O belo se mostra

“O belo se mostra apenas ao longo olhar contemplativo. Onde o sujeito de ação se retira, onde o seu ímpeto cego pelo objeto é interrompido, as coisas recuperam a sua alteridade, o seu caráter de enigma, a sua estranheza, o seu segredo.

A arte pressupõe a autotranscendência. Quem tem a arte em mente é esquecido de si. A arte cria uma distância do eu.”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 992-1008.

Linguagem do outro

Mântica

“Muitas vezes, mântica (μαντική ου divinatio) é entendida como a arte da perscrutação e previsão do futuro.”

TRISMEGISTOS, Hermes. Corpus Hermeticum graecum, São Paulo:Ed. Cultrix, 2023, Pág. 46.

Parte I- Ensaios: Aproximações e enfoques.

Capítulo 2- As bases Filosóficas e Religiosas do Hermetismo: Teurgia e Mântica, Simpatia e Astrologia.

A Arte de Falar

“A palavra “retórica” significa simplesmente “a arte de falar com eficácia”.

(…) Todos os elementos importantes do progresso só ocorreram porque indivíduos comunicaram ideias a outros e depois todos colaboraram para fazê-las virar realidade.”

(…) *No programa TEDx, organizadores locais solicitam uma licença gratuita, o que lhes permite realizar uma experiência ao estilo TED.

*Isso é um Trabalho para o Círculo.

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca,2016, Pág. 12-14.

Capítulo: Prólogo – A Nova Era do Fogo

Arte de Mestres

“A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa. É mais uma arte de mestres do que discípulos. É preciso ter aprendido muitas coisas para saber perguntar o que não se sabe.” Jean-Jacques (Rousseau)

GOLDEMBERG, Gilda. Perguntas Poderosas: Um guia prático para aprender a
perguntar e alcançar melhores resultados em coaching. Ed. Casa do Escritor – 2a Edição, 2019. Versão Kindle, posição 915.

Renascimento

“A invenção da imprensa facultava o mais alto progresso no mundo das ideias, criando as mais belas expressões de vida intelectual. A literatura apresenta uma vida nova e as artes atingem culminâncias que a posteridade não poderia alcançar. Numerosos artífices da Grécia antiga, reencarnados na Itália, deixam traços indeléveis da sua passagem, nos mármores preciosos.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 162.

Tradição Oral

“Dada a ausência da escrita, naquelas épocas longínquas, todas as tradições se transmitiam de geração a geração através do mecanismo das palavras. Todavia, com a cooperação dos degredados do sistema da Capela, os rudimentos das artes gráficas receberam os primeiros impulsos, começando a florescer uma nova era de conhecimento espiritual, no campo das concepções religiosas.”

Nota Pessoal: O salto da tradição oral para a escrita

(…)

“Suas vozes enchem todo o âmbito das civilizações que passaram no pentagrama dos séculos sem-fim e, apresentado com mil nomes, segundo as mais variadas épocas, o cordeiro de Deus foi guardado pela compreensão e pela memória do mundo, com todas as suas expressões divinas ou, aliás, como a própria face de Deus, segundo as modalidades dos mistérios religiosos.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 73-74.

Ciências Psiquicas

“As ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas positivam a veracidade destas nossas afirmações. Num grande número de frescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual.

(…) os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 38-39.

Formas Organizadas e Inteligentes

“Como a engenharia moderna, que constrói um edifício prevendo os menores requisitos de sua finalidade, os artistas da espiritualidade edificavam o
mundo das células iniciando, nos dias primevos, a construção das formas organizadas e inteligentes dos séculos porvindouros.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 19.

Conclusões

“(…) E estou longe de ter a certeza de que os sábios do porvir (não digo a Ciência, ignorando quem seja esta senhora) cheguem um dia a elucidá-los completamente.

(…)

As impressões fotográficas têm todos os caracteres de um perfeito negativo fotográfico. Ora, a própria noção do negativo era desconhecida e até inconcebível no século XIV. Até pintores modernos, tendo à sua disposição os conhecimentos da arte fotográfica, não conseguiram fazer uma cópia exata do Santo Sudário.

Não há o menor traço de pintura nem sequer nas fotografias obtidas em grandes ampliações diretas; toda a gama dos claro-escuros é obtida por simples coloração individual dos fios de linho.

Acrescentemos que o corpo e, sobretudo, a face do Santo Sudário têm um caráter impessoal, sem relação alguma com qualquer estilo pictórico. E, na realidade, nenhuma pintura do século XIV, nem se quer de longe, faz lembrar deles, nem se aproxima de sua perfeição.

(…)

(…) lembremos que o cadáver do Santo Sudário está completamente nu. Pintor algum jamais ousou representá-lo assim. E com muito mais razão, um falsário não teria tido a audácia de o fazer sobre uma mortalha que ia apresentar à veneração pública dos fiéis.

