“Subindo mais um degrau na escada da iniciação, o aspirante descobre que as duas naturezas, a natural e a naturalizante, se mesclam no homem, podendo ascender à ideia de uma única força cuja natureza dupla representa os dois polos.
Não há nenhuma dúvida de que, durante o ciclo anterior de civilização, a unidade da humanidade no Universo, a unidade do Universo em Deus e a unidade de Deus nele mesmo não eram ensinadas como superstições primitivas, obscuras e reacionárias. Ao contrário, eram ensinadas como o coroamento brilhante e magnificente da quádrupla hierarquia das ciências que energizava um culto biológico sob a forma de sabeísmo.
O nome do Deus supremo desse ciclo – Ishvara, Esposo de Prakriti, a Sabedoria viva da natureza naturalizante – é o mesmo que Moisés tomou, quase cinco séculos depois, da tradição caldaica dos semitas e dos santuários de Tebas, para formar o símbolo cíclico de seu movimento: Ishvara-El ou, por contração, Israel, isto é, inteligência dos reis ou Espírito de Deus.”
PAPUS.Tratado elementar de ciências ocultas, Ed. Pensamento, 2022, Pág. 70.
Capítulo 3