O tarô e o Renascimento italiano

“O tarô surge em uma época que também é um tempo de fartura intelectual, artística e criativa, no qual se desenvolve uma cultura profana. No século XV, a Inquisição se afasta das cidades italianas, onde teria pouca influência, ao contrário do que ocorre na Espanha do mesmo período, por exemplo. Os jogos têm toda a liberdade para se desenvolver, principalmente esses novos jogos de cartas, que se difundiram pela Europa como rastilho de pólvora. Essa cultura profana desenvolve o que se chama de humanismo, ou seja, um movimento intelectual orientado para o estudo das humanidades, o estudo crítico e a imitação dos autores clássicos, erigidos em modelos. É uma cultura que também afirma o primado do humano e uma exaltação do mundo antigo clássico e de sua cultura pagā. No movimento humanista, os vinculos entre os príncipes e os intelectuais são fortes. A partir do século XIV, humanistas e mestres famosos transmitem seu conhecimento às elites políticas que governam as cidades; a educação humanista se estabelece definitivamente na Itália dos anos 1430-1450. São inúmeros os exemplos de príncipes mecenas que encomendam obras ou traduções a um autor ilustre ou a um artista. É o caso dos Médici, por exemplo, que eram protetores de Botticelli e Michelangelo.”

NADOLNY, Isabelle. História do TarôUm estudo completo sobre suas origens, iconografia e simbolismo. Ed. Pensamento, 2022, pág. 79.

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