Força de Vontade do Agente de Cura

O poder da força vital transmitida exteriormente para a cura de outras pessoas é proporcional à força de vontade do agente de cura.

A simples imposição das mãos dos polos positivo e negativo sobre outra pessoa produz alguma troca de magnetismo a partir da energia ali presente, mas não transmite a potência necessária para a cura. O poder da força vital conscientemente gerado e dirigido, fluindo através das mãos, é o que causa a cura mediante o emprego da atividade da força vital, que cria, integra, desintegra, cristaliza, metaboliza, produz e sustenta o complexo conjunto de células diferenciadas. Essa força vital é inteligente, mas fica reduzida e fora do controle nas pessoas cujo corpo é governado por uma mente fraca e identificada com o ego.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 464.

Capítulo 25: A cura dos doentes.

Tormento Pela Crucificação

“Mesmo com toda a sabedoria e o autocontrole de sua natureza divina, a natureza humana encarnada de Jesus foi temporariamente atormentada pela ilusão do sofrimento aterrador que ele estava prestes a enfrentar com sua crucificação.

Em Yoga Sutras II:3, o grande iogue Patânjali enumera cinco tipos de “problema” (klesha) inerentes a todo ser encarnado: avidya (ignorância, a ilusão individual), asmita (ego, o estado em que a alma se encontra identificada com o corpo), raga (apego, a atração por aquilo que gostamos), dvesha (aversão, sentimento de desagrado) e abhinivesha (apego ao corpo). Jesus teve que superar a natureza humana do ego limitada pelo corpo, a ilusão relativa aos terríveis acontecimentos que o aguardavam, o apego a seus discípulos e seu amor por servir àqueles que buscavam ajuda, a natural aversão humana ao sofrimento do corpo e, por último, o temor psicológico primordial que acompanha a perspectiva da morte. “

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 361-362.

Capítulo 73: A agonia de Jesus no jardim de Getsêmani e sua prisão.

Se Me Servir, Meu Pai o Honrará

“E Jesus lhes respondeu, dizendo: “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado. Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida guardá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se me servir, meu Pai o honrará” (João 12:20-26).

(…)

Uma existência egoísta focalizada na preservação do próprio ego – apegado ao corpo e afeiçoado a todas as coisas temporais – constitui uma cerca mental que impede a alma de se expandir no Espírito.

(…)

Todo devoto que esteja em sintonia comigo estará presente na esfera da Consciência Crística, onde sempre habito, e será reconhecido e elevado pelo Pai – a Consciência Cósmica Transcendente.

Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome” (João 12:27-28).

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. III. Editora Self, 2017, pág. 196-197

Capítulo 66 : “É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado”.

Humildade é Tarefa de Amor

Humildade não é servidão. É, sobretudo, independência, liberdade interior que nasce das profundezas do Espírito, apoiando-lhe a permanente renovação para o bem.

Cultivá-la é avançar para a frente sem prender-se, é projetar o melhor de si mesmo sobre os caminhos do mundo, é olvidar todo o mal e recomeçar alegremente a tarefa dor amor, cada dia.”

Xavier, Francisco Cândido/ Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 100-101.

Humildade

À carência de humildade, que, no fundo, é reconhecimento de nossa pequenez diante do universo, surgem na alma humana doentios enquistamentos de sentimento, quais sejam o orgulho e a cobiça, o egoísmo e a vaidade, que se responsabilizam pela discórdia e pela delinquência em todas as direções.”

Xavier, Francisco Cândido/ Emmanuel. Pensamento e Vida. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 2016, p. 99.

Entidades que Lisonjeiam as Paixões

“– Hilário, é imprescindível recordar que não nos achamos diante da Doutrina do Espiritismo. Presenciamos fenômenos mediúnicos, manobrados por mentes ociosas, afeiçoadas à exploração inferior por onde passam, dignas, por isso mesmo, de nossa piedade. E não ignoramos que fenômenos mediúnicos são peculiares a todos os santuários e a todas as criaturas. (…) É sempre mais fácil ao homem comum trabalhar com subalternos ou iguais, porque, servir ao lado de superiores exige boa-vontade, disciplina, correção de proceder e firme desejo de melhorar-se. Sabemos que a morte não é milagre. Cada qual desperta, depois do túmulo, na posição espiritual que procurou para si… Ora, o homem vulgar sente-se mais à solta junto das entidades que lhe lisonjeiam as paixões, estimulando-lhe os apetites, de vez que todos somos constrangidos a educar-nos, na vizinhança de companheiros evoluídos, que já aprenderam a sublimar os próprios impulsos, consagrando-se à lavoura incessante do bem.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 27.

