“É de nossa natureza gostarmos de dar e receber com compaixão. Entretanto, aprendemos muitas formas de “comunicação alienante da vida” que nos levam a falar e a nos comportar de maneiras que ferem aos outros e a nós mesmos. Uma forma de comunicação alienante da vida é o uso de julgamentos moralizadores que implicam que aqueles que não agem em consonância com nossos valores estão errados ou são maus. Outra forma desse tipo de comunicação é fazer comparações, que são capazes de bloquear a compaixão tanto pelos outros quanto por nós mesmos. A comunicação alienante da vida também prejudica nossa compreensão de que cada um de nós é responsável por seus próprios pensamentos, sentimentos e atos. Comunicar nossos desejos na forma de exigências é ainda outra característica da linguagem que bloqueia a compaixão.”
Rosenberg, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. Editora Ágora. São Paulo, 2006, p. 48.
Tópicos do Capítulo
- Certas formas de comunicação nos alienam de nosso estado compassivo natural.
- No mundo dos julgamentos, o que nos importa é QUEM “É” O QUÊ.
- Analisar os outros é, na realidade, uma expressão de nossas necessidades e valores.
- Classificar e julgar as pessoas estimula a violência.
- Comparações são uma forma de julgamento.
- Nossa linguagem obscurece a consciência da responsabilidade pessoal.
- Podemos substituir uma linguagem que implique falta de escolha por outra que reconheça a possibilidade de escolha.
- Ficamos perigosos quando não temos consciência de nossa responsabilidade por nossos com portamentos, pensamentos e sentimentos.
- Nunca conseguimos forçar as pessoas a fazer nada.
- O pensamento baseado em “quem merece o quê” bloqueia a comunicação compassiva.
- A comunicação alienante da vida tem profundas raízes filosóficas e políticas.