“É, portanto, ao passar alternadamente dos fluidos do mundo divino (operação à plena luz) aos fluidos do mundo astral (operação em laboratório) que os seres fisicos e as coisas são criados, se nossa comparação for correta. Por outro lado, os fluidos do mundo divino são criadores, ao passo que os do mundo astral são fixadores ou conservadores, uma consequência de nossa comparação, que corresponde exatamente aos ensinamentos do ocultismo.
(…)
Já que tudo o que é visível é a manifestação e a realização de uma ideia invisível, o ocultismo ensina que há, na natureza, uma hierarquia de seres psíquicos, assim como no homem, que vai desde a célula óssea até a célula nervosa, passando pelas células sanguíneas, uma hierarquia real de elementos figurativos.
Os seres psíquicos, que habitam as regiões em que as forças físico-químicas agem, recebem o nome de elementais ou espíritos elementais. (…) Os elementais operam nas camadas inferiores do plano astral em conexão imediata com o plano físico.
(…) em nosso plano físico, um animal considerado muito inteligente, o cão, desempenha o mesmo papel dos elementais. O cachorro de um ladrão não atacaria um homem honesto, sob o comando de seu dono, do mesmo modo o cachorro de um fazendeiro não atacaria o ladrão que tenta entrar na propriedade de seu dono?
(…)
*(…) existem criaturas nos quatro elementos que não são nem animais nem humanos puros, embora elas tenham uma aparência específica e também algum raciocínio, sem ter uma alma totalmente racional. Paracelso fala tão claramente disso quanto Porfírio. Afirma-se que essas criaturas extraordinárias são de natureza espiritual, mas não de uma espiritualidade que exclui totalmente a matéria; uma espiritualidade que admite como fundamento um tipo de matéria muito sutil e tão imperceptível quanto o ar. Grimório do século XVI (Petit Albert, p. 99 e 128).”
PAPUS.Ciência dos Magos, e suas aplicações teóricas e práticas.Ed.Ajna, 2022, Pág 77-79.
O plano astral