(…) as imagens sanguíneas. Notemos que parecem elas, em sua maior parte, anormais, estranhas, diferentes da iconografia tradicional, que contrariam, na maioria dos casos, Ora, a experimentação me provou que são todas elas estritamente conformes à realidade.

As chagas da flagelação têm um realismo, uma abundância, uma tal conformidade aos dados arqueológicos, que ficam em notável contraste com as pobres imaginações dos pintores de todos os tempos.

As hemorragias da coroa de espinhos e os coágulos por elas formados são de uma veracidade inimaginável. Relede a descrição de um destes coágulos frontais no capitulo IV, D.

O transporte da cruz deixou vestígios perfeitamente conformes a observação que tive ocasião de fazer in vivo.

A mão está perfurada na altura do carpo, única região onde e cravo poderia sustentar solidamente o peso do corpo. Antes do conhecimento de Santo Sudário, estava o cravo sempre localizado na palma.

O polegar está em oposição na palma. E a experiência veio provar que não poderia ficar estendido.

O sangue escorre do carpo, segundo a vertical E. descoberta de gênio para um falsário, há dois fluxos afastando-se em ângulo agudo e que é insensível quando se conhecem as alternativas de soerguimento e de abatimento na luta contra a tetania asfixiante.

A chaga do coração está colocada no lado direito. E de resto à representação mais frequente, ainda bem que corresponde à realidade!

(…)

Todas as imagens sanguíneas são portanto decalques de coágulos frescos ou amolecidos pelo vapor de água, que emana naturalmente do cadáver, durante muito tempo.

As reproduções dos coágulos são de um natural e de uma verdade surpreendentes, até em seus menores detalhes. Não são executáveis a não ser pela natureza que, tendo-os formado sobre a pele, os decalcou no tecido. São perfeitas reproduções de coágulos naturais.

A maioria dos crucificados devia ter, é verdade, quase todos estes estigmas (inclusive a flagelação regulamentar e, em certos casos, o lançaço). Mas este foi retirado de sua mortalha ao cabo de muito curto tempo: o pouco que já conhecemos sobre as impressões, nos prova que uma exposição muito prolongada, ou pelo menos a putrefação, teria diluído  e velado essas impressões negativas – Além disso, por causa de qual outro crucificado teriam conservado tão piedosamente sua mortalha?

E ainda mais, qual foi o crucificado que, sob o pretexto irónico de realeza, foi coroado de espinhos? A história só nos cita um: o dos Evangelhos.

(…)

Espero ter dado a impressão, de acordo com a realidade, que as compreendi com toda independência de espírito, com a máxima objetividade científica. Comecei as com certo ceticismo, pelo menos com uma dúvida cartesiana, para verificar as imagens do Santo Sudário; pronto para rejeitar-lhes a autenticidade se não quadrassem com a verdade anatômica.

Mas, muito pelo contrário, à medida que apareciam os fatos, vinham estes se agrupar em um feixe de provas cada vez mais convincentes. Não somente as imagens se explicavam por uma simplicidade que já lhes consagrava a veracidade, mas, quando apareciam, à primeira vista, anormais, a experiência vinha demonstrar que eram como o deviam ser, que não podiam ser diferentes, nem tais como um falsário as teria feito seguindo as tradições iconográficas correntes. A anatomia dava, portanto, seu testemunho em favor da autenticidade de pleno acordo com os textos evangélicos.”

BARBET, Pierre. A Paixão de Cristo, segundo o cirurgião. São Paulo: Edições Loyola, 2014, pág. 186-191.

 

O Santo Sudário

“Artista algum teria jamais podido imaginar todas as minúcias dessas imagens, das quais cada uma reflete um detalhe daquilo que sabemos hoje sobre a coagulação do sangue, mas que se ignorava no século XIV. Mesmo hoje, nenhum de nós seria capaz de executar tais imagens sem cometer algum engano.

Foi este conjunto homogêneo de verificações, sem um único deslize, que me decidiu, de acordo com o cálculo das probabilidades, declarar que, sob o ponto de vista anátomo-fisiológico, a autenticidade do Santo Sudário é uma verdade científica.

A História

(…)

Que destino lhe deram os apóstolos? Apesar da natural repugnância própria a judeus, para os quais tudo o que toca a morte é impuro, sobretudo um pano manchado de sangue, é impossível admitir que não tivessem recolhido com todo cuidado esta relíquia da Paixão do Homem-Deus. É necessário admitir também que a esconderam cuidadosamente. Deviam protegê-la da destruição por parte dos seguidores da jovem Igreja. (…) não se podia pensar em propô-la à veneração dos novos cristãos, ainda imbuídos do horror dos antigos pela infâmia da cruz. (…)  só nos séculos V e VI é que veremos os primeiros crucifixos que, resto, aparecem ainda um tanto disfarçados. Só nos séculos VII e VIII é que ele se espalham um pouco. Não será senão no século XIII que se difundirá a devoção à Paixão de Cristo.”

BARBET, Pierre. A Paixão de Cristo, segundo o cirurgião. São Paulo: Edições Loyola, 2014, pág. 19-21.