Segredos de seus corações

“Muitas outras vezes tinham comprovado, por sinais manifestos, que os segredos de seus corações não eram desconhecidos por seu santo pai. Quantas vezes, sem que ninguém dissesse, mas por revelação do Espírito Santo, soube o que estavam fazendo frades ausentes, manifestou segredos de seus corações e penetrou as consciências! A quantos aconselhou em sonhos, dizendo o que deviam fazer ou deixar de fazer! A quantos, que estavam manifestamente bem no presente, previu males no futuro! Da mesma maneira, previu para muitos o fim de seus pecados e lhes anunciou a graça da salvação. Houve até um que, distinguido por especial espírito de pureza e simplicidade, pôde ter a consolação de contemplá-lo de maneira especial, não dada aos outros.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 743.

PRIMEIRO LIVRO

Capítulo 18- O Carro de fogo. Conhecimento das coisas ausentes.

Inflamados pelo Espírito Santo

“Certa noite, inflamados pelo Espírito Santo, estavam cantando suplicantes o pai-nosso sobre uma melodia religiosa (pois não rezavam só nas horas marcadas mas em qualquer hora, uma vez que não tinham preocupações terrenas), quando o bem-aventurado pai se ausentou corporalmente deles. Lá pela meia-noite, quando alguns frades descansavam e outros rezavam em silêncio com devoção, entrou pela pequena porta um rutilante carro de fogo, deu duas ou três voltas para cá e para lá na casa, tendo sobre ele um globo enorme, que era parecido com o sol e iluminou a noite. Os que estavam acordados se espantaram e os que estavam dormindo se assustaram, pois sentiram uma claridade não só corporal mas também interior. Reuniram-se e começaram a discutir entre si o que seria aquilo: por força e graça de toda aquela luz, cada um enxergava a consciência do outro. Compreenderam afinal que a alma do santo pai brilhava com tamanho fulgor que, sobretudo por sua pureza e por seu zeloso cuidado pelos filhos, tinha conseguido de Deus a graça desse enorme benefício.”

Frei Tomás de Celano. Primeira Vida: Vida de São Francisco de Assis Escrita em 1228 D.C, Ed. Família Católica,2018, Local: 734.

PRIMEIRO LIVRO

Capítulo 18- O Carro de fogo. Conhecimento das coisas ausentes.

Conclusão

“São os vencedores que escrevem a história a seu modo. Não causa surpresa, então, que o ponto de vista da maioria bem-sucedida tenha dominado todos os relatos sobre a origem do cristianismo. Os cristãos eclesiásticos primeiro definem os termos (designando-se a si mes- mos “ortodoxos” e seus oponentes “hereges”); depois de monstram ao menos para sua própria satisfação que seu triunfo era historicamente inevitável ou, em termos religiosos, “guiado pelo Espírito Santo“.

No entanto, as descobertas de Nag Hammadi reabriram questões fundamentais. Elas sugerem que o cristianismo pode ter se desenvolvido em direções muito diferentes ou que o cristianismo que conhecemos poderia não ter sobrevivido. Se o cristianismo tivesse permanecido multifacetado, provavelmente teria desaparecido junto com diversos cultos religiosos da Antiguidade. Acredito que devemos a sobrevivência da tradição cristã à estrutura organizacional e teológica que a igreja emergente desenvolveu.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 161.

Capítulo: Conclusão.

A Igreja e a Trindade em uma só Divindade

Porque a igreja, em sua essência, é o espírito no qual existe a trindade de uma só divindade, Pai, Filho e Espírito Santo. (…) A igreja congrega o que o Senhor deseja – uma igreja espiritual para pessoas espirituais, não a igreja de uma multidão de bispos!” *(Tertuliano, De Pudicitia 21.)

Estavam convencidos de que a “igreja visível” – rede vigente das comunidades católicas ou desde o início tivera princípios errados ou desviara-se mais tarde do caminho correto. A verdadeira igreja, em contraste, era “invisível”: apenas seus membros identificavam as pessoas que pertenciam ou não a ela. Com essa idéia de uma igreja invisível, os dissidentes pretendiam opor-se àqueles que se diziam representantes da igreja universal. Martinho Lutero empreendeu o mesmo movimento 1.300 anos mais tarde.”

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 125.

Capítulo: 5- Qual é a “Verdadeira Igreja”?

Eu e o Pai Somos Um

“Em outra passagem, Jesus disse: “Eu e o Pai somos um“. Ele percebia que a Consciência Crística presente em sua consciência estava perfeitamente unificada com a Consciência Cósmica. Assim como o reflexo da lua em um lago e a própria lua no céu são essencialmente a mesma imagem, também a Consciência Cósmica refletida em toda vibração cósmica como a Consciência Crística é idêntica à Consciência Cósmica que existe além do reino vibratório.

