Acumulo de Karmas

“(…) todas as coisas foram criadas pelo comando do Espírito Santo – a Força Cósmica Vibratória; o Verbo, Om ou Amém. Imanente no Espírito Santo encontra-se o reflexo consciente da Divindade, a Inteligência Crística, pela qual esse Poder Vibratório Cósmico é guiado a fim de desenvolver todas as manifestações do bem no mundo.

(…)

Aqueles que são extremamente maus e continuam sendo atraídos aos mais profundos abismos, distantes de Deus, destinam-se carmicamente, após a morte, a esferas astrais obscuras de horripilantes conflitos e horrores demoníacos – ou, em raros casos, reencarnam-se na Terra para uma vida em alguma forma animal apropriada para a expressão das maldades pelas quais optaram. Uma vez que os animais não possuem livre-arbítrio, sendo guiados primariamente pelo instinto, eles não acumulam karma com suas ações; portanto, essa involução temporária de uma alma degradada consome parte de seu mau karma sem gerar novos pecados.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. II. Editora Self, 2017, pág. 122-123.

Capítulo 36: Que significa a blasfêmia contra o Espírito Santo?

Conceitos de Demônio

“Ver Samuel 7:12: [Deus fala a Davi]: “Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, que sair das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.”

Isaías 11:1-2: “Então brotará um rebento do toco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor.”

Jeremias 23:5-6: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e procederá sabiamente, executando o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este é o nome de que será chamado: O Senhor Justiça Nossa.”

Do hebraico Ba’al zebhubh (“senhor das moscas”), uma deidade de Canaã; emalgumas traduções é citado como Belzebu, “senhor do esterco”.

A Enciclopédia Britânica oferece este breve resumo sobre o conceito de demônios segundo as principais religiões do mundo:

“No Zoroastrismo, religião fundada pelo profeta persa Zoroastro, que viveu aproximadamente no século 6 a.C., a hierarquia dos demônios (daevas) é presidida por Angra Mainyu (mais tarde chamado Ahriman), o Espírito do Mal ou da Destruição.

Os demônios estão em constante batalha contra Ahura Mazda (mais tarde chamado Ormazd), o Senhor do Bem.

“A hierarquia dos demônios no Judaísmo- que tem suas raízes na antiga demono logia zoroastrista e do Oriente Médio e se situa no período posterior ao exílio (depois do ano 538 a. C.)- é bem variada. O príncipe das forças do mal (em hebraico shedim, que significa ‘demônios’ e se aplica aos deuses estrangeiros, ou se’irim, que significa ‘demônios peludos’)- que segundo a crença usual habitava paragens desoladas, ruínas e túmulos e causava aos seres humanos diversos transtornos físicos, psicológicos e espirituais – recebeu diferentes nomes: Sată (o Adversário), Belial (o espírito da per versão, das trevas e da destruição), Mastema (Inimizade ou Oposição), entre outros. Embora o Antigo Testamento se refira a Sată como ‘o acusador’ do tribunal celestial de Deus (Zacarias 3; Jó 1-2), tanto na literatura do período intertestamentário como ne Judaísmo posterior desenvolveu-se toda uma hierarquia de demônios sob o comando de Satã ou de outros príncipes do mal.

“A hierarquia de demônios no Cristianismo se baseia em várias fontes: a judaica a zoroastrista, a gnóstica (um sistema religioso sincrético baseado em crenças dua listas, no qual se considera que a matéria é maligna, que o espírito é bom e que se pode alcançar a salvação através do conhecimento esotérico ou gnosis) e as religiões indigenas que sucumbiram à evangelização cristã. No Novo Testamento, Jesus se refere a Belzebu como o chefe dos demônios e o equipara a Satã. No período medieval eu ropeu e na época da Reforma desenvolveram-se várias hierarquias de demônios, como por exemplo a relacionada com os sete pecados capitais: Lúcifer (orgulho), Mammon (avareza), Asmodeus (luxúria), Sata (ira), Belzebu (gula), Leviatã (inveja) e Belfegor (preguiça).

“A hierarquia islâmica de demônios é encabeçada por Iblis (o diabo), também cha mado Shaytan (Sata) o aduw Allah (‘o inimigo de Deus’). Com base, em grande parte, na demonologia judaica e cristã, Iblis tornou-se o líder de uma hoste de jinn, espíritos que geralmente agouram o mal.

“No Hinduísmo, os asuras são os demônios que se opõem aos devas (os deuses). Entre as diversas classes de asuras se encontram os nagas (demônios com forma de serpente), Ahi (o demônio da aridez) e Kamsa (um arquidemônio). Entre os demônios que atormentam os seres humanos se encontram os rakshasas (seres grotescos que fre quentam os cemitérios, impulsionam ações néscias e atacam sadhus [homens santos]) e os pishacas (seres que assombram locais onde ocorreram mortes violentas).

