Singularidade e autenticidade

“Sócrates, como objeto do desejo, é incomparável e singular. A singularidade é algo inteiramente diferente da autenticidade. A autenticidade pressupõe a comparabilidade. Quem é autêntico é diferente do outro. Sócrates, porém, é atopos, incomparável. Ele não é apenas diferente do outro, mas diferente diante de tudo que é diferente do outro.”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 351.

Terror da autenticidade

O imperativo da autenticidade

“O imperativo da autenticidade desenvolve uma compulsão por si, uma compulsão de se questionar, se escutar, se espiar, se cercear. Ele acentua, assim, a autorreferência narcísica. A compulsão por autenticidade compele o eu a produzir a si mesmo. A autenticidade é, em última instância, a forma de produção neoliberal do si. Ela faz de todos produtores de si mesmos. O eu como empreendedor de si mesmo produz a si, performa a si mesmo, e oferece a si mesmo como mercadoria. A autenticidade é um ponto de venda.

Assim, a autenticidade do ser diferente consolida a conformidade social. Ela permite apenas as diferenças conformes ao sistema; a saber, a diversidade. A diversidade como termo neoliberal é um recurso que se deixa explorar. Assim, ela é oposta à alteridade, que se furta a toda utilização econômica. Hoje, todos querem ser diferentes do outro. Mas, nesse querer-ser-diferente, o igual se perpetua.

O ser igual se afirma por meio do ser diferente. A autenticidade do ser diferente impõe até mesmo de maneira mais eficiente a conformidade do que a uniformização repressiva. Esta é muito mais frágil do que aquela.”

HAN, Byung-Chul.A expulsão do outro: Sociedade, percepção e comunicação hoje. Ed. Vozes, 2022, Local 335-345.

Terror da autenticidade

Teleprompter

“(…) isso, o estrategista de mídia Fred Davis acredita que o recurso é deletério para todos os políticos. Disse Davis ao The Washington Post: “Ele é negativo porque sinaliza falta de autenticidade. Indica que você não é capaz de falar por si. Sinaliza que há alguém por trás soprando o que você deve dizer.”

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 178.

Capítulo 4 – `NO PALCO: O Cenário.

 

Memorização Rigorosa

Mas a memorização rigorosa foi o que garantiu minha segurança durante o ataque de nervos inicial.

(…)
Sou uma improvisadora de mão cheia, mas palestra não é lugar de improviso, ainda mais num palco como o do TED, em que o tempo é rigorosamente controlado.

(…)disse que a razão para roteirizar uma palestra é que, com isso, você pode ter certeza de que cada frase vale a pena.

Salman Khan tem uma posição diferente:

“Quando o público acredita que você está falando em tempo real, o impacto é muito maior do que se ele ouvisse as palavras exatas. Sou mais propenso a fazer uma lista de tópicos sobre os quais quero falar e tentar comunicar essas ideias em linguagem espontânea, como se estivesse conversando com amigos à mesa de jantar. O segredo é manter o foco nas ideias e deixar que as palavras fluam.”

Sir Ken Robinson:

As pessoas devem fazer o que as deixa à vontade no palco e as ajuda a relaxar. Se a memorização funciona, devem memorizar. (…) prioridades ao dar uma palestra é estabelecer uma relação pessoal com a plateia, e para isso preciso de espaço para improvisar. (…) sinto que o essencial é falar com as pessoas, e não para as pessoas. No entanto, planejo minhas palestras com o maior cuidado.

(…)

Uma grande palestra é, ao mesmo tempo, roteirizada e improvisada.

(…)

Churchill quem disse: “Ensaie suas observações improvisadas”.

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 136-138.

Capítulo 3 – `PROCESSO DE PREPARAÇÃO: Roteirização.

 

Conte Uma História

Histórias podem estabelecer brilhante mente o contexto de uma palestra e fazer o público se interessar por um assunto.

Quando consegue unir humor, autodepreciação e insight na mesma história, você já tem um começo vitorioso.

As histórias com potencial para gerar a melhor sintonia são as relacionadas a você ou a pessoas próximas. Contados com verossimilhança, casos de fracasso, constrangimento, azar, perigo ou desastre são muitas vezes o momento em que os ouvintes passam da atenção convencional ao interesse profundo.

A recomendação básica aqui é: seja autêntico.”

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 65-66.

