Milagre dos Milagres

“Então, a grande assembleia dispersou-se, ficando Jesus e Seus onze Apóstolos sozinhos. Subiram ao alto da pedra sob a qual se haviam reunido, formaram um círculo em cujo centro ficou Jesus. Enquanto eles cruzavam os braços, numa saudação mística, tendo a mão direita sobre o peito esquerdo e os pés na posição correta, simbólico do seu ritualismo, formou-se uma nuvem no centro do círculo. Isto não as surpreendeu, pois a formação dessa nuvem fora por eles testemunhada em muitas ocasiões e conheciam a lei pela qual ela se formava. Esperavam mesmo que, depois que se lhes fosse concedido o poder, também pudessem formar tais nuvens, em certas ocasiões. As antigas escolas de misticismo e de ciência divina, assim como as de hoje, têm praticado a formação do fenômeno, mantendo em segredo a sua fórmula. Quando essas nuvens se formam, aqueles que são por elas envolvidos se tornam invisíveis. Entretanto, no caso de Jesus, não só se tornou ele invisível, como também, quando a nuvem subiu, Ele subiu com ela. A certa altura, a nuvem gradualmente se dissipou e a forma espiritual de Jesus e a Sua forma física desapareceram.

(…)

Era o milagre dos milagres, pois as onze Apóstolos, com a descida do Espírito Santo, tornaram-se os herdeiros vivos do poder divino que Jesus possuíra, transferível por eles, da mesma forma, aos dignos, e usado por eles na propagação da sua missão e da missão de Jesus pela redenção do homem.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 130-131.

Beberei Convosco no Reino de Meu Pai

“Apóstolos e Jesus eram os dirigentes de uma escola secreta e divina de preparação, o que se reuniram em local especialmente escolhido para sede do ato culminante de transferência do poder e autoridade sagrados Dele próprio para os doze Apóstolos. Esta transferência de poder e autoridade está, para nós, da maneira mais bela expressa por Mateus, Capítulo 26, Versículo 29, onde recorda o que disse Jesus: “… até o dia em que o beberei, novo, convosco, no reino de meu Pai“. Aquela taça de vinho seria a última, pois não mais beberiam juntos até que o Reino de Deus fosse estabelecido.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 109.

A Vinda da Luz

“Todo o procedimento que pareceu surgir como o clímax repentino da Sua vida foi um drama calculadamente desenvolvido, tramado durante semanas, meses, anos e, até, antes, na consciência dos que abominavam a verdade, a vinda da Luz, a dissipação das Trevas e a vitória da Espiritualidade.

Assim, nessa noite específica, enquanto vivia na Betânia e ainda pregava Sua mensagem, Ele providenciou a realização da última e definitiva assem mundana dos Apóstolos, que constituíam o Conselho Consultivo da Sua escola secreta.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 101.

Os Cento e Vinte Escolhidos

“(…) Mas Ele compreendeu também, não há que duvidar, que a maior eficiência, os maiores resultados e a realização mais perfeita das etapas destinadas a criar o Reino dos Céus na terra seriam cumpridos após Sua crucificação, dai haver dividido pelos cento e vinte escolhidos responsabilidades na execução do trabalho missionário.

Essa divisão se fez em doze grupos, pelos quais distribuiu todo o Seu programa de atividades terrenas, constando cada grupo de dez discípulos- homens e mulheres. Isto Lhe daria o número redondo de cento e vinte trabalhadores. A frente de cada grupo Ele colocou um dos Apóstolos, como presidente, digamos, ou como principal consultor. Os doze Apóstolos constituíam, por assim dizer, Sua junta consultiva imediata, ou grupo de íntimos conselheiros.

Alguns destes trabalhadores foram mandados para países estrangeiros no começo da execução do grande plano, pois o trabalho que eles tinham de fazer não exigia o mesmo período de preparativos e estudos na escola secreta necessário para os outros.”

