“Rejubilai-vos em alegria, pois, quando vim pela primeira vez ao mundo, trouxe comigo doze poderes, conforme vos disse logo no começo; recebi-os das mãos dos doze salvadores do tesouro da luz e, de acordo com a ordem do primeiro mistério, depositei esses poderes no ventre de vossas mães quando cheguei ao mundo. São esses poderes que agora estão em vossos corpos.
(…)
A esse respeito, Valentino, o filósofo gnóstico autor da Pistis Sophia, é categórico. Todas as manifestações terrestres que presidiram ao nascimento do Cristianismo são pessoas vindas do plano celestial. Foi graças a uma sublime involução divina que a evolução das almas se tornou possível.
“Os doze apóstolos que Jesus Cristo deixou após si não tinham os poderes exigidos para cumprir seu apostolado. Assim, o Cristianismo deve sua força doutrinária, moral e espiritual a São Paulo. O Cristianismo recebeu seus ritos sagrados e suas formas, mais tarde, de um teósofo da escola alexandrina chamado Amônio.
Sim, deste lado da cortina tudo o que se disse acima é verdadeiro, mas o que deve interessar ao iniciado é algo inteiramente diverso. Foram as forças em ação do outro lado, energias sutis manipuladas pelos primeiros cristãos – homens de pouco conhecimento, mas de fé inabalável -, que provocaram o colapso do gigante científico, filosófico e, convém enfatizar, religioso chamado Politeísmo.
Foi o helenismo que nos trouxe a Ciência e a arte, mas não podemos nos esquecer de que o Cristianismo nos trouxe o amor vivo. É isso que Saint-Yves d’Alveydre se esforçou para nos ensinar.”
PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág.198-200.
Capítulo 8