia, porem Lucas (24:36) diz que Jesus apareceu em Jerusalém; Mateus (20:30) narra que o Mestre curou dois cegos, enquanto Lucas (18:35) o contesta, pois diz que foi só um: Marcos (13:32) deixa evidente a afirmativa de Jesus de que só o Pai sabe tudo, mas João (16:30) garante que Jesus sabe tudo. Na questão do bom e do mau ladrão, a contradição é acentuada: Marcos (15:32) diz que dois ladrões, crucificados ao lado de Jesus, o insultaram: João, que estava presente ao ato da crucificação, nada diz, Lucas, que não estava presente ao ato, explica isso com minudências (Lucas 23:39-42) e diz que apenas um ladrão insultou o Mestre. Na realidade, dois ladrões sofriam ao lado de Jesus, mas não o insultaram, nem chegaram mesmo a se interessar pelo drama de Jesus, pois eles também suportavam suas dores João (5:31) põe nos lábios de Jesus as seguintes palavras. “Se eu dei testemunho de mim mesmo, não é verdadeiro esse meu testemunho”, ao passo que adiante ele as repete assim (João, 8:14): “Ainda que eu mesmo sou o que dou testemunho de mim, meu testemunho é verdadeiro” Lucas (1:3) diz que é o autor dos seus relatos, para desmentir-se logo adiante ao afirmar que tudo colheu da tradição.”

*Nota Pessoal: Confirmar contradições.

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 269.

 

Omissão do Período da Vida nos Evangelhos

“Em verdade, dos 12 aos 30 anos Jesus pareceu evitar qualquer aparecimento no cenário do mundo profano, como se desejasse mobilizar todas as forças para o desiderato final do Calvário. Por isso, ninguém lhe encontra feitos de realce ou movimentos ostensivos que marcassem sua figura no ambiente comum do povo e se fizesse algo importante para a história situá-lo em destaque. No entanto, se a história profana ignorou a presença do Mestre no cenário do mundo terreno, jamais alguém na tradição histórica assumiu o vulto moral da personalidade de Jesus.

(…)

Os Espíritos responsáveis pelo ajuste e fidelidade das narrativas apostólicas já estão procurando localizar médiuns sem partidarismos ou ideias preconcebidas, libertos do velho condicionamento religioso, a fim de fazerem fluir sobre eles a ideia correta e cristalina da atuação de Jesus entre os homens. Ele foi um Deus sem ser o próprio Deus, pois, como embaixador das luzes do plano angélico, viveu exclusivamente para os homens como o Pai viveria para as suas criaturas. O próprio Jesus, já de há muito tempo, opera sobre o orbe terráqueo coordenando instruções que proporcionem o clima acessível à mais breve exatidão de sua passagem pela Terra. É necessário que a humanidade abandone a incerteza, a desconfiança e a descrença na obra do Mestre Jesus (…).”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 263-266.