(…)

Como uma pequena onda que é reabsorvida no mar, a consciência então se expande na incomensurável Vibração Cósmica do Espírito Santo. Ao ser batizada nessa sagrada Vibração do Espírito, a alma expandida experimenta a Inteligência Crística imanente. Somente então, abençoada por esse reflexo da presença de Deus, a consciência entra na infinitude que se encontra além de toda vibração: o reino de Deus-Pai, a Consciência Cósmica.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 26-264.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Consciência Crística

Quando me achava no estado de Consciência Crística onipre sente, contemplei a ilusão satânica como uma força cósmica consciente, uma energia criadora semelhante ao relâmpago, que era repe lida da Consciência Cósmica celestial. Eis que vos dou o poder divino mediante o qual podereis derrotar Satanás e seus sequazes; ao superar des a ilusão, nada poderá de modo algum causar-vos dano. Por meio de minha Consciência Cósmica, eu vos darei o poder de vontade que vos permitirá controlar a força serpentina espiralada na base da co luna vertebral. A força vital criadora que flui ao exterior, em direção ao corpo, alimenta os desejos sexuais e os “escorpiões” dos torturantes e venenosos instintos malignos.

(…)

Conforme explicado em versículos anteriores, Satã era originalmente um arcanjo, uma força inteligente da criadora energia cósmica de Deus, dotada com poder para criar, em harmonia com a Inteligência Divina, perfeitas manifestações celestiais na criação material. Essa força emanou de Maha Prakriti, a Grande Natureza, o Espírito Santo, o aspecto criador primordial do Espírito. O poder ativador da Mãe da Criação é maya, a ilusão cósmica, que transforma o Espírito Único em miríades de manifestações. Oculta por trás de um tênue véu de maya, a natureza pura de Prakriti, Para-Prakriti, atua em harmonia com a Inteligência Crística, ou Kutastha, para criar as leis e forças divinas que ativam todas as manifestações dos domínios celestiais astral e causal. Um manto mais denso de ilusão cósmica se fez necessário a fim de originar as vibrações densas indispensáveis para produzir e sustentar uma criação material a partir dessa subjacente matriz astral-causal. Uma vez que essas vibrações densas da ilusão cósmica distorcem e eclipsam a verdadeira natureza da matéria, que é feita da consciência de Deus, esse poder criador que flui em direção ao exterior é identificado como a natureza impura de Prakriti: Apara-Prakriti. Esse é o aspecto que equivale a Satã, o qual é representado como um arcanjo que decaiu da graça divina, uma força criadora que não é dirigida pelas vibrações celestiais – uma força que se rebelou contra a consciência de Deus, obscurecendo a Divindade Inata, com o objetivo de preservar seu próprio reinado sobre a humanidade por meio do autoperpetuado mau uso do livre-arbítrio.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 257-259.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Sintonia com a Vibração Cósmica

“Jesus diz a seus discípulos adiantados que eles devem utilizar a sintonia com a Vibração C´ósmica do Espírito Santo e a sabedoria nela inerente- não o ego com suas limitações – para orientação geral sobre qual conduta seguir em momentos críticos. (…) As almas adiantadas guiam sua inteligência, seu livre-arbítrio e suas palavras pela sabedoria do Espírito Santo.

(…)

A razão baseia-se na experiência sensorial e é por ela limitada. Se a experiência sensorial é interpretada de modo incorreto, a conclusão também resulta equivocada. Uma pessoa que vê uma nuvem de pó levada pelo vento numa colina distante pode pensar que a colina esteja em chamas e emanando uma nuvem de fumaça. O raciocínio que de pende dos sentidos, resultante da observação imediata ou da memória condicionada por repetidas experiências do passado, pode errar se a observação ou experiência sensorial é imperfeita ou incompleta.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 241-242.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Sabedoria e Paz da Alma

“Jesus queria que seus discípulos estabelecessem um exemplo diferente, a fim de demonstrar aos seres humanos habitualmente beligerantes que o poderio da invencível sabedoria e paz da alma desperta pela meditação é mais forte do que as mais potentes forças do mal.”

(…)

“Quando pois vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer; mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo” (Marcos 13:11).”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 240-241.

Capítulo 41: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte II).

Modos Diferentes de Ensinamentos

“Embora Jesus tenha suprido todos os seus discípulos com igual medida, cada um recebeu e manifestou seus ensinamentos de modo diferente, de acordo com seu grau de espiritualidade e seu bom ou mau karma. (…) Segundo certos grandes mestres da Índia, Judas teve que expiar seus pecados durante vinte séculos e foi finalmente libertado na Índia no século 20. O mau karma de Judas era imenso porque ele não apenas pecou com um ato de traição contra seu Mestre, mas também blasfemou contra o Espírito Santo e contra o Deus-Pai (a Consciência Cósmica), manifestados no Cristo que estava em Jesus.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 211.

Capítulo 40: Conselhos de Jesus aos que pregan a palavra de Deus (Parte I).

Maligno Perpetuador da Ilusão

“A inquietude, ao dissipar externamente a atenção da alma, torna -se a arma mais incapacitante utilizada pelo Maligno Perpetuador da ilusão sempre cambiante. O corpo e a mente inquietos são o pátio de recreio de Satã, que adora executar ali sua ardilosa dança da distração a fim de desviar a consciência humana do Espírito imutável e de Seu calmo reflexo nas profundezas da alma. Mas aquele que, por meio da meditação devocional, interioriza regular e profundamente sua atenção, recebe a ajuda das inspiradoras vibrações do Espírito Santo e permanece imerso em Deus o tempo todo – na graça redentora da paz, da alegria e do amor divinos.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol II. Editora Self, 2017, pág. 128-129.

Capítulo 36: Que significa a blasfêmia contra o Espírito Santo?