Pirâmides

“Impulsionados pelas forças do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe. Esses grandiosos monumentos teriam
duas finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de estudo e iniciação, ao mesmo tempo que constituiriam, para os pósteros, um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridades do porvir.”

“A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da humanidade terrestre. Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico do planeta e à sua posição no sistema solar.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 40.

Espírito Absoluto

Durante sua existência terrena, uma pessoa comum está consciente apenas do corpo, o qual, movendo-se de um lugar para outro, contempla no estado de vigília diferentes porções do espaço circunscrito pela matéria. Entretanto, mesmo um indivíduo comum sente durante o estado de sono o poder superior da mente atuando em sonhos, livre das restrições impostas pelas leis usuais da física; e percebe também, durante o estado de sono profundo sem sonhos, uma limitada esfera da calma alegria da alma. Por outro lado, uma pessoa crística, mesmo durante a existência terrena, não apenas vê, através dos olhos físicos, limitadas porções do espaço, como também contempla, através do olho espiritual da intuição, a totalidade do cosmos manifestado, iluminado pela luz astral e pela Consciência Crística, com todos os planetas e estrelas cintilando como pirilampos na incomensurável vastidão do espaço-tempo.

(…)

Deus-Pai não está limitado à infinitude transcendente; Ele está simultaneamente consciente do vazio eterno além do cosmos manifestado e de cada átomo e força vibratória do universo.

A Consciência Cósmica ou Deus-Pai existe em estado puro além de toda a criação e, de maneira oculta, como a Consciência Crística presente em toda a criação. A fim de manifestar a criação, o Espírito Se divide em Pai Criador, que transcende a criação; Filho ou Consciência Crística, que se reflete na criação; e Vibração Cósmica ou Espírito Santo, a substância da criação. Uma vez que Deus Se dividiu nesses três aspectos, e também no cosmos e em todas as Suas criaturas, os seres humanos que procuram unificar-se novamente com Ele têm primeiro que ascender, por meio da meditação, da consciência de pluralidade para a consciência da trindade: Espírito Santo, Consciência Crística e Deus-Pai. Depois disso, o devoto precisa alcançar a percepção final da trindade ou manifestação triuna de Deus como o Único Espírito Absoluto: a onipresente Bem-aventurança sempre-existente, sempre-consciente e sempre-nova.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 413-414.

Capítulo 74: A crucificação.

Comunhão Com o Pai

“Mas, de súbito, sentiu-se pouco a pouco transformado num frondoso arvoredo pejado de ramos carregados de folhas e frutos, que amparavam todos os infelizes e injustiçados do mundo ali chegados em busca de sua sombra dadivosa. Sob a assistência do Alto, Jesus reviu nessa ideoplastia mediúnica o “motivo fundamental” de sua própria vida na matéria, ante o compromisso fabuloso que assumira antes de descer à carne, pois essa árvore protetora com o adubo fértil do seu próprio sangue vertido no martírio.

(…)

Porém, ultrapassando aquela dor extrema e inumana, que desprendia da carne, e vibrando sob o elevado impacto de voltagem sideral, ele sentia, então, na própria alma, estranho fenômeno que absorvia toda a vivência interna. Num extremo, a pulsação e o rodopiar dos astros, das constelações e galáxias; e noutro extremo, o vibrar dos átomos no seio das moléculas das flores, dos vegetais e da substância terrena. Ouvia o estranho turbilhão dos mundos pejados de civilizações, rodopiando em torno dos seus sóis e, ao mesmo tempo, o ruído estranho da seiva a subir no caule dos vegetais. Jesus, num átimo de segundo, abrangeu o macrocosmo, consciente de sua força e do seu poder, da sua sabedoria e da sua glória.

Esse fenômeno acontecido com Jesus, conhecido entre os hindus como o “samadhi” e entre os ocidentais como “êxtase” é um rápido fulgor da verdadeira vida espiritual do ser quando atinge o Nirvana, a comunhão com o Pai, embora sem perder sua individualidade sidérea. Em tal momento, fundem-se as distâncias, o tempo e o espaço convencional da mente humana limitada, enquanto a alma abrange consciente e perceptível, tanto a vida do na intimidade as constelações dos astros com as constelações dos átomos, pois a matéria é o “Maya”, a Ilusão, e só a Espirito é a Verdade!

(…) O cérebro ardia-lhe pelo impacto sidéreo, além da sua capacidade humana de resistência, enquanto os nervos estavam desgastados e o sangue superativado pela alta pressão que ameaçava romper os vasos cerebrais. Súbito, num esforço heroico empreendido pela própria natureza carnal, a corrente sanguínea efervescente foi drenada pelas glândulas sudoríparas e grossas bagas de suor e sangue caíram ao solo, deixando o mestre frontalmente exaurido em suas forças vitais.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 354-356.

