A Força

“Correspondência Astrológica: Leão.

(…) acho valioso ver a Força como o iniciador do segundes horizontal e a Justiça como seu ponto médio(…) é como se nós nos afastássemos da força de vontade do Carro para encontrar a coragem de olhar para dentro.

Na Idade Média e no Renascimento, a Força também chamada de Fortitude era considerada uma das quatro virtudes cardeais. (…) O leão, por exemplo, simbolizava os desejos mais “animais”, ou fisicos. Podemos pensar em alguém que luta com algum desejo inaceitável (…) superar o desejo.

(…)o protagonista assume o papel de Adão, o humano arquetipico, e nomeia as feras, fazendo com que on ar quéripes recuem às suas origens. Um humano vencendo um leão com o poder da fala e da razão: eis uma imagem de Força.

Podemos pensar na carta da Força como a qualidade de nomear e, assim, compreender a natureza.(…)Observe na versão Rider a maneira como o cinto de flores da mulher se estende suavemente ao redor do pescoço do leão. Muito desse simbolismo aceita também a ideia de Força como desejo subjugador. Para muitas pessoas, a imagem mostra uma qualidade mais simples, a valorização da própria força, a autoconfiança. Podemos falar de força interior, de se acreditar em si mesmo sem ter que controlar os outros ou então ser dominado por eles.

Johanna Gargiulo-Sherman, criadora do Sacred Rose Tarot, disse que a Força significa o elemento espiritual prevalecendo sobre o físico.

Megan Willams, una taróloga da Austrália, adota que considera abe Megam mais moderna, Segundo ela, a força é uma qualidade interior, te abordagemstruida com amor-próprio e autoconfiança as leitenes, la pena em formas de construir confiança e demonstrar amor.

(…)a letra hebraica Teth significa uma cobra e, portanto, a energia kundalini que repousa como uma serpente enrolada na base da coluna. Normalmente, experimentamos a kundalini como sexual, mas ela pode su bir pela espinha e se transformar em iluminação espiritual.

A serpente também representa força vital, uma potência que os ocultistas reconheceram como energia em espiral muito antes da descoberta do DNA como uma dupla hélice.

Força de caráter, poder espiritual que supera omaterial, amor que triun fa sobre o ódio, a natureza superior sobre os desejos carnais.

Minha primeira compreensão para essa carta é como súplica para que as pessoas percebam sua própria força, sobretudo em situações em que se consideram inadequadas.

A Força não recomenda necessariamente nenhuma ação em particular. Às vezes significa a força de não fazer nada. As outras cartas podem indicar o que precisa ser feito, se é que algo precisa de fato ser feito. Nesse sentido, a Força lhe diz que você tem a capacidade de fazer o que é necessário.”

POLLACK, Rachel.Bíblia Clássica do Tarot, Darkside, 2023, Pág.143-149.

Paixões e força

“A fonte pura da magia divina reside no amor ao próximo, no sacrificar-se em benefício de seus semelhantes, no sacrifício de suas posses para a redenção de outros.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.252.

Terceira Parte

O Catecismo dos primeiros Estágios da Magia

Justiça, força e pureza

Justiça e Força

“Um mago não deve fazer tudo o que quer, mas apenas o que é correto fazer pois, de outro modo, sua ação seria uma violência pecaminosa con- tra todo o poder e todas as naturezas inferiores à sua própria natureza.

Razão é ordem; ordem é Deus, porque ordem é justiça.

Pureza e Força

Aqui nossa pureza, entendida de forma integral, é a neutralidade consciente e inalterável que mantemos com relação a nossos semelhantes.

Purificação significa eliminar tudo que a educação moderna tem imposto a nós e nos apresentarmos nus para o batismo – sicut erat in princípio [como era no princípio] -, revelando assim o eu adormecido e evocando todos os poderes naturais da alma em sua simplicidade.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.250-251.

Terceira Parte

O Catecismo dos primeiros Estágios da Magia

Ciência, força e vontade – equilíbrio

“(…)a ciência estiver unida à vontade transformada em força, todos os milagres são possíveis.

Siga as seguintes regras para se adaptar à força:

1. Vontade sem desejo.

2. Vontade sem medo.

3. Vontade sem arrependimento.

Desejo, medo e arrependimento matam a vontade (…)

(…) se arrepender ou temer neutraliza cada ato de vontade.

Equilíbrio e Força

Inspirar-se pela justiça absoluta significa estar em equilíbrio, ser justo. Portanto, vontade, ciência e equilíbrio são as três condições essenciais de Ariel ou o mago da força.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.249-250.

Terceira Parte

O Catecismo dos primeiros Estágios da Magia

Como a força é comunicada

“Assim como o mundo inteligente superior só se manifesta ao inferior por meio de símbolos, analogias e palavras com sons vocálicos semelhantes, o ensino da magia é realizado por meio de atos analógicos, que o mestre pratica com o discípulo.

