Filho do Homem

Mas Valentino não usa essa expressão em seu sentido contemporâneo, referindo-se à humanidade em termos coletivos. Em vez disso, ele e seus seguidores pensavam em Anthropos (aqui traduzido como “humanidade”) como a natureza subjacente dessa entidade coletiva, o arquétipo, ou a essência espiritual do ser humano. Nesse sentido, alguns dos seguidores de Valentino, “aqueles (…) considerados mais talentosos” que os demais, concordavam com o professor Colorbasus, que disse que quando Deus se revelou, Ele revelou-se na forma do Anthropos. No entanto, outros, relata Irineu, asseveraram que

o pai primal de todos, o começo primal e o inescrutável primal é chamado Anthropos (…) e isso é o grande e obscuro mistério, ou seja, o poder que está acima de todos os outros e os envolve em seu abraço é chamado Anthropos. *(Ibid., 1.12.3)

Por essa razão, diziam os gnósticos, o Salvador denominava- se “Filho do Homem” (isto é, Filho do Anthropo).

PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Editora Objetiva, 1979, pág. 139.

Capítulo: 6- Gnosis: Autoconhecimento Como Conhecimento de Deus.

Misericórdia

“A misericórdia é uma espécie de angústia paternal diante das imperfeições de um filho que incidiu o erro.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 484.

Capítulo 26: As Beatitudes. O Sermão da Montanha, Parte I.

Filho Unigênito

“Os escritos de muitos cristãos gnósticos dos dois primeiros séculos, incluindo Basílides, Teódoto, Valentino e Ptolomeu, expressam de maneira similar uma com preensão do “Filho unigênito” como um princípio cósmico na criação – o divino Nous (palavra grega para inteligência, mente ou pensamento) – e não a pessoa de Jesus. Cle mente de Alexandria, um dos célebres “Pais da Igreja”, cita, como referência a partir dos escritos de Teódoto, que “o Filho unigênito é Nous” (Excerpta ex Theodoto 6:3). Em Gnosis: A Selection of Gnostic Texts (Oxford, Inglaterra: Clarendon Press, 1972), o estudioso alemão Werner Foerster cita Irineu: “Basílides apresenta Nous originan do-se, no princípio, do Pai sem origem”. Valentino, professor muito respeitado pela congregação cristã de Roma em torno de 140 d.C., tinha pontos de vista semelhantes, de acordo com Foerster, acreditando que, “no prólogo do Evangelho de João, o Uni gênito’ toma o lugar de Nous”.

No Concílio de Niceia (325 d.C.), entretanto, e no posterior Concílio de Constan tinopla (381 d.C.), a Igreja proclamou como doutrina oficial que o próprio Jesus era, nas palavras do Credo Niceno, “o Filho unigênito de Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos; Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não feito; homoousios (“consubstancial’) com o Pai”. “Depois do Concílio de Constantinopla”, escreve Timothy D. Barnes em Athanasius and Constantius: Theology and Politics in the Constantinian Empire (Harward University Press, 1993), “o imperador sacramentou suas decisões em leis e sujeitou a penalidades legais os cristãos que não aceitassem o Credo de Niceia e seu lema homoousios. Conforme reconhecido já há muito tempo, esses acontecimentos marcaram uma transição entre duas épocas distintas na história da Igreja Cristã e do Império Romano.” A partir de então, explica Richard E. Rubens tein em When Jesus Became God: The Struggle to Define Christianity During the Last Days of Rome (Nova York: Harcourt, 1999), o ensinamento oficial da Igreja passou a ser que a não aceitação de Jesus como Deus significava a rejeição do próprio Deus. Ao longo dos séculos, esse ponto de vista trouxe enormes – e frequentemente trágicas – implicações no relacionamento dos cristãos com os judeus (e, mais tarde, com os muçulmanos que consideravam Jesus como um profeta divino, mas não como parte da própria Divindade) e também com os povos não cristãos de terras posteriormente conquistadas e colonizadas pelas nações europeias. (Nota da Editora)”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 297-298.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Filhos do Altíssimo

“Todas as almas são “filhos do Altíssimo” (Salmos 82:6). Esquecer esta linhagem divina significa aceitar as limitações de uma identidade, humilhante para a alma, com um corpo humano – “tu és pó“. Aquele que conhece Deus lembra-se sempre que o Pai-Mãe-Criador Celestial é o verdadeiro Progenitor das almas e dos corpos de todos.