 

Samsara e Sansara

“(…) o Evangelho, é um Código divino que, através de seus conceitos de alta moralidade, e um reflexo vivo das próprias leis do Cosmo.

(…)

*Nota de Ramats: -Samsara, termo sânscrito, significa literalmente “ação de vagar”; é a transição e a mutação continuas; a passagem pelos mundos transitórios, que é o físico, o astral e o próprio mental, causa fundamental dos renascimentos na matéria e do sofrimento pela ignorância da verdade da vida espiritual.

´*Nirvana:- E o oposto de Sansara; é um estado perene de consciência desperta, o autoconhecimento que liberta. Não é um estado de aniquilamento do ser, como a gota d’água se funde no oceano; porém, um estado de plena consciência espiritual; é a vida do Espírito liberto das limitações do tempo e do espaço, com o direito de trânsito livre no Infinito.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 219-220.

 

O Tempo Exato

“O “acaso” é coisa desconhecida no Cosmo, pois tudo obedece a um plano inteligente, o os mínimos acontecimentos da vida humana interligam-se as causas e efeitos em correspondência com a esquema do Universo Moral. Sem dúvida, há um fatalismo irrevogável no destino do homem a sua eterna Felicidade. Ninguém jamais poderá furtar-se de ser imortal e venturoso, pois, se isso fosse possível, Deus também desapareceria, porque o espírito humano é da mesma substância do Criador. Dentro do plano inteligente de aperfeiçoamento dos homens e dos mundos, o Alto atende aos períodos de necessidades espirituais das humanidades encarnadas, assim que elas se manifestam mais sensíveis para as novas revelações e evolução dos seus códigos morais.

Na época exata dessa necessidade ou imperativo de progresso espiritual, manifesta-se na Terra um tipo de instrumento eletivo a cada raça ou povo, a fim de apurar -lhe as idiossincrasias, ajustar o temperamento e eliminar à É uma vida messiânica de esclarecimento sobre o fanatismo religioso e o preparo de um melhor esquema espiritual o futuro. Antúlio, o filósofo da Paz, pregou aos atlantes as relações pacíficas entre os homens; Orfeu deixou seu rasto poético e saudosa melodia de confraternização entre os gregos; Hermes ensinou no Egito a imortalidade da alma e as obrigações do espírito após a morte do corpo físico; Lao-Tse e Confúcio atenderam ao. povo chinês, semeando a paciência e a amizade sob as características regionais; Moisés, quase à força, impôs a ideia e o culto de Jeová, um único Deus; Zoroastro instruiu os persas na sua obrigação espiritual; Krishna despertou os hindus para o amor a Brahma, e Buda, peregrinando pela Ásia, aconselhou a purificação da mente pela luz do coração.

Todas as encarnações desses instrutores espirituais precederam Jesus no tempo certo e obedecendo a um programa evolutivo delineado pelo Alto. Eles amenizaram paixões, fundiram crenças, fortaleceram a mente terrena. aposentaram deuses epicuristas, propuseram deveres e prepararam a humanidade para fazer jus à crença em um só Deus e a disciplinar-se por um só Código Moral do mundo, o qual seria o Evangelho.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 186..

O Evangelho Compreensível da Ciência Cósmica

“Assim como o Espiritismo é a síntese iniciática mais acessível à mente do homem comum, o Evangelho estruturado por Jesus constitui também a súmula mais compreensível da Ciência Cósmica, para a mente do homem terrícola. Quando os adeptos do Espiritismo penetram cada vez mais no seu âmago, surpreendem-se com as revelações que descobrem Identificadas com todas as ciências ocultas e os ensinos iniciáticos. Na intimidade do Evangelho, as singelas máximas pregadas por Jesus identificam-se com todas as leis que regem o próprio Cosmo.”

*O Evangelho à Luz do Cosmo.

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 86-87.

Calendário e Principais Eventos

“Se no vosso mundo há um calendário para disciplinar todos os fenômenos e os fatos da vida humana, dividido em pequenos ciclos chamados dias, semanas e meses, e grandes ciclos denominados anos, séculos ou milênios, é evidente que a Administração Sideral também possui o seu modo especial de marcar os acontecimentos que se sucedem no Cosmo, com relação a cada planeta e sua humanidade, dentro de uma convenção de “tempo” e “espaço”. *Nota pessoal ao parágrafo: Caixeiro viajante da idade média tentando entender uma corporação multinacional de 2022?