(…) ao ler os livros de magia, você não deve se deter nem nas palavras nem no espírito das palavras: para além do que é dito e mostrado, há um mestre que indica uma meta a ser alcançada e, estimulando a sede do discípulo, ensina, sem dizê-lo abertamente, como atingir o objetivo; aprender então é entender e entender é roubar a força que ninguém dá a você: assim, morre a besta e nasce o anjo dentro de você.

A magia é uma ciência aristocrática que evita seu ensino às massas, que devem ter a intuição da existência da divina ciência, mas não podem possuí-la. Aquele, no entanto, que das massas colhe a semente e conquista ciência e força, torna-se monarca de tudo.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.248-249.

Terceira Parte

O Catecismo dos primeiros Estágios da Magia

Vontade e Palavras

“Existem ritos e conjurações para invocações bem-sucedidas. Os latinos chamavam de carmina, os hebreus os chamavam de salmos, os italianos nos, feitiços.

As vibrações que colocam o éter em movimento no mundo da matéria muito fina são rítmicas por sua própria natureza.

Palavras são articulações de notas musicais produzidas com a boca, uma espécie de trompete cujo som é modulado à vontade. Cada nota correspondente a uma sílaba ou letra tem um valor vibratório no éter.

As palavras agem de forma tangível, como todos os sons, sobre o aparelho auditivo das pessoas sensíveis.

Certos sons produzidos de uma forma específica tem uma ação poderosa sobre a psique humana, como um ímã sobre o ferro.

Portanto, a palavra ou o som rítmico tem um efeito poderoso e tangível sobre coisas vivas. A canção de ninar da avó traz o sono para a criança no berço, a criança que ainda não se tornou consciente de anti-

gas ideias transportadas de suas vidas passadas e sobre quem o canto atua de forma mecânica.

A palavra, portanto, é uma força.

Ariel é invocado, ou pode ser invocado, por meio de palavras poderosas.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.239.

Terceira Parte

O Catecismo dos primeiros Estágios da Magia

Evocar significa chamar com a voz para si mesmo

“Evocar significa chamar com a voz para si mesmo, invocar significa chamar com a voz em si mesmo.

Nenhum trabalho de magia começa sem invocação, nem deve o discípulo começar sua verdadeira iniciação sem invocar o princípio superior ou o Cristo dentro de si mesmo.

Sua invocação física deve corresponder à invocação de sua mente. Sua invocação na forma de prece deve ser o sinal de sua ascensão e a esperança de seu sucesso.

As operações de iniciação divina para a ascensão espiritual come- çam sob a influência de Ariel. Ariel é a força e capacidade irradiadoras centrais; em linguagem mágica, ele é o anjo da guarda e guia.

(…) praticar os 12 aforismos mágicos de Iriz ben Assir, um sumo sacerdote do período de Beroso. Esses aforismos de magia elementar nunca foram publicados no mundo ocidental e constituem uma parte dos livros iniciáticos do Rito Egípcio. Os neófitos desta ordem recebem os 12 aforismos e são aconselhados a decorá-los. Ao expor esses 12 aforismos, traduzindo-os do sírio hierático original – isto é, dos ideogramas do período em que o colégio dos sacerdotes orientais legou-os à posteridade (…) Através do estudo e prática das leis desses aforismos mágicos, que são uma síntese do que é necessário para se tornar sacerdote, o discípulo que me seguiu até aqui pode começar sua própria educação.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.202.

Terceira Parte

Os Mistérios da Taumaturgia

Vontade, Força e prática

“A filosofia é estudada, ideias são discutidas, símbolos são explicados, mas para aprender a arte mágica após ter aprendido a filosofia da magia, você deve possuir três coisas:

1. A vontade sem desejo.

2. A força para estar sempre em ação.

3. A prática de quem não comete erros.

Aquele que deseja é incapaz de querer. O desejo é um apetite de ilusão que paralisa a vontade, e o mecanismo da vontade se torna mais perfeito na ausência de qualquer desejo. (…) Mas ninguém pode dizer com exatidão onde termina o desejo e começa o querer, apenas a sua filosofia pode explicar isso para você.

(…) o mago tem de possuir a força necessária para transformar-se nas diferentes forças da natureza e produzir. como a natureza, todos os seus milagres e maravilhas;(…) A força para avançar de modo incessante é como a força na imutável persistência da natureza e é a mesma força dos que querem operar milagres.

Na arte da mági ca, aquele que sabe como conceber e não concebe é como o fabricante de espadas que faz a arma para a guerra e não vai à guerra.

Por meio do desenvolvimento de suas faculdades, isto é, pela virtude de seu espírito, o mago se torna um artista depois de ser um filósofo. Esse espírito do mago, instalado e alimentado pelo corpo humano, tem duas grandes prerrogativas que os espíritos desencarnados não têm o poder para transformar energia e a liberdade para materializar. Assim que o mago começa a trabalhar por conta própria, sua alma adaptável torna-se a chama de vida que sobe e desce, como os antigos hermetistas costumavam dizer. Isso significa que o espírito dele vive na terra e no espaço, e somente quando o espírito do homem vivendo na carne adquiriu o poder de subir, isto é, de chegar à superfície da corrente astral, ele é capaz de subjugar todas as criaturas da corrente ou oceano que constitui a aura da Terra.

