Os líquidos

“(…) os líquidos, diferentemente dos sólidos, não mantêm sua forma com facilidade. Os fluidos, por assim dizer, não fixam o espaço nem prendem o tempo. Enquanto os sólidos têm dimensões espaciais claras, mas neutralizam o impacto e, portanto, diminuem a significação do tempo (resistem efetivamente a seu fluxo ou o tornam irrelevante), os fluidos não se atêm muito a qualquer forma e estão constantemente prontos (e propensos) a mudá-la; assim, para eles, o que conta é o tempo, mais do que o espaço que lhes toca ocupar; espaço que, afinal, preenchem apenas “por um momento”. Em certo sentido, os sólidos suprimem o tempo; para os líquidos, ao contrário, o tempo é o que importa. Ao descrever os sólidos, podemos ignorar inteiramente o tempo; ao descrever os fluidos, deixar o tempo de fora seria um grave erro. Descrições de líquidos são fotos instantâneas, que precisam ser datadas.”

BAUMAN, Zygmunt.Modernidade líquida, Ed. Zahar, Local: 62.

Prefácio

Ser leve e líquido

Nascer da Água

Água”, aqui, significa protoplasma; o corpo humano, em sua maior parte, é constituído de água e inicia sua existência terrena no fluido amniótico no ventre da mãe. Embora a alma tenha de passar pelo processo natural de nascimento que Deus estabeleceu atra vés de Suas leis biológicas, o nascimento físico não é suficiente para que o ser humano se torne apto para ver ou entrar no reino de Deus.

A consciência comum está presa ao corpo, e através dos dois olhos físicos o homem é capaz de observar apenas o diminuto teatro da Terra e o céu estrelado que a circunda. Pelas pequenas janelas exteriores dos cinco sentidos, as almas restritas ao corpo nada percebem das maravilhas que estão além da matéria limitada.

YOGANANDA, Paramahansa. A Segunda Vinda de Cristo, A Ressurreição do Cristo Interior. Comentário Revelador dos Ensinamentos Originais de Jesus. Vol. I. Editora Self, 2017, pág. 269-270.

Capítulo 13: O segundo nascimento do homem: o nascimento no Espírito – Diálogo com Nicodemos, parte I.

Natureza do Corpo de Jesus

“Havendo duas teorias quanto à natureza do corpo de Jesus, a carnal e a fluídica, podeis dizer nos algo a esse respeito?

(…) o nascimento do Mestre obedeceu às leis comuns da genética humana. Seu organismo era realmente físico. Evidentemente, tratava-se de um organismo isento de qualquer distorção patogênica própria ou hereditária, pois descendia da mais pura linhagem biológica das gerações passadas.

(…)o cabal desempenho da missão de Jesus no ambiente do vosso planeta exigia-lhe um corpo igual ao de todos os seus habitantes.

(…)

Aliás, em face da revelação científica agora aceita, de que a matéria é energia condensada, não se justificam essas preocupações quanto à natureza fluídica ou material do corpo de Jesus. Ante a sua alta espiritualidade-e isto é o que mais importa – o seu corpo nada significa por ter sido mais ou menos denso, ou seja, composto de energia condensada em maior ou menor dose. Essa contingência de “mais” ou “menos” densidade material não seria favorável nem prejudicial a Jesus, pois o seu sacrifício máximo não decorreu das obras físicas que ele teria de suportar no ato de sua crucificação. O seu holocausto mais acerbo consistiu na sua luta de abaixamento vibratório, no sentido de ajustar-se à matéria densa do mundo inferior, em atrito com as vibrações morais do seu padrão angélico. (…)  Infelizmente, as limitações de vossa sensibilidade moral ainda não vos permitem avaliar a renúncia espiritual de Jesus, decidindo abandonar o seu paraíso celestial para descer aos charcos de um mundo animalizado.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 82-83.