Capítulo 2 – Ferramentas da Palestra: Sintonia.

Inspiração a Ser Conquistada

“O fato mais importante a respeito da inspiração é o seguinte: ela tem de ser conquistada. Ninguém se torna inspirador ao olhar para os presentes com cara de pidão e solicitar que sondem o coração em busca de motivos para crer no sonho deles. O palestrante inspira quando realmente compartilha um sonde que merece o entusiasmo dos demais. E esses sonhos não surgem com facilidade. São produzidos com sangue, suor e lágrimas.

(…)

A motivação não pode ser encenada. Ela é a reação de uma plateia à autenticidade, à coragem, ao trabalho altruista e aos conhecimentos genuínos.
Ponha essas qualidades em sua palestra. Talvez você se espante com o que vai acontecer.”

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016, Pág. 38-39.

Capítulo 1 – Fundamentos: Armadilhas Comuns.

Ideias que Merecem ser Ouvidas

“Você tem ideias que merecem ser ouvidas por mais pessoas? É impressionante como avaliamos mal uma resposta a essa pergunta. Muitos indivíduos (em geral homens) dão a impressão de adorar o som da própria voz e gostam de falar durante horas sem transmitir nada de relevante. Mas há também muitas pessoas (em geral mulheres) que subestimam demais o valor de seu trabalho, de seu conhecimento e de suas percepções.*

*Toda Experiência Humana CONSCIENTE importa e é poderosa.

*Lugar de Autenticidade.

(…) Estilo sem conteúdo é horrível. (…) O mais provável, no entanto, é que você tenha dentro de si muito mais coisas dignas de serem transmitidas do que imagina. Você viveu uma vida que é sua, e só sua. Certas sacadas criativas extraídas de algumas dessas experiências merecem ser divididas com outras pessoas.”

(…) Seja como for, você tem uma coisa que ninguém mais no mundo tem: a sua experiência de vida.*

*Lugar de Singularidade.

** Compartilhar o seu prisma da realidade proporciona um retorno à unidade original, sem a sua peça o quebra cabeças fica incompleto.

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016. Pág. 26-27.

Capítulo 1 – Fundamentos: Construção da Ideia.

Ser Você Mesmo

“(…) Seu objetivo não é ser um Winston Churchill ou um Nelson Mandela. É ser você. Se você é cientista, seja cientista; não tente ser um militante. Se é artista, seja artista; não tente ser um acadêmico. Se é um sujeito comum, não queira simular um impressionante estilo intelectual; seja esse sujeito comum. Você não tem obrigação de fazer uma multidão se pôr de pé com uma oratória notável. Um tom de conversa pode funcionar muito bem. Na verdade, para a maioria das plateias, é bem melhor assim. Se você sabe conversar com um grupo de amigos durante o jantar, também sabe falar em público.

Se você mostrar autenticidade, tenho certeza de que será capaz de lançar mão da arte antiga implantada em nós.”

ANDERSON, Chris, Ted Talks: O Guia Oficial do Ted para Falar em Público, Ed. Intrinseca, 2016. Pág. 23.

Capítulo 1 – Fundamentos: Competência Comunicativa.

Sustentação Para a Autenticidade – Pólen

“Chegou a hora em que a verdade científica deve deixar de ser a propriedade de alguns poucos, e deve entrelaçar-se à vida cotidiana do mundo. (Jean Louise Rodolphe Agassiz)

Estudos recentes do pólen encontrado no Sudário e comentários arqueológicos acerca do padrão do tecido contribuíram para que a idade do Sudário fosse estimada. Os estudos do pólen foram feitos pelo dr. Max Frei, um criminalista internacionalmente famoso-que, além de ser professor de Criminologia na Universidade de Zurique, fundador e ex-diretor do Laboratório Cientifico da Polícia de Zurique, possui um doutorado em botânica e é um renomado perito botânico a respeito da flora mediterrânea.

Em 1973, Frei ou fitas adesivas para coletar amostras de poeira de várias áreas do Sudário e analisou esta poeira usando um microscópio luminoso e um microscópio de escaneamento de elétrons. Identificou com sucesso 49 espécies de pólen. Em 1978, ele coletou amostras adicionais do Sudário e recebeu amostras do receptáculo de prata que o Sudário tinha sido guardado. Identificou com sucesso outras oito, perfazendo o total de 57 espécies de pólen (tabela 5) provenientes da região do mar Morto, do Negev, de Constantinopla, das estepes da Anatólia, na Turquia, e de regiões da Europa.