LEWIS, H. Spencer. As Doutrinas Secretas de Jesus. Rio de Janeiro: Biblioteca Rosacruz, V. II, Ed. Renes, 1983, p. 92-93.

Projetando Sua Personalidade e Consciência

“O aparecimento de Jesus entre Seus Discípulos em várias ocasiões durante o período de recuperação constitui, em diversos casos, uma demonstração mística do Mestre, projetando Sua personalidade e consciência a locais distantes de Seu corpo físico. Estas demonstrações de leis espirituais elevadas eram comuns, não só para Jesus, mas, também para muitos eminentes Avatares do passado, alguns de Seus Apóstolos e Discípulos e muitos irmãos da Grande Fraternidade Branca que se faziam visíveis em pontos distantes com bastante frequência. Hoje em dia encontramos nos ensinamentos Rosacruzes as leis simples que auxiliam homens e mulheres a alcançarem o elevado grau de desenvolvimento psíquico que lhes permite projetarem a consciência psíquica a um ponto distante, de acordo com sua vontade, e se tornarem visíveis às elevadas faculdades de pessoas igualmente desenvolvidas e que chegaram ao necessário grau de receptividade.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 253.

A Importância do Acontecimento da Crucificação

” (…) o acontecimento da crucificação foi de extrema importância para os seguidores Jesus e para diversas seitas, cujos membros estiveram ligados ao trabalho de Jesus e Seus Apóstolos, mas teve pouca importância do ponto de vista nacional e do ponto de vista dos judeus ortodoxos e dos poderes de Roma.(…)”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 224.

Círculo Interno e Círculo Externo

“O Cristianismo original tencionava difundir os ensinamentos e doutrinas ensinados por Jesus, O Cristo, os quais eram extremamente místicos, embora reduzidos a parábolas mundanas. Os Apóstolos de Jesus, por Ele rigorosamente escolhidos em função de sua experiência anterior e por seus méritos, foram cuidadosamente iniciados por Ele e espiritualmente desenvolvidos através dos conclaves secretos que Ele realizava, os quais nunca se tornaram parte dos registros públicos de Sua vida. O trabalho que esses Apóstolos levaram adiante, mais tarde realizado pelos Patriarcas da igreja cristã, era dual em natureza. Havia o círculo interno dos estudantes de cristianismo, gradualmente esclarecidos sobre os princípios místicos subjacentes às doutrinas reveladas por Jesus; e havia o círculo externo que recebia tão-somente as parábolas e pregações de Jesus, posteriormente divulgadas e detalhadas por Seus seguidores.

Durante muitos séculos após a vida de Jesus, a primitiva Igreja Cristã era mais uma escola de mistério que um sistema público e geral de culto religioso.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 207-208.

Somos o Que Somos!

Diário Espiritual de 02 de dezembro de 2019

“Pois sou o menor dos apóstolos, nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou; e sua graça em mim dispensada não foi estéril. Ao contrário, trabalhei mais do que todos eles; não eu, mas a graça de Deus que está comigo.” I Cor 15, 9-10

“Somos o que somos! Há uma mútua cooperação entre vidas a nos impulsionar no projeto maior. Não vos escolhemos por serem especiais ou para lhes conferir algum destaque na sociedade humana. Nós os escolhemos porque outrora fomos por vós escolhidos para construção das bases do edifício no qual laborais agora. E tão logo se cumpra o vosso turno, retornaremos nós à obra, sub vossa supervisão. Porque não somos anjos elevados que estão em condição de vos julgar, mas ao contrário, participamos de vossas angústias e dilemas quais companheiros de trabalho que se cruzam na troca de turno.

Ainda assim, ressalta-se o fato de que o projeto nos une e eleva, tijolo por tijolo, e que o Cristo há de nos compensar à todos, segundo nossas obras.

Tende confiança e não desanime! A cada novo piso concretado, mais largo horizonte nos brinda, e  mais segurança nos exigem os empreiteiros, para nosso próprio bem!”

Um amigo do Círculo