A Força e o Ser

“Por conseguinte, para perceber o pleno valor de que se revestem de figuras mitológicas que chegaram até nós, faz-se necessário compreender que elas não são, tão-somente, sintomas do inconsciente (como o são efetivamente todos os pensamentos e atos humanos), mas também declarações controladas e intencionais de determinados princípios de cunho espiritual, que permaneceram constantes ao longo do curso da história humana, como a forma e a estrutura nevrálgica da própria psique humana. .Em termos sucintos: a doutrina universal ensina que todas as estruturas visíveis do mundo – todas as coisas e seres – são o efeito de uma força ubíqua de que emergem, força essa que os sustenta e preenche no decorrer do período de sua manifestação e para a qual eles devem retornar quando de sua dissolução última. Trata-se da força que a ciência conhece como energia, os melanésios como Mana, os índios sioux como Wakonda, os hindus como Shakti e os cristãos como poder de Deus. Sua manifestação na psique que é denominada, na psicanálise, libido. E sua manifestação no cosmo constitui a estrutura e o fluxo do próprio universo.

A apreensão da fonte desse substrato do ser, indiferenciado e, não obstante, particularizado nos quatro cantos do mundo, é frustrada pelos próprios órgãos por meio dos quais deve ser realizada. As formas de sensibilidade e as categorias do pensamento humano, elas mesmas manifestações dessa força, limitam a mente num grau tão considerável, que normalmente é impossível, não apenas ver, como também conceber, além do colorido, fluido, infinitamente variegado e deslumbrante espetáculo fenomênico. A função do ritual e do mito consiste em possibilitar e por conseguinte facilitar, o salto – por analogia. Formas e conceitos que a mente seus sentidos podem compreender são apresentados e organizados de um modo capaz de sugerir uma verdade ou uma abertura que se encontram mais além.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 255.

Amor Entre Almas e a Contemplação de Sua Transcendência

“O encontro a separação, apesar de todo o exagero que aqui os envolve, são típicos dos sofrimentos do amor. Pois quando um coração insiste em seguir o seu destino, resistindo as recomendações generalizadas para que se abrande, a agonia é grande, assim como o é o perigo. Todavia, terão sido postas em movimento forças que estão além da capacidade de reconhecimento dos sentidos. Sequências de eventos dos quatro cantos do mundo gradualmente se reúnem, e milagres de coincidência levam a cabo o inevitável. O anel talismânico resultante do encontro da alma com a sua metade, no local da reunião, representa o fato de o coração estar consciente daquilo que escapou a Rip Van Winkle; representa, igualmente, uma convicção da mente vígil de que a realidade do profundo não é desmentida pelo cotidiano. Trata-se de um indício da necessidade do herói de reunir seus dois mundos.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 224-225.

Perigo da Iniciação

“Não é sem dificuldades que se desafiam as forças do abismo. No Oriente, acentuasse vigorosamente o perigo do empenho nas práticas psicologicamente perturbadoras da ioga sem uma supervisão competente.”

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 201.

Nirvana

“A pausa no limiar do Nirvana, a resolução de adiar até o fim do tempo (que nunca tem fim)  a imersão no poço imperturbável da eternidade, representa uma percepção de que a distinção entre a eternidade e o tempo não passa de aparência – tendo sido elaborada, à força, pela mente racional, mas dissolvida pelo conhecimento perfeito da mente que transcendeu os pares de opostos. Esse conhecimento reconhece que o tempo e a eternidade configuram-se como dois aspectos da mesma experiência total, dois planos do mesmo inefável não-dual; isto é, a joia da eternidade está no lótus do nascimento e da morte: om mani padme hum”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, p. 146.

Oportunidades e Crises

Cada dificuldade na vida nos oferece uma oportunidade para nos voltarmos para dentro de nós mesmos e recorrermos aos nossos recursos interiores escondidos ou mesmo desconhecidos. As provações que suportamos podem e deve nos revelar quais são as nossas forças.

