Palavras egípicias e gregas

“Mas o discurso, sendo interpretado pelo idioma dos antepassados, tem o sentido claro das palavras. Pois também a própria qualidade do som e o som dos nomes egípcios têm em si mesmo a energia das coisas que são ditas.

(…) Pois os gregos, ó rei, têm vãs palavras energéticas de deduções, e esta é a filosofia dos gregos: ruído de palavras. Nós não usamos palavras. Mas usamos os sons cheios de realizações.”

TRISMEGISTOS, Hermes. Corpus Hermeticum graecum, São Paulo:Ed. Cultrix, 2023, Pág. 245.

Parte II- Corpus Hermeticum Graecum.

Lilellus XIV

Antigas Civilizações

“As organizações hindus são de origem anterior à própria civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos israelitas, de onde sairiam mais tarde personalidades notáveis, como as de Abraão e Moisés.”

(…)

“Era na Índia de então que se reuniam os arianos puros, entre os quais cultivavam-se igualmente as lendas de um mundo perdido, no qual o povo hindu colocava as fontes de sua nobre origem. Alguns acreditavam se tratasse do
antigo continente da Lemúria, arrasado em parte pelas águas dos oceanos Pacífico e Índico, e de cujas terras ainda existem porções remanescentes, como a Austrália.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 43-44.

Pirâmides

“Impulsionados pelas forças do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe. Esses grandiosos monumentos teriam
duas finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de estudo e iniciação, ao mesmo tempo que constituiriam, para os pósteros, um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridades do porvir.”

“A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da humanidade terrestre. Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico do planeta e à sua posição no sistema solar.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 40.

Ciências Psiquicas

“As ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas positivam a veracidade destas nossas afirmações. Num grande número de frescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual.

(…) os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 38-39.

Círculos Esotéricos

“Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus único e absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas. Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do homem e da natureza.”

(…)

“Dessa ideia de homenagear as forças invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato permanente com a natureza.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 37.

Escolas Iniciáticas

“Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.

Em virtude das circunstâncias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução da época não comportava.”

“Aqueles grandes mestres da Antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação.”

Nota Pessoal: A razão das escolas iniciáticas

“A própria Grécia, que aí buscou a alma de suas concepções cheias de poesia e de beleza, através da iniciativa dos seus filhos mais eminentes, no passado longínquo, não recebeu toda a verdade das ciências misteriosas.”

“Os sábios egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as
mais vivas recordações, os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a humanidade terrestre teria de realizar. Aí residem os mistérios iniciáticos e a essencial importância que lhes era atribuída no ambiente dos sábios daquele tempo.”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 36.

Saudade Torturante do Céu

“Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacavam na prática do bem e no culto da verdade.”

(…)

“Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas.”

(…)

“Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante (…)”

Xavier, Francisco Cândido / Emmanuel. A Caminho da Luz. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 35.

O Número Quarenta

“Um ponto interessante a notar é o fato de que os números sete e quarenta são os mais usados na literatura mística, por terem significado místico.

(…)

Os egípcios afirmavam que o corpo não ficava completamente livre da alma a não ser após quarenta dias de preparação. Moisés absteve-se de pão e água por quarenta dias e quarenta noites durante seu período de contato Cósmico. Moisés permaneceu no monte por quarenta dias e quarenta noites; e permaneceu no monte Sinai, na segunda vez, também por quarenta dias e quarenta noites. Os homens que foram para Canaã passaram quarenta dias em jornada espiritual. Foi profetizado que nenhum homem ou animal passaria pelo Egito por quarenta anos.

(…)

Também vale lembrar que tanto Moisés quanto Elias começaram suas pregações públicas após jejuarem por quarenta dias e quarenta noites, em preparação para suas atuações finais.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 211-213.

O Monte Carmelo e a Grande Fraternidade

“(…) Também sabemos, por referências encontradas em vários registros, que muitos grandes mestres da Grande Fraternidade Branca passaram uma parte de suas vidas nesta montanha, em seu templo ou mosteiro.

O próprio Pitágoras passou algum tempo ali; na história de sua vida, o retiro do Monte Carmelo é descrito como “sagrado acima de todas as montanhas e proibido ao acesso do vulgo”. (…). Os estudiosos da história Rosacruz sabem que Tutmés III foi um dos grandes fundadores das antigas escolas de mistério egípcias e um líder do movimento que se transformou na Grande Fraternidade Branca.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 136.

Os dias Sagrados de Dezembro

“(…) há uma correspondência entre as leis Espiritual, Cósmica e Mundana, relativa a uma condição universal que se manifesta a 23, 24 ou 25 de dezembro de cada ano. É nesta época que ocorre uma mudança Cósmica chamada Nascimento do Deus Sol, a qual era sempre celebrada pelos antigos como o Parto da Rainha Celestial ou a Virgem Celestial da Esfera.

(…)

Também na China, muito antes do período cristão, o povo reconhecia esta ocasião do solstício do inverno como sagrado, e no dia 24 ou 25 de dezembro as lojas eram fechadas, como também as cortes de Justiça e locais de atividades comerciais. Entre os antigos persas, as cerimônias mais esplêndidas eram em honra de Mitra, cujo nascimento ocorrera a 25 de dezembro, segundo a tradição.

(…)

No antigo Egito, o dia 25 de dezembro foi celebrado por muitos séculos como o aniversário de vários deuses. Encontramos referências destes fatos em todas as histórias das religiões dos povos antigos, como, por exemplo, no livro intitulado “Religião dos Antigos Gregos”, escrito por Septehenes, que diz: “os antigos egípcios fixaram o início da gravidez de Ísis (A Rainha do Céu e a virgem mãe do Salvador Hórus) nos últimos dias de março e estabeleceram a comemoração do parto no final de dezembro.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 121.