“Como é essa desconsideração das idéias e desejos dos “outros” que faz a tirania tirânica, a tarefa consiste em romper a corrente cismogenética (como diria Gregory Bateson) da negligência arrogante, de um lado, e do dissenso mudo, de outro, e encontrar algum terreno em que ambos possam se encontrar para uma conversação frutífera. Esse terreno (e aqui Kojève e Strauss concordam) só pode ser oferecido pela verdade da filosofia, que se ocupa — necessariamente — das coisas eternas e válidas absoluta e universalmente. (Todos os outros terrenos, oferecidos pelas “meras crenças”, só poderão servir como campos de batalha, e nunca como salas de conferência).”
BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 875.
Capítulo 1 | Emancipação
A teoria crítica revisitada