O Valor do Sal

“(…) o sal era considerado valioso.

(…)

Foi para adquirir esse precioso bem que se estabeleceram as primeiras rotas comerciais nas civilizações antigas. Em algumas regiões, uma medida de sal tinha o mesmo valor que o peso equivalente em ouro, o que se considerava um preço justo. Os legionários romanos recebiam um salarium, ou custeamento de sal – de onde deriva o termo moderno “salário”.

(…)

Por isso o homem é a luz do mundo. Nenhuma outra criatura viva, só a consciência humana, é dotada com a candeia plenamente reveladora de uma inteligência potencialmente ilimitada.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 497-498.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Manter-se Financeiramente

“Não é um pecado que os ministros ou instrutores religiosos procurem manter-se financeiramente de modo que possam estar livres para desde que para tanto não explorem Deus nem seus seguidores. Sempre prosseguir servindo ao desenvolvimento da espiritualidade defendi que no mundo atual é apropriado utilizar métodos empresa riais no âmbito da religião, mas que é uma blasfêmia e um grave pecado espiritual utilizar a religião para fins comerciais ou negociar com o sagrado nome de Deus, ou ludibriar devotos sinceros para satisfazer ambições pessoais de ganho financeiro e hábitos luxuosos.

(…)

É espiritualmente legítimo sustentar uma igreja ou organização religiosa mediante as contribuições voluntárias recebidas nos serviços e reuniões religiosas e com os fundos resultantes da venda de livros e de outros meios de difusão da verdade, desde que o dinheiro seja utilizado para propagar a causa espiritual e para o modesto sustento do instrutor toda a sua vida à disseminação da obra divina. Mas é condenável que que dedica tais fundos sejam desviados para o bolso de pseudoprofetas inescrupulosos e seus assistentes.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, páginas 223-237.

Capítulo 40: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte I).

Comércio e O Tesouro do Templo

“A circulação de toda mercadoria produzida, tanto na agricultura como no artesanato, forma outra grande atividade econômica: o comércio. Este se desenvolve mais nas cidades e está na mão dos grandes proprietários
de terras. Nos povoados, o comércio é reduzido e o sistema é mais de troca. Toda a atividade comercial é controlada por um sistema de impostos. Essa política fiscal faz com que tanto o Estado judaico como o Estado romano se tornem monopolizadores da circulação das mercadorias, o que proporciona vultosas arrecadações. Esses impostos são cobrados pelos publicanos (cobradores de impostos). Há também taxas para transportar mercadorias de uma cidade para outra e de um país para outro. Esses impostos e taxas se tornam insuportáveis
no tempo de Jesus. Por essa visão geral da economia da Palestina já podemos perceber: Jesus é artesão (carpinteiro), vários discípulos são pescadores e um deles é cobrador de impostos. O aparelho de Estado em Jerusalém exerce forte controle sobre a economia de todo o país. Além de polo de atração da capital nacional, o Estado é o maior empregador (restauração do Templo, construção de palácios, monumentos, aquedutos, muralhas etc.). Nisso tudo, o Templo tem papel central: — Coleta de impostos, através da qual boa parte da produção do país volta para o Estado. — Comércio: para atender à necessidade dos peregrinos e, principalmente, para manter o sistema de sacrifícios e ofertas do próprio Templo. — O Tesouro do Templo, administrado pelos sacerdotes, é o tesouro do Estado.”

(…)

“Além de toda essa centralização econômica, o Templo emprega mão de obra qualificada, principalmente artesãos. Assim, o Templo se torna o grande centro de exploração e dominação do povo. Mas a exploração e dominação não se restringem à economia interna, pois a Palestina é colônia do império romano. Este também cobra uma série de impostos: o tributo (imposto pessoal e sobre as terras), uma contribuição anual para o sustento dos soldados romanos que ocupam a Palestina, e um imposto sobre a compra e venda de todos os produtos.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 56361-56375.