Afirmações sobre sua “morte”

“É interessante chamarmos atenção para o fato de que em nenhuma passagem dos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, existe a declaração positiva, feita com base na observação pessoal desses discípulos, de que Jesus morreu na cruz, ou de que estava morto quando o removeram e colocaram no sepulcro. Em João XIX:33 encontra-se a declaração de que os soldados acreditaram que Jesus estava morto, mas São João não faz uma declaração positiva e quando menciona o golpe de lança, não nos dá motivos para crer que isto teria causado mais que um ferimento superficial: por outro lado, o fato de que teriam fluido sangue e água indicaria que Jesus ainda estava vivo.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 248-249.

Qualidade dos Fluídos

Os fluidos “A” podem ser os mais puros e os fluidos “C” podem ser os mais dóceis; no entanto, os fluidos “B”, nascidos da atuação dos companheiros encarnados e, muito notadamente, do médium, são capazes de estragar-nos os mais nobres projetos. Nos círculos, aliás raríssimos, em que os elementos “A” encontram segura colaboração das energias “B”, a materialização de ordem elevada assume os mais altos característicos, raiando pela sublimidade dos fenômenos; contudo, onde predominam os elementos “B”, nosso concurso é consideravelmente reduzido, porquanto nossas maiores possibilidades passam a ser canalizadas na dependência das forças inferiores do nosso plano, que, afinadas aos potenciais dos irmãos encarnados, podem senhorear-lhes os recursos, invadindo-lhes o campo de ação e inclinando-lhes as experiências psíquicas no rumo de lastimáveis desastres.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 28.

Divisão dos Fluídos

“Em derredor, grande massa de substância ectoplásmica leitosa-prateada, da qual se destacavam alguns fios escuros e cinzentos, amontoava-se, abundante.

(…)

– Aí temos o material leve e plástico de que necessitamos para a materialização. Podemos dividi-lo em três elementos essenciais, em nossas rápidas noções de serviço, a saber – fluidos “A”, representando as forças superiores e sutis de nossa esfera, fluidos “B”, definindo os recursos do médium e dos companheiros que o assistem, e fluidos “C”, constituindo energias tomadas à Natureza terrestre.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 28.

Fluídos Densos

“– Por enquanto, nenhum progresso, não obstante os reiterados apelos à renovação. (…) O teimoso amigo ainda não se precatou quanto às duras responsabilidades que assume, sustentando um agrupamento desta natureza…

(…)

Revestia-se o recinto de fluidos desagradáveis e densos.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 27.

Recordações de Família

– Todos os objetos que você vê emoldurados por substâncias fluídicas acham-se fortemente lembrados ou visitados por aqueles que os possuíram.

Não longe, havia curioso relógio, aureolado de luminosa faixa branquicenta.

Áulus recomendou-me tocá-lo e, quase instantaneamente, me assomou aos olhos mentais linda reunião familiar, em que venerando casal se entretinha a palestrar com quatro jovens em pleno viço primaveril.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

Objetos Envolvidos de Fluídos

“Passamos por longo portal e, no interior do edifício, reparamos que muitas entidades desencarnadas iam e vinham, de mistura com as pessoas que anotavam utilidades de outro tempo, com crescente admiração.

Muitos companheiros de mente fixa no pretérito frequentam casas como esta pelo simples prazer de rememorar... – comentou o Assistente.

Verifiquei que algumas preciosidades, excetuando-se uma que outra, estavam revestidas de fluidos opacos, que formavam uma massa acinzentada ou pardacenta, na qual transpareciam pontos luminosos.”

(…)

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, Capítulo 26.

Comunicação Mediúnica

“Sobre a cabeça de Dona Celina apareceu brilhante feixe de luz. Desde esse instante, vimo-la extática, completamente desligada do corpo físico, cercada de azulíneas irradiações.”

(…) Nossa irmã Celina transmitirá a palavra de um benfeitor que, apesar de ausente daqui, sob o ponto de vista espacial, entrará em comunhão conosco através dos fluidos teledinâmicos que o ligam à mente da médium.

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 115-123.