O Sudário e os Savóia

“Com Emanuel Filiberto começa o período de grande afirmação da dinastia Savóia. Os tempos estavam maduros para uma nova orientação da política saboiana. Enquanto sob o impulso do Jovem e decidido soberano as instituições voltavam -se para o modelo do estado absoluto, os interesses estratégicos eram orientados para a Península. Em consequência dessa política, deslocou-se o centro de comando de Chambéry para Turim, local mais adequado às novas Mudando-se o centro político-administrativo, faltava somente o “sinal” religioso: o Sudário.

Muito se disse sobre o uso “político” do Sudário por parte dos Savóia. É verdade que, desde quando o Sudário se tornou propriedade deles, foi aprovado o culto, difundido o conhecimento e promovido o estudo. A exposição acompanhou todos os momentos importantes da vida da família: ascensões ao trono, matrimônios, batismos. ”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 20.

Violento Incêndio

“(…) na noite de 4 de dezembro de 1532, ocorreu um violento incêndio muito bem descrito por Pingone – que por pouco não destruiu o Sudário. São conhecidos os danos provocados naquela circunstância, ainda hoje visíveis sob os remendos que em 1534 as Clarissas de Chambéry foram encarregadas de costurar no Lençol. Na mesma ocasião, para reforçar a estrutura, foi aplicada uma tela de Holanda que ainda hoje reveste a parte posterior do Sudário.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 18.

A História do Sudário

“Em 1578, o Duque de Savóia encarregou Emanuel Filiberto Pingone, barão de Cusy, de escrever aquele que se transformaria no primeiro livro completamente dedicado ao Sudário.

(…)

O problema “histórico” do Sudário durou muito tempo, e ainda hoje devemos constatar que, embora o acréscimo de informações tenha sido notável, não nos distanciamos muito dos problemas fundamentais enfrentados por Pingone em 1500, ainda que alguns passos importantes obviamente possam ser notados.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 07-08.