“Podemos encontrar na própria história da ciência provas evidentes desse fato. Por exemplo, o matemático francês Poincaré e o quimico Kekulé devem importantes descobertas científicas (como eles mesmos admitem) a repentinas “revelações” pictóricas do inconsciente.
A chamada experiência “mística” do filósofo francês Descartes foi uma dessas revelações repentinas na qual ele viu, num clarão, a “ordem de todas as ciências”. O escritor inglês Robert Louis Stevenson levou anos procurando uma história que se ajustasse à sua “forte impressão da dupla natureza do homem” quando, num sonho, lhe foi revelado o enredo de O médico e o monstro.
(…) a minha experiência profissional provou-me, repetidamente, que as imagens e as ideias contidas no sonho não podem ser expheadas apenas em termos de memória; expressam pensamentos novos que ainda não chegaram ao limiar da consciência.”
JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus símbolos. Ed. Harper Collins, 2016, Pág 42.
I Chegando ao inconsciente
Carl G. Jung