7 Veículos (Corpos) de Manifestação do Homem-Espírito

ATMA ou ESPIRITUAL (Eu Sou, Centelha Divina)
Conexão com todas as realidades do Universo (ao Divino e suas leis). Onde estão guardadas as estruturas monádicas que dão sustentação a nossa vida terrena -códigos de DNA e programas originais de cada espírito. Coordena todos os outros corpos.

BUDDHI (Alma consciencial, intuitiva, moral)
Armazena os registros/memórias de todas as nossas vivências/experiências encarnacionais, sejam elas boas ou ruins. Planeja e supervisiona o programa encarnatório. Recebe informações de todo agregado.

MENTAL SUPERIOR
Guarda os pensamentos, conceitos e ideias abstratas (tudo que está em nosso inconsciente).Guarda informações de todas as experiências que necessitam correções.

ASTRAL
Aqui residem as emoções e paixões ligadas ao Ego. Informações/impressões de caráter emocional se fixam neste corpo – relacionamentos familiares/amorosos, descontrole emocional, sentimento negativos, apegos não resolvidos, vícios. Ligado ao nosso estado psico-emocional – afeta nosso sistema imunológico. IMPORTANTE NO PROCESSO DE CURA E LIBERTAÇÃO.

MENTAL INFERIOR
Alberga a manifestação da MENTE – inteligência, raciocínio, consciência – pensamentos “mais corriqueiros”. As percepções e sensações (sentidos) se fixam neste corpo. Apego à riqueza, poder e prazeres mundanos aí permanecerão até que se abra mão deles em benefício próprio.

DUPLO ETÉRICO
Sede dos Chakras. Órgãos têm seus duplos luminosos.

FÍSICO (SOMA)

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 95-103.

Transitoriedade das Formas

“Tendo morrido para o seu ego pessoal, eis que nascera outra vez, estabelecido no Eu.

O herói é o patrono das coisas que estão se tornando, e não das coisas que se tornaram, pois ele é. “Antes de Abraão existir, EU SOU”. Ele não confunde a aparente imutabilidade no tempo com a permanência do Ser (…) “Nada retém sua própria forma; a Natureza, a maior renovadora, constantemente cria formas de formas. Certamente nada há que pereça em todo universo; há apenas variação e renovação de forma.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 236.

A Mensagem do Redentor “do Mundo”

“O mundo se acha repleto de grupos inimigos em função dessa atitude: adoradores de totens, bandeiras e partidos. Mesmo as chamadas nações cristãs – que, segundo se supõe, seguem um Redentor “do Mundo” – são mais bem conhecidas, na história, pela sua barbaridade colonial, e pelas lutas internas, do que por alguma demonstração prática de amor incondicional, sinônimo da conquista efetiva do ego, do mundo do ego e do deus tribal do ego, que foi ensinada pelo seu professado Senhor supremo:

“Digo, a vós que ouvis: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam. Bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam. (…) E, se amardes aos que vos ama, que recompensa obtereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa obtereis? (…) Sede pois misericordiosos como também o vosso Pai é misericordioso.”

Uma vez que nos libertemos dos preconceitos da nossa própria versão provincianamente limitada, de caráter eclesiástico, tribal ou nacional, dos arquétipos do mundo, torna-se possível compreender que a suprema iniciação não é dos pais maternais locais, que projetam a agressão nos vizinhos para garantir sua própria defesa.  A boa nova, que o Redentor do Mundo traz e que tantos se rejubilaram, por ouvir, pela qual se empenharam em orar, mas que relutaram, aparentemente, em demonstrar, afirma que Deus é amor, que Ele é, e deve ser, amado, e que todos, sem exceção, são filhos seus“.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 151-152

Pai Ogro

“Pois o aspecto ogro do pai é um reflexo do próprio ego da vítima –  derivado da maravilhosa lembrança da proteção materna foi deixada para trás, mas só depois de ter sido projetada, bem como do fato de a idolatria fixadora daquela inexistência pedagógica constituir por si própria a falta, no sentido de pecado, que nos mantém paralisados e que impede a alma potencialmente adulta de alcançar uma visão mais equilibrada e realista do pai e, em consequência, do mundo. (…) apenas para descobrir, no final de tudo, que pai e mãe se refletem um ao outro e são, em essência, a mesma coisa.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 128.