“Os budistas frequentemente consideram seus demônios como forças que impedem a realização do Nirvana (bem-aventurança ou extinção do desejo); um exemplo im portante é Mara, o principal tentador, que juntamente com suas filhas – Rati (Cobiça), Raga (Fruição) e Tanha (Inquietude) – tentou dissuadir Sidarta Gautama, o Buda, de alcançar a iluminação. A medida que o Budismo Mahayana (o Grande Veículo) se propagou pelo Tibete, China e Japão, incorporaram-se às crenças budistas muitos dos demônios das religiões que se professavam nesses países (por exemplo, os kuei-shen chineses e os oni japoneses).”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. II. Editora Self, 2017, pág. 121-122.

Capítulo 36: Que significa a blasfêmia contra o Espírito Santo?

Espírito Transcendente

“O elo entre o manifestado e o Não-manifestado é o Espírito Santo, a Vibração Sagrada de Om; e o modo de cruzar esta ponte é pela comunhão com essa Vibração do Espírito Santo. No êxtase espiritual, aquele que medita percebe a vibração individual de sua vida e de todas as vidas emanando do Espírito Santo cósmico, no qual está inerente a Inteligência Crística, refletida do Pai- a qual, por sua vez, eleva a consciência ao Espírito transcendente.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 341-342.

Capítulo 18: Adorar a Deus “Em Espíto e em verdade”. A Mulher de Samaria, Parte II.

Atos dos Apóstolos

“O livro dos Atos dos Apóstolos foi escrito provavelmente entre 80 e 90 d.C. Seu autor é o mesmo do terceiro Evangelho; desde o séc. II, a tradição o identifica com Lucas, o médico que acompanhou Paulo (cf. Cl 4,14; Fm 24). De fato, é continuação do Evangelho de Lucas. Ambos formam, segundo o autor, o caminho da salvação: o Evangelho apresenta o caminho de Jesus; o livro dos Atos apresenta o caminho da Igreja, que prolonga o caminho de Jesus “até os extremos da terra”. O relato que une as duas obras é a ascensão, que coroa a vida de Jesus (Lc 24,51) e funda a missão universal da Igreja (At 1,8).”

(…)

“Podemos dizer que o livro dos Atos é o Evangelho do Espírito. Aí se conta que o Espírito Santo prometido faz nascer a comunidade cristã e a impulsiona para o testemunho aberto e corajoso do nome de Jesus, isto é, para anunciar a palavra e ação libertadora de Jesus. Esse testemunho provoca o surgimento da grande novidade que tende a transformar pessoas, relações e estruturas da sociedade, provocando alternativas que se chocam frontalmente com os interesses sociais vigentes.”

(…)

“Pode-se dizer que Atos é o livro da novidade e, portanto, também dos conflitos. Numa sociedade corroída pelo interesse e egoísmo, qualquer proposta de alternativa mais fraterna e igualitária provoca oposições e confrontos.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 64112- 64126.

Espírito Santo e Satã

“Esses dois aspectos de Prakriti correspondem às designações cristãs Espírito Santo e Satã. O Espírito Santo, em harmonia com a Consciência Cristíca, cria o bem e a beleza atrai toda a manifestação para uma simbiótica harmonia e derradeira união com Deus. Sată (do hebraico, literalmente “o adversário”) exerce sua força de repulsão para longe de Deus, para o envolvimento com o mundo ilusório da matéria, empregando a ilusão cósmica de maya para dispersar, confundir, cegar e aprisionar.

(…)

Uma vez que ele encobre a matéria e envolve o homem nas mais enganosas confusões da ilusão de maya, Jesus referiu-se a essa força como um demônio, um assassino e um mentiroso. “O diabo (…) foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8:44).

Satã surgiu como uma consequência natural do desinteressado de sejo de Deus de dividir Seu Oceano da Unidade nas ondas da criação finita um poder com vontade independente, que viria a controlar as leis da criação material para manifestar e sustentar sua existência. O plano do Espírito era que essa Força Ilusória Cósmica consciente fosse dotada de independência a fim utilizar maya e avidya para criar objetos finitos que refletissem Deus a partir da energia vibratória cósmica do Espírito Santo, em harmoniosa sintonia com a divina Inteligência Crística presente nessa vibração.

Jazidas com pedras preciosas perfeitas, flores perfeitas, animais perfeitos e almas humanas residindo em planetas perfeitos foram en tão criados, trazidos à manifestação material desde os reinos celestiais astral e causal. (…)  Depois de uma existência harmoniosa – uma expressão perfeita de forma, hábitos saudáveis e modos de existência, no palco do tempo, sem sofrimento, doenças, acidentes cruéis ou dolorosa morte prematura-, todas as formas criadas de veriam retornar para Deus. Assim como os arco-íris vêm e vão (…)

