“Nesse estágio é possível unir o material histórico (ou as imagens arquetípicas do herói) aos dados de experiência pessoal do sonhador para verificar quanto se confirmam, se contradizem ou se qualificam uns e outros.
A psique do indivíduo se desenvolve (tal como o mito do herói) a partir de um estágio primitivo infantil. Muitas vezes imagens dessas etapas primitivas podem aparecer nos sonhos de adultos psicologicamente imaturos. O primeiro estágio pode ser representado por descuidadas e alegres brincadeiras de crianças como a guerra de travesseiros (à esquerda) do filme francês, de 1933, Zéro de conduite. O segundo estágio poderá ser a temerária busca de emoções da adolescência: à direita, jovens americanos testam os seus nervos na velocidade de seus carros. Um estágio posterior pode suscitar, no final da adolescência, sentimentos de idealismo e de sacrifício, exemplificados na fotografia (à extrema direita) do levante dos jovens de Berlim ocidental (junho de 1953), quando apedrejavam os tanques russos.”
JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 150.
II Os Mitos antigos e o homem moderno
Joseph L. Henderson