Teoria de Edessa

“Completamente obscuro é o período anterior aos primeiros testemunhos relativos à sua presença em Edessa. Mas o argumento do silêncio não deve levar a conclusões negativas em relação a uma existência precedente. Todavia, devemos contentar-nos com a tradição que circula nos primeiros séculos, segundo a qual os linhos sepulcrais de Cristo não haviam sido perdidos, mas foram conservados de algum modo. Dessa tradição, talvez possa transformar-se em um informante muito antigo o texto do evangelho apócrifo segundo os Hebreus, muitas vezes citado pela literatura sudarial.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 58.

O Guardião das Relíquias

“Esse não é o único testemunho, embora seja o mais evidente da presença de um Sudário em Constantinopla. Já em 1201, Nicola Mesarites,(…) ele cita os panos sepulcrais de Cristo, que “envolveram o inefável morto, nu e embalsamado, depois da paixão”, os quais transformam o lugar em particularmente sagrado, pois “aqui ele também ressuscita e o soudarion com os panos sepulcrais são sua manifestação.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 46.

O Desaparecimento

“(…) a presença do Sudário em Constantinopla em 1203-1204. (…) Foi então que, segundo Robert de Clary, desapareceu o Sudário “no qual Nosso Senhor Jesus Cristo foi envolvido, que toda sexta-feira era exposto bem esticado, de modo que se podia ver a imagem de Nosso Senhor. Ninguém, nem grego nem francês, soube dele quando a cidade foi conquistada”.

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 44-45.

Indícios e Panorama

“É possível, portanto, que o Sudário tenha passado pela Grécia depois de ter sido retirado de Constantinopla, e que de lá tenha chegado à Europa por canais ainda não definidos embora as sanções pontifícias as obras constantinopolitanas possam justificar a escassez de documentos que ainda deverão ser aprofundados.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 42.

Hipótese dos Templários

“Wilson conclui que o famoso ídolo adorado pelos templários nada mais seria que o Sudário, o qual teria chegado aos Charny, depois da supressão da Ordem, por meio de Geoffroy, quase homônimo que foi conduzido ao suplício.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 40.

Radiodatação do Tecido Sudarial

“Em 21 de abril de 1988 foram retirados fragmentos para a radiodatação do tecido sudarial, cujos resultados, que como se sabe atribuiriam o surgimento do Sudário ao período medieval, foram comunicados no dia 13 de outubro de 1988.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 33.

A Foto de Giuseppe Burie

“Em 1931 (…) O trabalho foi confiado a um fotógrafo profissional, Giuseppe Enrie, o qual, com aparelhos e técnicas mais evoluídas, obteve boas fotografias que até hoje são usadas e que confirmaram a precisão dos resultados obtidos por Secondo Pia.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 31.

Meio Científico

“(…) graças à indiscutível seriedade e capacidade de Secondo Pia, o evento deu origem à fase de estudos científicos sobre o Sudário. A descoberta de que sobre o Sudário havia um registro negativo, conceito que surgiu no século XIX com a invenção da fotografia, representava um sério golpe à hipótese da falsidade, baseada nas afirmações de Pierre d’Arcis. (…) Entre os primeiros interessados no êxito da fotografia, encontrava-se o cientista agnóstico Yves Delage, que se convenceu da autenticidade do Lençol. Isto não teve consequências de caráter religioso em relação à sua pessoa, mas levou-o a fazer uma comunicação científica sobre o tema à Academia de Ciências de Paris, da qual era membro, documento de muita seriedade e limpidez, que ainda hoje goza de grande apreço pela honestidade e rigor.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 30.

A Imagem do Sudário

“Por esse mesmo período, em abril de 1898 foi constituída uma subcomissão da Mostra com o objetivo específico de encaminhar os preparativos para fotografar o Sudário, mesmo sem que tivesse sido recebida uma autorização oficial que se imaginava difícil de ser obtida, pois a Casa Real mantinha algumas reservas pelo medo com possíveis especulações sobre o Sudário. As resistências só foram superadas quando todos os requisitos foram preenchidos, avalizados pelo fato de que teria sido Secondo Pia a efetuar o procedimento.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 28.

Estudos Sobre o Sudário

“Entre 1500 e 1600 existem mais de cem textos que de diversas maneiras e em contextos diferentes tratam da relíquia; temos desde breves acenos até livros inteiramente dedicados ao tema.

Por ocasião da transferência de 1694, providencia-se também a substituição do véu que protege o Sudário, concedendo-se ao bem-aventurado Sebastião Valfré a honra de executar a reparação de alguns pontos desfiados do tecido.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 24.