Epicteto. A arte de viver/ Epicteto; uma nova interpretação de Sharon Lebell. Sextante, Rio de Janeiro, 2018, p. 37

Encontro com o Mentor

“Para aqueles que não recusam o chamado, o primeiro encontro da jornada do herói se dá com uma figura protetora (que, com frequência, é uma anciã ou um ancião), que fornece ao aventureiro amuletos que o protejam contra as forças titânicas com que ele está prestes a deparar-se.

(…) Essa figura representa o poder benigno e protetor do destino. A fantasia é uma garantia –  uma promessa de que a paz do Paraíso, conhecida pela primeira vez no interior do útero materno, não se perderá, de que ela suporta o presente e está no futuro e no passado (…)

(…) Tendo respondido ao seu próprio chamado, e prosseguido corajosamente conforme se desenrolam as consequências, o herói encontra todas as forças do inconsciente do seu lado”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 74-76.

Amor Transcendente

“(…) fundamentalmente, é uma passagem para dentro – para as camadas profundas em que são superadas obscuras resistências e onde forças esquecidas, há muito perdidas, são revitalizadas, a fim de que se tornem disponíveis para a tarefa de transfiguração do mundo. Cumprida essa etapa, a vida já não sofre sem esperança sob o peso das terríveis mutilações do desastre absoluto, esmagada pelo tempo, terrível ao longo do espaço; mas o seu horror ainda visível e seu gritos aflitos ainda tumultuados, ela se torna penetrada por um amor que a tudo abarca e a tudo sustém e por um conhecimento do seu próprio poder não conquistado. Uma parcela do lume que arde invisivelmente nos abismos de sua materialidade normalmente opaca irrompe, com um distúrbio crescente. Assim, as horrorosas mutilações são vistas, tão somente, como sombras de uma eternidade imanente e imperecível, o tempo se rende à glória, e o mundo canta com o prodigioso e angelical – mas talvez, no final das contas, monótono – canto da sereia das esferas”.

Campbell, Joseph. O herói de mil faces. Pensamento, São Paulo, 2007, pp. 35-36.

Força e Habilidade de Transmutação

Diário Espiritual de 29 de janeiro de 2020

“Força, meu querido, é um estado íntimo de conexão e abandono nas leis que regem o universo. Ao render-se consciencialmente ao seu fluxo e ordem, a mente alcança profundo estado de serenidade e confiança, tão necessários para a nossa ostensiva cooperação.

Avançaremos à galope pois é chegado o tempo. Que cada um conquiste seu espaço de atuação e mérito na grande engrenagem de fomento de transformação que estamos criando.

Lastimo por aqueles que perderam a chance de servir o bem ao nosso lado, pois a recompensa maior que receberemos é a gratitude da realização transdimensional, alimento verdadeiro das almas empreendedoras chamadas à revolução dos tempos!

Amo você meu pequeno, conheço teus sabores e amarguras. Mas tão impetuosa como você, acredito em sua força e habilidade de transmutação. Façamos o bem e a comédia emergirem de nossos dramas sempre.

Avancemos!”

Olívia

Sintonia Espiritual Essencial

Diário Espiritual de 21 de janeiro de 2019

“Os intensos trabalhos deste ano pedirão o concurso de forças muito superiores às que você está acostumado a trabalhar, o que exigirá mais disciplina na gestão do seu veículo físico. Fizemos grandes avanços, mas ativação deve prosseguir.

Lembro que o trabalho com os Pleidianos pede equilíbrio na ingestão de açúcares, conservantes e químicos em geral.

No trabalho, a sintonia espiritual será essencial. Será um dia de comunhão em todos os sentidos e dimensões. Até lá, a própria Shelyanna voltará a te encontrar todas as quintas-feiras, afinando a sintonia.

Sigamos em frente! Que o Mestre se volte para nós, e nos sustente com seu olhar de amor e harmonia.”

General Uchôa