“Com Emanuel Filiberto começa o período de grande afirmação da dinastia Savóia. Os tempos estavam maduros para uma nova orientação da política saboiana. Enquanto sob o impulso do Jovem e decidido soberano as instituições voltavam -se para o modelo do estado absoluto, os interesses estratégicos eram orientados para a Península. Em consequência dessa política, deslocou-se o centro de comando de Chambéry para Turim, local mais adequado às novas Mudando-se o centro político-administrativo, faltava somente o “sinal” religioso: o Sudário.
Muito se disse sobre o uso “político” do Sudário por parte dos Savóia. É verdade que, desde quando o Sudário se tornou propriedade deles, foi aprovado o culto, difundido o conhecimento e promovido o estudo. A exposição acompanhou todos os momentos importantes da vida da família: ascensões ao trono, matrimônios, batismos. ”
ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 20.