Os Essênios

Essênios – Os essênios se tornaram mais conhecidos a partir da descoberta de documentos em grutas perto do mar Morto, em 1947. O grupo é resultado de fusão entre sacerdotes dissidentes do clero de Jerusalém e de leigos exilados. Na época de Jesus, vivem em comunidades com estilo de vida bastante severo, caracterizado pelo sacerdócio e hierarquia, legalismo rigoroso, espiritualidade apocalíptica e a pretensão de ser o verdadeiro povo de Deus. Em muitos pontos assemelham-se aos fariseus, mas estão em ruptura radical com o judaísmo oficial. Tendo deixado Jerusalém, dirigem-se para regiões de grutas, para aí viverem ideal “monástico”. Levam vida em comum, onde os bens são divididos entre todos, há obrigação de trabalhar com as próprias mãos, o comércio é
proibido, assim como o derramamento de sangue, mesmo em forma de sacrifícios. A organização da comunidade lembra muito a das ordens religiosas cristãs: condições severas para a admissão, tempo de noviciado, governo hierárquico, disciplina severa, rituais de purificação, ceias sagradas comunitárias. Esperam um messias chamado Mestre da Justiça, que organizará a guerra santa para exterminar os ímpios e estabelecer o reino eterno dos justos.”

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990. Versão Kindle, Posição 56434.

Onde Situavam-se os Santuários Essênios

“Não eram, propriamente, edifícios construídos nas cristas dos montes; tais santuários eram escavados, com certo capricho, no interior das minas abandonadas, das grutas e distantes das cidades principais. Ali os servidores instalavam essas comunidades primando sempre pela higiene e estética, muito ao gosto dos Essênios que até no vestir preferiam a cor branca; só em casos excepcionais usavam um manto de lã azul escuro sobre os ombros, também adotado por Jesus. Eram anacoretas de vida cenobítica, mas criaturas sensatas, afeitas ao banho diário nos rios e cascatas, ao cuidado do cabelo e da barba, apreciadoras dos óleos aromáticos, gosto bastante generalizado. Eram cultores do conhecimento esotérico, mas sumamente equilibrados em suas atividades messiânicas; limpos, sadios e joviais, distantes dos tradicionais profetas relaxados em matéria de limpeza e higiene e sempre excomungando os homens e o mundo.

Seus santuários eram limpos, claros e agradáveis, com tapetes trançados de cordas e feitos pelos próprios Essênios. Existia um salutar sistema de ventilação responsável pela fluência do ar puro dos campos, do odor delicioso dos frutos de outono, ou do perfume agreste das flores da primavera. Não eram criaturas epicurísticas usufruindo dos bens do mundo, porém, espíritos sábios que se cercavam do conforto natural e apreciavam os ensejos agradáveis da boa música e da arte, certos de que Deus jamais pedia a fuga do homem das atividades do mundo educativo em que Ele próprio sempre estava presente.”

RAMATÍS. O Sublime Peregrino. Obra psicografada por Hercílio Maes. São Paulo: Ed. Conhecimento, 2020, pág. 302.

 

Viagem ao Tibete e à Persépolis

“Alguns registros antigos declaram que José, depois de completar o estudo dos ensinamentos budistas e das doutrinas hindus na Índia, viajou para Lassa, no Tibete. (…) Quando José estava pronto para partir de Jagannath, entretanto, Ele se dirigiu para a Pérsia, na cidade de Persépolis, onde haviam sido feitos preparativos relativos a estudos adicionais. Persépolis era uma das antigas cidades reais e morada dos eruditos Magos daquele país, conhecidos pelos nomes de Hor, Lun e Mer. Um desses Magos, já muito velho, fora um dos três Magos que haviam visitado o menino na ocasião de Seu nascimento na Gruta Essênia, levando-lhe presentes do mosteiro da Pérsia.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 167-168.

Gruta Essênia

Foi à gruta essênia perto de Belém que José e Maria se dirigiram, para o nascimento de Jesus. Algumas referências encontradas em antigos registros Rosacruzes e Essênios, a respeito deste acontecimento, dão a entender que era comum as mulheres da organização Essênia irem dar à luz nos hospitais essênios, pois vários deles estavam preparados para o tratamento de doentes, feridos e necessitados; também era parte da tradição essênia, tal como hoje entre os judeus, prestar todo auxílio às suas mulheres, na hora do parto. Não seria exagero afirmarmos que alguns daqueles antigos hospitais foram os precursores e modelos dos modernos hospitais que hoje conhecemos.”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 107.

As Grutas

“Os registros Rosacruzes e Essênios sempre contiveram a afirmação de que o filho de José e Maria nascera numa gruta essênia na estrada próxima a Belém.

(…)

Essas grutas eram em parte naturais e em parte artificiais; é sabido que as grutas deste tipo eram bastante comuns na Palestina e terras adjacentes, pois nos primeiros tempos do cristianismo era melhor e mais seguro construir grutas que grandes estruturas na superfície (…)”

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 105.

Jesus Nasceu em Uma Gruta

“Verificamos, por exemplo, que Eusébio, o primeiro historiador eclesiástico e figura relevante no Concílio de Nice em 325 A.D. (…) afirmando que o menino Jesus havia nascido numa gruta. Também referiu-se ao fato de que um magnífico templo havia sido construído no local onde ficava a gruta, no tempo de Constantino.

No evangelho apócrifo denominado Protevangelion, escrito por Jaime, um dos irmãos de Jesus, encontramos nova referência à gruta, com o seguinte teor:

“Mas, de repente, a nuvem transformou-se numa grande luz na gruta, que seus olhos não podiam suportar.”

Entre os proeminentes Padres da Santa Igreja cristã dos primeiros dias, vemos que Tertuliano (200 d.C.), Jerônimo (375 d.C.) e outros, disseram que Jesus nascera numa gruta, e que todos os pagãos da Palestina continuam a indicar a gruta como o local onde nasceu o menino Jesus.

LEWIS, H. Spencer. A Vida Mística de Jesus. Curitiba, PR: AMORC, 2001, p. 104-105.