Forças Ectoplásmicas

” Para melhorar ajustar-se ao nosso ambiente, Castro devolveu essas energias ao corpo inerme, garantindo assim o calor indispensável a colmeia celular e desembaraçando-se, tanto quanto possível, para entrar no serviço que o aguarda”

“Áulus registrou-me as anotações íntimas e esclareceu:

Nosso irmão, com a ajuda de Clementino, está usando as forças ectoplásmicas que lhe são próprias, acrescidas com os recursos de cooperação do ambiente em que nos achamos. Semelhantes energias transnudam de nossa alma, conforme a densidade específica de nossa própria organização, variando desde a sublime fluidez da irradiação luminescente até a substância pastosa com que se operam nas crisálidas os variados fenômenos de metamorfose.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 95-103.

 

Possessão Completa ou a Epilepsia Essencial

“Considerado como enfermo terrestre, está no momento sem recursos de ligação com o cérebro carnal. Todas as células do córtex sofrem o bombardeio de emissões magnéticas de natureza tóxica. Os centros motores estão desorganizados. Todo o cerebelo está empastado de fluídos deletérios.”

“Presenciamos um ataque epilético, segundo a definição da medicina terrestre; entretanto, somos constrangidos a identificá-lo como um transe mediúnico de baixo teor, porquanto verificamos aqui a associação de duas mentes desequilibradas, que se prendem as teias do ódio recíproco.”

” E, fixando o par de infelizes em contorções, acrescentou: 

Nessa aflitiva situação achava-se Pedro nas regiões inferiores, antes da presente reencarnação que ele constitui uma benção. Por muitos anos, ele e o adversário rolaram nas zonas purgatoriais, em franco duelo.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 74-83.

 

Fluidos Deletérios

“O amigo dementado penetrou o templo com a supervisão e o consentimento dos mentores da casa. Quanto aos fluídos de natureza deletéria, não precisamos temê-los. Recuam instintivamente ante a luz espiritual que os fustiga ou desintegra. É por isso que cada médium possui ambiente próprio e cada assembleia se caracteriza por uma corrente magnética particular de preservação e defesa.”

“Nuvens infecciosas da Terra são diariamente extintas ou combatidas pelas irradiações solares, e formações fluídicas, inquietantes, a todo momento são aniquiladas ou varridas do planeta pelas energias superiores do Espírito. Os raios luminosos da mente orientada para o bem incidem sobre as construções do mal, a feição de descargas elétricas. E compreendendo-se que mais ajuda aquele que mais pode, nossa irmã Celina é a companheira ideal para o auxílio desta hora.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 59-74.

Psicofonia Sonambúlica

“Lembrava um fidalgo antigo repentinamente arrancado ao subsolo, porque os fluídos que o revestiam eram verdadeira massa escura e viscosa, cobrindo-lhe a roupagem e despedindo nauseabundas emanações.”

“(…) naquele rosto patibular, parecendo emergir dum lençol de lama, alinhavam-se a frieza e a malignidade, astúcia e o endurecimento.

“Foi um fazendeiro desumano – esclareceu nosso orientador amigo. – Desencarnou nos últimos dias do século XVIII, mas ainda conserva a mente estagnada na concha do próprio egoísmo. Nada percebe, por enquanto, senão os quadros interiores, criados por ele mesmo…”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 59-74.

 

Condensador Ectoplásmico

(espelho da mente)
“O irmão Clementino fez breve sinal a um dos assessores de nosso plano, que apressadamente acorreu, trazendo interessante peça que me pareceu uma tela de gaze tenuíssima, com dispositivos especiais, medindo por inteiro 1 m² aproximadamente.

O mentor espiritual da reunião manobrou pequena chave num dos ângulos do aparelho e o tecido suave se cobriu de leve massa fluídica, branquicenta e vibrátil.”

“Tão grande lhe surgiu a crise emotiva que o mentor espiritual do grupo se apressou a desligá-lo do equipamento mediúnico, entregando-o aos vigilantes para que fosse convenientemente abrigado em organização próxima”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 59-74.

Almas em Turvação Mental

“Logo após, um colaborador do nosso plano franqueou acesso a numerosas entidade sofredoras e perturbadas, que se prostraram diante da assembleia, formando legião.

(…) Se aglomeravam, em derredor dos amigos encarnados em prece, quais mariposas inconscientes rodeando grande luz.

(…) logo que atingidas pelas emanações espirituais do grupo, emudeciam de pronto, qual se fossem contidas por forças que elas próprias não conseguiam perceber.

(…) São almas em turvação mental, que acompanham parentes, amigos ou desafetos as reuniões públicas da instituição e que se desligam deles quando os encarnados se deixam renovar pelas ideias salvadoras (…)

(…) “Entre os homens, porém, se não é fácil cultivar a vida digna, é muito difícil habilitar-se a criatura à morte libertadora.”(…)

(…) “Todos os santuários, em seus atos públicos, estão repletos de almas necessitadas que a eles comparecem, sem o veículo denso, sequiosas de conforto.

(…) “Em razão disso, as entidades vampirizantes operam contra eles, muitas vezes envolvendo-lhes os ouvintes em fluídos entorpecentes, conduzindo esses últimos ao sono provocado, para que se lhes adie a renovação.”

Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 35-41.

Consciências Retidas

“Quanto mais avança na ascensão evolutiva, mais seguramente percebe o homem a inexistência da morte como cessação da vida.

E agora, mais que nunca, reconhece-se na posição de uma consciência retida entre forças e fluídos, provisoriamente aglutinados para fins educativos.”

Prefácio de Emmanuel. Xavier, Francisco Cândido / André Luiz. Nos Domínios da Mediunidade. Federação Espírita Brasileira, Brasília, 1955, pp. 7-10.