Tabela : 5

(…)

O geólogo alemão Lennart von Post (1884-1951) foi quem primeiro estabeleceu os princípios básicos da análise do pólen em seus estudos sobre ambientes primitivos. Ele determinou as seguintes características básicas: a) várias plantas produzem grandes quantidades de pólen (um pinheiro pode produzir 100 bilhões de grãos de pólen); b) o revestimento exterior dos grãos de pólen (esina) é extremamente durável, sobrevivendo por centenas de milhões de anos; e, c) todas as plantas da mesma espécie produzem grãos de pólen com a mesma forma geral, mas esta conformação mostra-se diferente de acordo com as espécies. Cerca de 5% (4,95%, exatamente) dos grãos de pólen carregados pelo vento voltam a cair sobre a terra num raio de 1.600 metros das plantas que os geraram-exceto alguns que chegam a viajar por até 48 quilómetros. O tamanho dos grãos de pólen varia entre dez e duzentos milésimos de milímetro, suas formas vão desde a esférica até a espiralada, e sua superfície pode ser áspera e irregular ou completamente lisa e uniforme. Uma membrana protetora chamada esina reveste os grãos de pólen, e é muito resistente à ação de substâncias químicas, sendo responsável pela excelente preservação do pólen sob circunstâncias adversas. O pólen mistura-se à atmosfera, é carregado por massas de ar, e cai sobre a terra; quando os grãos caem sobre lagos, depositam-se em camadas. O pólen tem sido utilizado pelas ciências forenses para identificar suspeitos em vários crimes e reconstituir as ações de vários indivíduos, vivos ou mortos.

Frei descobriu que somente 17 das 58 espécies presentes no Sudário eram comuns na França ou Itália. Praticamente todas as outras eram de origem não-europeia e comumente encontráveis na região de Jerusalém.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 366-372.

Sudário de Turim – Médico Legista

“A prática de fornecer e regurgitar fatos sem substância cria empecilhos para os argumentos a favor da autenticidade, pois diluem a informação factual, e eles são tão amplamente disseminados que os não iniciados se tornam vítimas de “lavagem cerebral”. (…)  sindonologia (estudo do Sudário) (…)

(…)

Sempre houve aqueles que acreditam e os que não acreditam, mas a batalha entre eles nunca foi tão furiosa quanto no período depois do dia 13 de outubro de 1988, quando o Sudário foi testado com o carbono 14 por três renomados laboratórios e o teste indicou que a peça datava da Idade Media, entre os anos 1260 e 1390 d.C. Os resultados foram subsequentemente publicados por Damon et al. em 1989, no Jornal Nature (vol. 337:611-615, 1989).

(…) os estudos mais sofisticados realizados por experts de renome de várias disciplinas da ciência, usando equipamentos de última geração e métodos modernos, não conseguiram explicar os mecanismos pelos quais a imagem foi criada (in statu nascenti), e todas as tentativas de reproduzi-la resultaram em fracassos retumbantes.

(…)

Os últimos dois dias da exposição foram reservados para a Segunda Conferencia Científica Internacional de Sindonologia, da qual eu tive o privilégio de participar. (…) Cientistas interessados no assunto vieram de todas as partes do mundo, representando as áreas da patologia, biologia, eletrônica, física termonuclear, palinologia, criminologia, anatomia, cirurgia, computação, arqueologia têxtil, história da arte, radiologia, química e física nuclear. Eles estavam lá para apresentar suas descobertas, trocar novas ideias e discutir recentes progressos.

A semana que se seguiu à conferência foi reservada para 120 horas de estudos científicos do Sudário realizados pelo Projeto de Pesquisa do Sudário de Turim (STURP) e outras entidades. As atividades incluíram espectroscopia no visível, ultravioleta e de infravermelho; microscopia leve, ultravioleta, fluorescente e de fase; termografia infravermelha; radiografia; microscopia eletrônica; análise computadorizada; análise de imagem fotográfica com filmes especiais; análise microquítimica etc.”

ZUGIBE, M.D, Ph.D. Frederick T.  A Crucificação de Jesus: As Conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal. São Paulo: MATRIX, 2008, pág. 212-217.