(…)

Assim como o homem coordena o simbolismo do tempo em sua mente “finita”, graças à tabela do seu calendário, a Administração Sideral disciplina os seus eventos cósmicos prevendo, marcando e controlando os acontecimentos principais que se sucedem e se desdobram no decorrer de um “Grande Plano”.

Os diretores do Sistema Solar, ou do berço da Terra, também precisam situar-se na ideia de “tempo” e “espaço” para interferir no momento justo das necessidades de reajuste planetário e intensificação espiritual das humanidades dos orbes sob sua direção.

Eis, pois, o sentido da Astrologia! Ela é o calendário sideral e a marcação cósmica de que se serve a Administração Sideral do orbe para assinalar os eventos excepcionais em perfeita concomitância com o próprio calendário do homem.  (…) A Astrologia, em verdade, é o espírito da Astronomia, que se manifesta pela sua influência fluídica e magnética na composição de signos, situações de astros e conjunções planetárias.

(…)

Ela é o calendário sideral, cujos “signos” significam os dias comuns, sucedendo-se no mesmo ritmo limitativo e semelhante à marcação da folhinha humana; as conjunções, no entanto, seriam as datas excepcionais, os marcos mais importantes e menos frequentes.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 56-57.

O “Grande Plano”

“O Grande Plano, ou “Manvantara” da escolástica oriental, que os hindus também classificam de uma “pulsação” ou “respiração” completa de Brahma, ou de DEUS, é considerado o “tempo exato” em que o Espirito Divino “desce” até formar a matéria e depois a dissolve novamente, retornando à sua expressão anterior. Um Grande Plano abrange a gênese e o desaparecimento do Universo exterior e compreende 4.320.000.000 de anos do calendário terreno, dividido em duas fases de 2.160.000.000 anos, assim denominadas: o “Dia de Brahma”, quando Deus expira ou se processa a descida angélica até atingir a fase derradeira da matéria ou “energia condensada” a “Noite de Brahma”, quando Deus então aspira ou dissolve o Cosmo exterior constituído pelas formas. Assim, cada fase chamada o “Dia de Brahma” e a “Noite de Brahma” perfaz o tempo de 2.160.000.000 anos terrestres, somando ambas o total de 4.320.000.000 anos, em cujo tempo DEUS completa uma “Pulsação” ou “Respiração”, subentendidas pela mentalidade ocidental ocultista como um Grande Plano na Criação Eterna**.”

¨*Vide a obra Mensagens do Astral de Ramatís, cap. “Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação, no qual se esmiúça com bastante clareza o que se compreende por um “Grande Plano” ou “Respiração” de Brahma.

**Conforme os Vedas, “uma respiração ou pulsação macrocósmica de Brahma ou Deus, corresponde a uma respiração microcósmica do homem”. Os hindus também costumam definir por Manvantara um período de atividade planetária com suas sete raças.

*** Nota do Revisor:– Sob admirável coincidência, justamente quando revíamos as provas do presente capítulo, surpreendemo-nos pelo artigo “Universo em Expansão”, de Mendél Creitchinann, publicado no jornal O Estado do Paraná, de domingo, dia 17 de janeiro de 1965, cujo trecho de Interesse transcrevemos a seguir: “UNIVERSO EM EXPANSÃO – A solução de Friedman, matemático russo, das equações de Einstein acerca do universo, conduziu à possibilidade de um Universo em expansão ou contração. Como relatamos em capítulo anterior, esse matemático descobriu um engano na solução final das equações sobre o universo elaboradas por Einstein. Um dos tipos de Universo que as equações indicam é o que chama Gamow de pulsante.

Admite este modelo que, quando o universo atingisse uma certa expansão máxima permissível, começaria a contrair-se. A contração avançaria até que matéria tivesse sido comprimida até uma densidade máxima, possivelmente a do material nuclear atômico, que é uma centena de milhões de vezes mais denso que água. Que começaria então novamente a expandir-se, e assim por diante através do ciclo até o infinito.

Hosanas, pois, aos velhos mestres do Oriente, que há mais de 4.000 anos vêm ensinando o “Universo Pulsante através dos Manvantaras, da Grande Respiração ou Pulsação de Brahma, ou Deus, cuja diástole e sístole cósmicas correspondem exatamente à concepção de um Universo em expansão e contração, da nova teoria científica dos astrônomos modernos. Pouco a pouco desvendam-se os símbolos da escolástica hindu, e graças à cooperação da própria ciência acadêmica, ergue-se o “Véu de Isis e surge o ensinamento ocultista oriental em todo o seu preciosismo e exatidão cientifica.