(…)

A devoção aos pais é, portanto, uma parte da devoção a Deus, a qual consiste primeiramente e acima de tudo em amor filial pelo Progenitor que está por trás daqueles que, em nossa família, zelam por nós o Divino Pai-Mãe que delegou aos pais a responsabilidade de educar a criança. Quando o coração está divinamente sintonizado, relacionamentos humanos próximos são oportunidades para absorver o infinito amor de Deus das taças de muitos corações.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 237-238.

Capítulo 11: Água em vinho: “Jesus principiou assim os seus sinais (…)”

O mendigo Suplica; o Filho Solicita

“Há aquelas que pedem esmolas a Deus e recebem o óbolo do mendigo, não a herança do filho. O mendigo suplica; o filho solicita. Quando pede, o mendigo bajula, se submete e rasteja; quando solicita, o filho é direto, sincero e afetuosamente corajoso. Quem solicita como filho recebe tudo o que o Pai possui.”

(…)

“Primeiro, estabeleça sua identidade com Deus, como fez Jesus, compreendendo, na alegria da meditação, que “Eu e meu Pai somos um”.”

YOGANANDA, Paramahansa. Como Despertar Seu Verdadeiro Potencial. Ed. Pensamento. Versão Kindle, 2019, Posição 731-735.

Filho de Deus Se Tornou Filho do Homem

“(…) o Filho de Deus se tornou Filho do Homem. Ele abraçou as duas qualidades, possuindo humanidade e divindade, para que pudesse, por ser Filho de Deus, vencer a morte e, por ser Filho do Homem, restaurar o pleroma.

(…)

No começo, Ele estava acima como uma semente da verdade, que foi antes do surgimento do cosmos. Na estrutura cósmica, muitos domínios e divindades surgiram.”

Nascimento, Peterson do. O Tratado Sobre a Ressureição (Coleção Apócrifos do
Cristianismo Livro XVII) – Versão Kindle, Posição 117 -118.

Ichthus

“Ichthus é um acrônimo usado pelos cristãos primitivos, da expressão: “Iēsous Christos Theou Yios Sōtēr”, que significa “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador” (em grego antigo, Ἰησοῦς Χριστός, Θεοῦ ͑Υιός, Σωτήρ). Sendo que Ichthus, do Grego Antigo ἰχθύς, significa “peixe”.”

Nascimento, Peterson do. Evangelho Copta dos Egípcios (Coleção Apócrifos do
Cristianismo Livro XVI) – Versão Kindle, Posição 656.

Compreesão da Trindade

“Na seqüência o texto diz que deste Espírito invisível surgiram três poderes, o Pai, a Mãe e o Filho e que eles vieram do silêncio, do silêncio do Pai desconhecido. É muito interessante e curioso a forma como grupos diferentes compreendiam e explicavam a Trindade.”

Nascimento, Peterson do. Evangelho Copta dos Egípcios (Coleção Apócrifos do
Cristianismo Livro XVI) – Versão Kindle, Posição 492.

Três Poderes

“(…) todos louvando com uma única voz, com um acordo, com uma voz que não silencia nunca, dando glórias ao Pai, e à Mãe, e ao Filho, os três poderes que emanaram do Espírito invisível (…)

Nascimento, Peterson do. Evangelho Copta dos Egípcios (Coleção Apócrifos do
Cristianismo Livro XVI) – Versão Kindle, Posição 190.

Trindade

O Espírito” significa o Absoluto Não-manifestado. Tão logo o Espírito desce à manifestação, Ele Se torna três, a Trindade: Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo. No sentido cósmico, se alguém pudesse ver o universo inteiro, este seria como uma enorme massa de luz radiante, como uma bruma da aurora. Essa é a grande vibração de Om do Espírito Santo. A inteligência onipresente de Deus sobreposta a toda manifestação – o Filho ou Consciência Crística está refletida como uma maravilhosa luz azul opalescente; ela cobre e permeia cada partícula da criação, permanecendo contudo inalterada e intocada por seu ambiente em constante mutação. Para além da manifestação criadora, através de uma radiante luz branca, está o Deus-Pai no céu não vibratório da Bem -aventurança sempre-existente, sempre-consciente e sempre-nova. Essa tríplice manifestação é o aspecto cósmico do Espírito descendo nestas três formas: como Vibração Cósmica, como Consciência Crística e como Deus-Pai.”

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 120-121.

Capítulo 6: O batismo de Jesus.