Tirania tirânica

“Como é essa desconsideração das idéias e desejos dos “outros” que faz a tirania tirânica, a tarefa consiste em romper a corrente cismogenética (como diria Gregory Bateson) da negligência arrogante, de um lado, e do dissenso mudo, de outro, e encontrar algum terreno em que ambos possam se encontrar para uma conversação frutífera. Esse terreno (e aqui Kojève e Strauss concordam) só pode ser oferecido pela verdade da filosofia, que se ocupa — necessariamente — das coisas eternas e válidas absoluta e universalmente. (Todos os outros terrenos, oferecidos pelas “meras crenças”, só poderão servir como campos de batalha, e nunca como salas de conferência).”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 875.

Capítulo 1 | Emancipação

A teoria crítica revisitada

A filosofia

“A filosofia”, insiste Strauss, é a busca da “ordem eterna e imutável na qual a história acontece e que permanece inalterada pela história”. O que é eterno e imutável é também universal; embora a aceitação universal dessa ordem eterna e imutável possa ser atingida somente com base no conhecimento genuíno ou na sabedoria — não através da reconciliação ou do acordo entre opiniões.

“O acordo fundado na opinião não pode nunca se tornar um acordo universal. Toda fé que pretende a universalidade, isto é, a aceitação universal, necessariamente provoca uma contra-fé com a mesma pretensão. A difusão entre os não-iniciados do conhecimento genuíno adquirido pelos sábios não serviria para nada, pois pela difusão ou diluição o conhecimento inevitavelmente se transforma em opinião, preconceito ou mera crença.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 842.

Capítulo 1 | Emancipação

A teoria crítica revisitada

Contradições de crença

“Esses conflitos entre várias de nossas crenças ou entre nossas crenças e um saber esta belecido indicam a principal circuntância em que somos levados a mudar de atitude.Quando uma crença contradiz outra ou parece incompatível com outra, ou quando aquilo em que sempre acreditamos é contrariado por uma outra forma de conhecimento, entramos em crise.”

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 19.

Introdução: Para que filosofia?

Momentos de crise

Aula Magna

 

A crença na liberdade

“Temos a crença na liberdade, mas somos dominados pelas regras de nossa sociedade. Temos experiência do tempo parado ou do tempo ligeiro, mas o relógio não comprova essa experiência. Temos a percepção ao Sol e das estrelas em movimento à volta da Terra imóvel, mas a astronomia nos ensina o contrário.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 19.

Introdução: Para que filosofia?

E se não for bem assim?

Aula Magna

 

Falsas percepções do sentido

“Vemos que o Sol nasce a leste e se põe a oeste, que sua presença é o dia e sua ausência é a noite. Nossos olhos nos fazem acreditar que o Sol se move à volta da Terra e que esta permanece imóvel. Quando, durante muitas noites seguidas, acompanhamos a posição das estrelas no céu, vemos que elas mudam de lugar e acreditamos que se movem à nossa volta, enquanto a Terra permanece na imobilidade. No entanto, a astronomia demonstra que não é isso que acontece.

Assim, há uma contradição entre nossa crença na imobilidade da Terra e a informação astronômica sobre os movimentos terrestres.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 19.

Introdução: Para que filosofia?

E se não for bem assim?

Aula Magna

Aceitação de coisas e ideias

“Como se pode notar, nossa vida cotidiana é toda fei­ta de crenças silenciosas, da aceitação de coisas e ideias que nunca questionamos porque nos parecem naturais, óbvias.”

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 18.

Introdução: Para que filosofia?

Conhecendo as coisas

Aula Magna

Nossas crenças costumeiras

Material complementar

“Quando pergunto “Que horas são?” ou “Que dia é hoje?”, minha expectativa é a de que, alguém tendo um relógio ou um calendário, me dê a resposta exata. Em que acredito quan­do faço a pergunta e aceito a resposta? Acredito que o tempo existe, que ele passa, pode ser medido em horas e dias, que o que já passou é diferente do agora e que o que virá também há de ser diferente deste momento, que o passado pode ser lembrado ou esquecido e o futuro, desejado ou temido. Assim, uma simples pergunta contém, silenciosamente, várias crenças.  

Por que crenças? Porque são coisas ou ideias em que acreditamos sem questionar, que aceitamos porque são óbvias, evidentes. Afinal, quem não sabe que ontem é diferente de amanhã, que o dia tem horas e que elas passam sem cessar?”

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 16.

Introdução: Para que filosofia?

Nossas crenças costumeiras

Aula Magna

A pergunta “O que é?

“A pergunta O que é?” era o questionamento sobre a realidade essencial e profunda de uma coisa para além das aparências e contra as aparências. Com essa pergunta, Sócrates levava os atenienses a descobrir a diferença entre parecer e ser,entre mera crença ou opinião e verdade. 

Sócrates era filho de uma parteira. Ele dizia que sua mãe ajudava o nascimento dos corpos e que ele também era um parteiro, mas não de corpos e sim de almas. Assim como sua mãe lidava com a matrix corporal, ele lidava com a matrix mental, auxiliando as mentes a libertar-se das aparências e buscar a verdade.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 14º Edição. São Paulo: Editora Ática. 2020, pág. 13.

Introdução: Para que filosofia?

Neo e Sócrates

Aula Magna

No que você crê?

“Não sou um profeta, mas posso, sem falsa modéstia, predizer que todo indivíduo tem o poder de mudar seu estado material ou financeiro, mas primeiro ele ou ela tem que mudar a natureza das suas crenças.

Hill, Napoleon. Mais Esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso,Ed. Citadel, 2014, pág.42.

 

Realização Superconsciente

“As palavras possuem eficácia dinâmica quando estão carregadas com a realização superconsciente. Tentar vender um objeto, uma ideia ou uma crença em que o promotor de vendas não acredita plenamente significa apenas pronunciar palavras que, por mais inteligentes que sejam, carecerão do brilho e do selo vibratório da convicção.

(…)

Ele não pregava como os escribas, com palavras vazias. Quando falava, suas palavras estavam repletas do Verbo, a Energia Cósmica, de Deus. Sua doutrina estava impregnada da convicção da experiência, oriunda de sua estatura crística e da Consciência Cósmica, vibrando com a autoridade da sabedoria divina.

Não é suficiente memorizar as palavras das escrituras ou receber um grau de Doutor em Teologia. É preciso digerir a verdade e então pregar com o poder e a convicção da alma.

A percepção direta da verdade proporciona experiência intuitiva, bem como visão e entendimento verdadeiros. Tal sabedoria confere poder; é a energia que aciona a Fábrica Cósmica, gerando o controle sobre todas as coisas. Esse poder proclama a autoridade absoluta da verdade infalível. Jesus não falava com fanatismo ou de modo mecânico como os escribas, mas com a autoridade de sua própria experiência de Deus e com o conhecimento de todos os mistérios divinos.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 432-433.

Capítulo 23: Pescadores de Homens.