“Em verdade, dos 12 aos 30 anos Jesus pareceu evitar qualquer aparecimento no cenário do mundo profano, como se desejasse mobilizar todas as forças para o desiderato final do Calvário. Por isso, ninguém lhe encontra feitos de realce ou movimentos ostensivos que marcassem sua figura no ambiente comum do povo e se fizesse algo importante para a história situá-lo em destaque. No entanto, se a história profana ignorou a presença do Mestre no cenário do mundo terreno, jamais alguém na tradição histórica assumiu o vulto moral da personalidade de Jesus.
(…)
Os Espíritos responsáveis pelo ajuste e fidelidade das narrativas apostólicas já estão procurando localizar médiuns sem partidarismos ou ideias preconcebidas, libertos do velho condicionamento religioso, a fim de fazerem fluir sobre eles a ideia correta e cristalina da atuação de Jesus entre os homens. Ele foi um Deus sem ser o próprio Deus, pois, como embaixador das luzes do plano angélico, viveu exclusivamente para os homens como o Pai viveria para as suas criaturas. O próprio Jesus, já de há muito tempo, opera sobre o orbe terráqueo coordenando instruções que proporcionem o clima acessível à mais breve exatidão de sua passagem pela Terra. É necessário que a humanidade abandone a incerteza, a desconfiança e a descrença na obra do Mestre Jesus (…).”
RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 263-266.