Deleite

Deleite verdadeiro não tem nada a ver com prazer em oposição a dor, delicioso em oposição a asqueroso, bom em oposição a mau. É a experiência de incluir e apreciar a natureza mágica e não localizável todas as aparências – mesmo das aparências que nos desafiam, doença ou depressão.

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 140.

Ausência de Fronteiras

Quando nossa tendência habitual de objetificar as coisas relaxa, podemos enxergar a verdade da ausência de fronteiras. Chamamos a ausência de fronteiras de “verdade” porque, quando despimos a natureza das coisas de tudo o que não lhe pertence- todo exagero, negação, acordos não ditos e valores culturais-, isto é o que veremos. Podemos dizer que o mundo que objetificamos é uma verdade também, simplesmente porque nós, de fato, experimentamos a dor e o prazer do mundo, tropeçando, machucando o dedo e assim por diante. Bastante justo. Inclusive, há um debate escolástico sobre se o mundo das coisas merece ou não ser chamado de verdade. Mas, como discutimos, apenas porque experimentamos alguma coisa não significa que ela tenha parâmetros; não significa que podemos chegar a conclusões sobre ela ou encontrar nela qualquer traço de realidade.”

MATTIS-NAMGYEL, Elizabeth. O Poder de uma Pergunta Aberta: o caminho do Buda para a liberdade. Teresópolis, RJ: Lúcida Letra,  2018. p. 136.

Não se Preocupe com a Opinião das Outras Pessoas a Seu Respeito

“Não se preocupe com a opinião das outras pessoas a seu respeito. Elas estão fascinadas e iludidas pelas aparências. Mantenha-se firme em seu propósito. (…) Evite tentar conquistar a aprovação e admiração dos outros (…) Na realidade, desconfie se for visto pelo outros como alguém especial. Fique alerta para não adquirir uma falso sentimento de auto importância.

Manter sua vontade em harmonia com a verdade e preocupar-se com o que está além de seu controle são princípios mutuamente exclusivos. Enquanto estiver absorvido por um deles, você irá obrigatoriamente negligenciar o outro.”

Epicteto. A arte de viver/ Epicteto; uma nova interpretação de Sharon Lebell. Sextante, Rio de Janeiro, 2018, p. 40.

Além dos Cinco Sentidos

“Como símbolo do mundo ao qual os cincos sentidos nos prendem, prisão de que não nos podemos furtar pelas ações dos órgãos físicos, Cabelo Pegajoso só foi subjugado quando o Futuro Buda, não mais protegido pelas cinco armas do seu nome e aparência física momentâneos, recorreu à arma não nomeada, invisível: o divino relâmpago do conhecimento do princípio transcendente, que está além do reino fenomênico dos nomes e formas. Nesse momento, a situação mudou. Ele já não estava preso, mas liberto, pois aquele que ele lembrou ser está sempre livre”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 90.