Portanto, originalmente toda a Energia Cósmica, vibrada pelo Espírito Santo e pela Inteligência Crística, fluía em direção a Deus, criando imagens perfeitas a partir da luz astral voltada ao interior para revelar Deus. A Força Ilusória Cósmica consciente, com seu poder independente recebido de Deus, percebeu que sua própria existência separada cessaria se as manifestações da energia cósmica da Vibração do Espírito Santo se dissolvessem de volta no Espírito de acordo com o plano divino. Sem a Vibração Sagrada, não haveria razão nenhuma para a existência nem para o sustento da Força Ilusória Cósmica. Esse pensamento assustou Satã; o único propósito de sua existência – manter estas formas no estado de manifestação – estava ameaçado. Então, visando seu próprio intento de autoperpetuação, ele se rebelou contra Deus, tal como um general insubordinado algumas vezes se volta contra seu rei, e começou a utilizar mal seus poderes cósmicos. Ele manipulou as leis e os princípios da criação que estavam sob seu comando a fim de estabelecer padrões de imperfeição que impediriam sua dissolução automática no Espírito. Satã tornou-se como um raio caindo do céu porque afastou a luz da energia cósmica de seu foco em Deus, concentrando-a na matéria densa. A luz astral que revela o céu transformou-se nas opacas luminárias físicas do sol, do fogo e da eletricidade, que mostram somente as substâncias materiais.

(…) a mente das pessoas comuns, confortavelmente enclausurada na visão de causa e efeito dos fenômenos, não se adapta com facilidade a abstrações divinas a menos que também estas sejam metaforicamente revestidas com um aspecto familiar. (…) exceto no sentido absoluto de que tudo é feito da Consciência Cósmica única de Deus, não existe mal no Deus Todo-Perfeito. O mal reside na Força Adversária que man tém seu reino de influência ao obscurecer grosseiramente a verdadeira natureza divina de todos os seres criados. Um sofisma filosófico poderia convincentemente propor que, sendo o dever de Satã, como um arcanjo, manter a existência das formas manifestadas, ao tentar fazer seu serviço ele caiu do céu!”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 156-158.

Capítulo 7: O papel de Sată na criação de Deus.

Inteligência Vriadora do Espírito Santo

“Na Inteligência criadora do Espírito Santo estão todas as leis e princípios orientadores que manifestam, sustentam e dissolvem cada porção e partícula do universo do Senhor. O Espírito Santo herdou do Espírito a independência para criar e governar dentro da vasta esfera de ação dos poderes de manifestação a Ele conferidos.

Esse Poder Criador, que dá origem e sustento à criação, é mencionado nas escrituras hindus como Maha-Prakriti, a Grande Natureza, as potencialides de tudo o que está por manifestar-se. Quando esse poder emana de Ishwara (Deus o Pai da Criação) como Vibração Cósmica Criadora Inteligente, ele assume uma natureza dual.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 156.

Capítulo 7: O papel de Sată na criação de Deus.

O Espírito Santo ou Estado Crístico

“O Espírito Santo ou estado crístico, união com a presença de Deus na criação manifestada, é o estado habitual dos seres divinos se encarnam para servir e elevar a humanidade enredada na ilusão.

(…)

Somente o conhecimento – e não a mera assertiva sem realização – pode levar à emancipação final.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 146-149.

Capítulo 7: O papel de Sată na criação de Deus.

Conhecer Deus Não Significa Negar os Desejos

“Conhecer Deus não significa negar os desejos, mas sim atingir a completa satisfação. As sim como não podemos saciar nossa própria fome alimentando outra pessoa, também a alma jamais pode satisfazer-se alimentando os sentidos.

(…)

O desejo limita a consciência ao objeto desejado. O amor por todas as coisas boas como expressão de Deus expande a consciência do homem. Aquele que banha sua consciência no Espírito Santo desapega-se de objetos e desejos pessoais, enquanto desfruta de tudo como júbilo de Deus em seu íntimo.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 138.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

O Vibrante Som de Om

“Pelo poder de expansão do Espírito Santo – que se ouve na meditação e se difunde em todas as direções -, a consciência se torna imersa (batizada) na corrente sagrada da Consciência Crística.

(…)

As inspiradoras vibrações do “Consolador” trazem profunda paz e alegria interior. A Vibração Criadora revigora a força vital individual no corpo, o que conduz à saúde e ao bem-estar, e pode ser direcionada conscientemente como poder curativo para aqueles que necessitam de ajuda divina. Sendo a fonte da criatividade inteligente, a vibração de Om inspira nossa iniciativa, talento e vontade.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 137.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.

Iniciação e Batismo

A palavra “iniciação” (em sânscrito, diksha), segundo se utiliza na Índia, tem o mesmo significado do termo “batismo” adotado no Ocidente. A iniciação por um guru corresponde à consagração interior do discípulo ao caminho espiritual que leva do domínio da consciência material ao reino do Espírito. A verdadeira iniciação, como demonstrado, é o batismo pelo Espírito. (…) Todo aquele que possa ver a corrente vital do olho espiritual transformando e espiritualizando as células cerebrais e a própria composição da mente do iniciado é alguém que batiza com o Espírito Santo. (…) uma alma de elevada estatura espiritual pode transfe parte da experiência de sua própria consciência divina àqueles que sejam receptivos.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 126.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.