(…)

“(…) desde os velhos iniciados dos Vedas e dos instrutores da dinastia de Rama, esse tempo de expansão, que é justamente quando Deus cria e depois dissolve o Universo exterior, é conhecido por “Manvantara”, e significa um período de atividade e não de repouso, podendo ser concebido no Ocidente como um “Grande Plano” ou “Respiração” completa do Criador, dividida na diástole e sístole cósmica.”

(…)

O Universo é a sucessão consecutiva de “Manvantaras” ou “Grandes Planos”, a se substituírem uns aos outros, nos quais formam-se também as consciências individuais, que nascidas absolutamente ignorantes e lança das na corrente evolutiva das cadeias planetárias, elas despertam, crescem, expandem-se, absorvem o “bem” e o “mal” relativos às faixas ou zonas onde estacionam e depois, conscientes do seu próprio destino, atingem o grau de angelitude. Deste modo, os espíritos angélicos, como consciências participantes do Grande Plano, passam então a orientar e “guiar” aqueles seus irmãos, almas “infantis” que vão surgir no próximo Grande Plano ou “Manvantara” vindouro. Esta é a Lei Eterna e Justa; os “maiores” ensinam os menores” a conquistarem também sua própria Ventura Imortal.

A consciência espiritual do homem, à medida que cresce esfericamente, funde os limites do tempo e do espaço para atuar noutras dimensões indescritíveis; abrange, então, cada vez mais, a magnificência real do Universo em si mesma, e se transforma em Mago a criar outras consciências menores em sua própria Consciência Sideral. *Nota pessoal ao parágrafo: A chegada e epifanias da pirâmide.

A criatura humana, que vive adstrita ao simbolismo de tempo e espaço, precisa de ponto de apoio para firmar sua mente e compreender algo da criação cósmica e da existência de Deus. Os Grandes Iniciados têm amenizado essa dificuldade compondo diagramas especiais e graduado as diversas fases da descida do Espirito até a expressão matéria, como no caso dos “Manvantaras” ou Grandes Planos, em que avaliam os ritmos criadores mais importantes para auxiliar o entendimento do homem e fazê-lo sentir o processo inteligente de sua própria vida. É uma redução acessível ao pensamento humano, embora muito aquém da Realidade Cósmica, mas é a expressão gráfica mais fiel possível. Os hermetistas, hinduístas, taoístas, iogues, teosofistas, rosa-cruzes e esoteristas têm norteado os seus estudos com êxito sob esses gráficos inspirados pelos Mentores Siderais desde a extinta Atlântida.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 53-55.

A Descida Angélica e A Queda Angélica

Poderíeis esclarecer-nos qual é a diferença entre a “descida angélica” e “queda angélica”, a fim de compreendermos melhor a descida vibratória de Jesus ao nosso mundo físico?

RAMATÍS: A descida angélica é quando o Espirito de Deus desce vibratoriamente até ao extremo convencional da Matéria, cujo acontecimento é conhecido pelos hindus como o “Dia de Brahma” e distingue o fenômeno da criação no seio do próprio Criador. É uma operação. que abrange todo o Cosmo, ainda incompreensível para o homem finito e escravo das formas transitórias. A queda angélica, no entanto, refere-se especificamente à precipitação ou exilio de espíritos rebeldes, que depois de reprovados na tradicional seleção espiritual de “Fim de Tempos” ou de “Juízos Finais”, transladam-se do orbe de sua moradia para outros mundos inferiores. Os reprovados colocam-se simbolicamente à esquerda do Cristo, que é o Amor, e emigram para outros planetas em afinidade com sua índole revoltosa e má, a fim de repetirem as lições espirituais negligenciadas e então recuperarem o tempo perdido mediante um labor educativo mais rigoroso.

Dai a lenda da “queda dos anjos”, que se revoltaram contra Deus; e depois de expulsos do Céu transformaram se em “diabos” decididos a atormentar os homens. Aliás, tais “anjos” são espíritos de inteligência algo desenvolvida, que lideraram movimentos de realce e foram prepotentes nos mundos transitórios da carne, onde se impuseram por um excesso intelectivo, causando sérios prejuízos ao próximo.

(…)

Os “anjos” decaídos são espíritos rebeldes a qualquer insinuação redentora que lhes fira o orgulho ou lhes enfraqueça a personalidade humana.

(…)

Sem dúvida, essa emigração do anjos decaídos ou de espíritos rebeldes, de um orbe superior para outro inferior, evita o perigo da saturação satânica no ambiente astralino das humanidades, porque a carga nociva alijada faz desafogar a vida espiritual superior, tal qual as flores repontam mais vivas e belas nos Jardins que se livram das ervas malignas.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 49-50.