Análise redacional

“Percebe-se que o procedimento de análise redacional de um tratado hermético não difere daqueles de uma análise redacional dos textos bíblicos, apócrifos ou clássicos.”

TRISMEGISTOS, Hermes. Corpus Hermeticum graecum, São Paulo:Ed. Cultrix, 2023, Pág. 84.

Parte I- Ensaios: Aproximações e enfoques.

Capítulo 6- Aspectos Literários do Corpus Hermeticum.

Esconderijo dos Manuscritos

“Frederik Wisse sugeriu que os monges que viviam no monasténo de São Pacômio, próximo ao penhasco onde os textos foram encontrados, poderiam ter guardado os documentos de Nag Hammadi em sua biblioteca devocional. Mas em 367, quando Atanásio, o poderoso arcebispo de Alexandria, enviou uma ordem para expurgar todos os “livros apócrifos” com “heréticas” tendências, um (ou muitos) monge pode ter escondido os preciosos manuscritos na jarra e a
enterrado na montanha de Jabal al-Tarif, ondeMuhammad ‘Ali a encontrou 1.600 anos mais tarde.

(…) clero, o credo e o cânone do Novo Testamento.

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 137.

Capítulo: 6- Gnosis: Autoconhecimento Como Conhecimento de Deus.

Conhecimento Superior

Um decisivo acréscimo a essa cena do templo, nos apócrifos Evangelhos da Infância, deveria ser considerado; seu relato pelos primeiros cristãos foi sem dúvida uma tentativa de expressar a admiração e reverência que eles sentiam diante do fato de ser Jesus dotado não só de sabedoria celestial, mas também de profundo conhecimento do que era pertinente a este mundo.

“Certo rabino superior perguntou-lhe: ‘Tu leste livros?’ Jesus respondeu que havia lido tanto os livros quanto o que vinha neles contido. E então lhes explicou os livros da lei, os preceitos, os estatutos e os mistérios que estão contidos nos livros dos profetas; coisas que a mente de nenhuma criatura poderia alcançar.(…)

“Quando certo astrônomo que estava presente perguntou ao Senhor Jesus se ele havia estudado astronomia, o Senhor Jesus respondeu, e lhe citou o número das esferas e corpos celestes, como também o seu aspecto triangular, quadrado e sextil; seu movimento progressivo e retrógrado; seu tamanho, e vários prognósticos; e outras coisas que a razão do homem jamais havia descoberto.
“Também havia entre eles um filósofo qualificado em física e filosofia natural, que perguntou ao Senhor Jesus se ele havia estudado física.”

(…)

“Ele respondeu, e explicou-lhe a física e a metafísica, e também as coisas que estão acima e abaixo do poder da natureza; e também os poderes do corpo, seus humores com seus efeitos; também o número de seus membros, ossos, veias, artérias e nervos; as várias constituições do corpo, quente e seco, frio e úmido, e as suas tendências; como a alma opera o corpo; o que eram suas várias sensações e faculdades; a faculdade da fala, da ira e do desejo; e, por fim, o modo de sua composição e dissolução; e outras coisas que a compreensão de nenhuma criatura jamais havia alcançado.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 85.

Capítulo 4: A infância e a juventude de Jesus.

Teoria de Edessa

“Completamente obscuro é o período anterior aos primeiros testemunhos relativos à sua presença em Edessa. Mas o argumento do silêncio não deve levar a conclusões negativas em relação a uma existência precedente. Todavia, devemos contentar-nos com a tradição que circula nos primeiros séculos, segundo a qual os linhos sepulcrais de Cristo não haviam sido perdidos, mas foram conservados de algum modo. Dessa tradição, talvez possa transformar-se em um informante muito antigo o texto do evangelho apócrifo segundo os Hebreus, muitas vezes citado pela literatura sudarial.”

ZACCONE, Gian Maria. Nas Pegadas do Sudário: História antiga e recente. São Paulo: Edições Loyola, 1999, pág. 58.

Apocalipse de Elias

“Em muitas listas, escritos e papéis dos antigos escritores eclesiásticos, encontra-se a menção de um “Apocalipse de Elias”, apócrifo, havendo citações do mesmo em Coríntios (1) 2:9, e outras passagens da Bíblia. O antigo Livro de Elias ou Apocalipse de Elias era conhecido pelos místicos da Grande Fraternidade Branca, sendo do conhecimento de todos os Rosacruzes Orientais que se trata de um registro muito sagrado da antiga história e dos ensinamentos dos Essênios e Nazarenos. Nos primeiros séculos da Era Crista e durante a vida de Jesus, o Apocalipse de Elias era bastante conhecido e utilizado nas aulas dos membros mais avançados da organização. Mas, como ocorreu com muitos outros registros valiosos e iluminadores, relativos aos ensinamentos mais secretos, o Apocalipse de Elias deixou de pertencer ao domínio público e se “perdeu”.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 137.

Jesus Nasceu em Uma Gruta

“Verificamos, por exemplo, que Eusébio, o primeiro historiador eclesiástico e figura relevante no Concílio de Nice em 325 A.D. (…) afirmando que o menino Jesus havia nascido numa gruta. Também referiu-se ao fato de que um magnífico templo havia sido construído no local onde ficava a gruta, no tempo de Constantino.

No evangelho apócrifo denominado Protevangelion, escrito por Jaime, um dos irmãos de Jesus, encontramos nova referência à gruta, com o seguinte teor:

“Mas, de repente, a nuvem transformou-se numa grande luz na gruta, que seus olhos não podiam suportar.”

Entre os proeminentes Padres da Santa Igreja cristã dos primeiros dias, vemos que Tertuliano (200 d.C.), Jerônimo (375 d.C.) e outros, disseram que Jesus nascera numa gruta, e que todos os pagãos da Palestina continuam a indicar a gruta como o local onde nasceu o menino Jesus.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 104-105.