(…) icthys.

O Cristo – isto é, a alma do homem que, a seu bel-prazer, sobe aos céus ou desce às profundezas – era simbolizado por um peixe que, usando suas nadadeiras e bexigas natatórias, vem à superfície da água ou, sem- pre que tem vontade, desce até as mais profundas cavernas do oceano.

A alma do homem na luz astral é como o peixe na água. Ela só é capaz de operar em harmonia com os poderes intelectuais ultra-astrais após adquirir o poder de subir e descer, como o peixe; antes de atingir esse estado, o homem comum é simbolizado pela tartaruga e o caracol, que representam o corpo astral no pesado recipiente da matéria carnal.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.174-176.

Terceira Parte

Os Mistérios da Taumaturgia

A obra do mago é dupla

“No ocultismo, ou melhor, na magia, a obra do mago é dupla: primeiro, entrar em contato, por todos os meios possíveis (sinais gráficos, visões, audição, intuição), com o outro mundo; e, em segundo lugar, mover-se ativamente nesse mundo para obter reações e efeitos na vida real cotidiana. Nada disso é feito quando estamos dormindo, hipnotizados ou magnetizados; é feito em um estado de exaltação extranormal ao qual nenhum desses três estados corresponde; a sensibilidade da pessoa fica, na realidade, estimulada ao máximo Nas manifestações mediúnicas, o médium é passivo. Em operações mágicas, o mago é ativo e cada mago tem seu modo especial de operar e estimular sua sensibilidade – mas definitivamente sem empregar o sono.

(…)O operador entra em um êxtase particular onde não apenas sofre as manifestações, mas as governa, dando-lhes força.

O homem tem de lutar com todas as suas forças para integrar os poderes e virtudes de sua personalidade latente, sonolenta e distraída, diante da nova personalidade que lhe é imposta pela sociedade em que vive.

Ele não deve ser místico por excesso de espiritualidade ou embrutecido pela preponderância do que há de mais grosseiro em sua conduta. Assim, evoluindo devagar, ele entra na esfera da mag: um estado do ser que não pode ser compreendido por aqueles que não o experimentam.

Mag é poder do transe ativo. (…)

(…)

Dito isso, por uma questão de clareza, aconselho os iniciantes a escolher com cuidado o período em que vão começar seu trabalho. Aconselho o período da lua crescente e, principalmente, as lunações em novembro e dezembro ou, melhor ainda, os dois signos de Escorpião e Capricórnio, para tentar as primeiras operações sob Áries (abril) e as mais difíceis em Virgem, alcançando o equilíbrio em Libra.

1. Cultive sua própria mente;

2. Trabalhe em direção à perfeição em si mesmo;

3. Entre em contato com os seres invisíveis ao seu redor;

4. Penetre nas leis que governam cada realização terrena;

5. Prepare o progresso espiritual da humanidade com todas as suas forças;

6. Fortaleça os laços de fraternidade.

Esse é o credo científico e humanitário do ocultismo, mas não é um programa para uma vida, e sim para séculos.

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág.131-137.

Segunda Parte

Inteligência, Força e Criação

Perfumes

“Perfumes, dos mais sutis aos mais fortes, por meio de uma ação direta em nosso organismo e no organismo daqueles que entram em um lugar específico, são capazes de desenvolver tamanha preponderância de fluído em nós que as tentativas de contágio fluídico feitas por outros são em vão.

Enquanto o ascetismo exige e promove a solidão, a vida do mago não pode exigir uma solidão perfeita, completa e perpétua devido à própria natureza da arte e da prática mágicas. O asceta almeja o aperfeiçoamento individual; ele é passivo, não procura outros em quem exercitar seu intelecto e força. O mago, no entanto, que é ativo por excelência, não pode nem agir nem desenvolver sua força senão por meio de outras pessoas e coisas vivas.

(…) qualquer que alcança a perfeição tem, como missão, usar sua conquista, senão para o bem das nações e da humanidade, pelo menos para o bem de seu próximo, que ele deve ajudar em todas as circunstâncias da vida. O conceito de solidariedade humana está baseado neste senso de irmandade; assim, qualquer aspirante ao poder mágico que espera ser bem-sucedido em seu ideal transforma-se em um pequeno messias, um portador de paz e consolo.

O pretenso mago, para viver no mundo das causas, tem de estar isolado e, para manifestar e desenvolver seus poderes, tem de manter relações sociais.

Os aromas que vêm do fogo purificam de qualquer coagulação fluídica o ar que ele respira, já que os vapores dos aromas têm em si não apenas a virtude das resinas, das cascas, da madeira e das ervas aromáticas, mas também confirmam para nossos sentidos como o fogo, ao queimar a madeira, as resinas, as cascas e as ervas transmite para as águas mortas das forças coaguladas seu movimento purificador e renovador, sendo a origem de toda mu- dança que impede o apodrecimento da estase astral.”

KREMMERZ, Giuliano. Introdução à ciência hermética: O caminho iniciático para a magia natural e divina. Editora Pensamento, 2022, Pág. 99-100.

Segunda Parte

O Discípulo